Notícia redirada do Jornal Hoje em Dia em 29/07/2011 do endereço:
O espaço, um dos principais cartões-postais de Teófilo Otoni, foi construído na década de 1920
Daniel Antunes - Do Hoje em Dia - 28/07/2011 - 15:11
A Praça Germânica, um dos principais cartões-postais e tradicional ponto de eventos culturais de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, como a Cantata de Natal, deverá ser incluída na lista dos bens tombados pelo município. O Conselho Municipal do Patrimônio Público assinou decreto determinando, em caráter provisório, o tombamento do espaço, criado ainda na década de 1920 em homenagem aos primeiros colonos alemães que chegaram à região e ajudaram a erguer o município.
Um dossiê com informações históricas sobre a praça está sendo apurado por uma empresa contratada pela prefeitura. A partir do documento será possível determinar a área que será definitivamente preservada e os projetos e ações de proteção e conservação do espaço.
O estudo deve ser finalizado em até dois meses. “O tombamento provisório tem os mesmos efeitos do definitivo. A única diferença é a etapa dos levantamentos do patrimônio histórico e paisagístico que devem ser feitos”, informa Alexandre Marques, chefe da sessão de Patrimônio Histórico de Teófilo Otoni.
O tombamento vai garantir a preservação das estátuas que representam uma família de alemães que chegou na cidade em 1856, uma homenagem a esses colonos. “A partir de agora, quaisquer intervenções físicas na Praça devem ter autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural”, ressalta.
Um decreto assinado no fim de 2010, pela prefeita Maria José Haueisen Freire (PT), tombou o casarão onde funciona a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), parte do complexo paisagístico histórico da Praça Germânica. Os janelões e toda a estrutura e fachada do imponente prédio seguem as linhas de construções da década de 1920.
Conta a história que o então prefeito Adolfo Sá convocou a população para fazer doações que seriam destinadas à construção de uma escola para alunos do antigo ginásio. O Colégio Mineiro, como foi chamado, funcionou até a Segunda Guerra Mundial, quando o prédio serviu de depósito para o Exército Brasileiro. Anos depois, voltou a funcionar como unidade de ensino e recebeu as instalações da Faculdade de Direito de Teófilo Otoni. Na década de 1990, já fechado, foi restaurado pela Cemig.
Outro monumento histórico da cidade tombado no ano passado é o Pantheon Theophilo Benedicto Ottoni, construído na Praça Tiradentes. Lá estão guardadas as cinzas do fundador da cidade, cujo material foram transladados do Rio de Janeiro em 1960, por determinação do presidente Juscelino Kubitschek.
“Quando essas cinzas chegaram à cidade, uma missa foi celebrada na Catedral Imaculada Conceição. A princípio os restos mortais estavam num mausoléu”, contou Alexandre Marques.
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