Do MinC
Na última quinta-feira, dia 04 de julho, aconteceu no Auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, o quarto encontro (.com) do ciclo de seminários Técnica e Arte: a educação profissional e tecnológica em cultura, que discutiu a formação dos técnicos que trabalham em diversas áreas culturais. Foram convidados diversos profissionais (em sua maioria produtores culturais) atuantes no mercado para refletir e discutir sobre os técnicos.
Na mesa da manhã, Walter Ramires, diretor de engenharia do Rock in Rio, falou do seu trabalho no festival e ressaltou a importância de existirem engenheiros com especialização em eventos. A mesma questão foi levantada por Cláudio Baltar, fundador da Intrépida Trupe, que relatou a dificuldade que existe em montar os espetáculos do grupo, já que ele demanda estruturas para sustentar os artistas e equipamentos. Para que isso ocorra de modo seguro, seria necessária a existência de engenheiros especializados na área dos espetáculos para dar suporte às produções.
A produtora Ana Luisa Lima, fez um histórico dos técnicos das produções teatrais no Brasil, falando inclusive do modo como se formavam os técnicos do espetáculo. Ela e Claudio Baltar contaram uma experiência que tiveram juntos em Londres, onde há uma preocupação com a formação de qualidade desses técnicos, com a modernização dos teatros e com a segurança no ambiente de trabalho. Relataram que lá os técnicos montam os espetáculos utilizando equipamentos de proteção como botas e capacetes.
A mesa da tarde contou com a presença do Breno Ferreira, produtor do Lollapalooza; do Fernando Gomes, do Teatro das Artes; da Adriana Ortiz, da D5 Produções e da Liliana Magalhães, da Associação Brasileira de Gestão Cultural. Discutiu-se sobre o perfil do profissional disponível no mercado, que muitas vezes não tem uma formação regular. Duas das questões levantadas foi sobre onde se buscavam os profissionais técnicos e se o mercado estaria disposto a absorver os profissionais formados pelas instituições de ensino. Os palestrantes ressaltaram que esses profissionais seriam muito bem vindos, desde que eles possuíssem os conhecimentos e a experiência necessários para entrar no mercado e realizar um bom trabalho. Ressaltaram a importância da existência de estágios durante os cursos, porque profissionais sem experiência não lhes interessariam.
A iniciativa do Ministério da Cultura e do IFRJ de realizar o seminário foi elogiada pelos palestrantes, que consideram fundamental essa aproximação e discussão com o mercado no momento de pensar a ampliação dos cursos na área cultural. Liliana Magalhães ressaltou também que o debate sobre a formação técnica ainda não havia ocorrido no Brasil, que estávamos discutindo e refletindo somente sobre a formação do produtor cultural e que a questão da formação dos técnicos é fundamental.
O quinto e último encontro acontecerá no dia 15 de julho, na Biblioteca Nacional. O encontro .art, contará com a presença de Carla Camurati, Claudio Botelho, Gringo Cardia, entre outros, para debater sobre o papel do técnico no processo de execução das obras de arte.
Mais informações no site www.ifrj.edu.br/proex ou pelo telefone (21) 3733-7100.
Retirado do site do MinC em 10/07/13 do endereço:
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