sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Economia Criativa

Retirado do site do MINC em 10/02/12 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2012/02/10/economia-criativa-18/

Secretária Cláudia Leitão expõe metas e conquistas durante colóquio no Recife

Conhecimento, capital intelectual e criatividade. Estas são as forças motrizes da economia do século 21, afirmou a titular da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (em estruturação), Cláudia Leitão, nesta quinta-feira, 9, durante o Seminário “Políticas Públicas para a Economia Criativa – Perspectivas e Desafios para uma nova realidade”, evento realizado no Recife e que integra as atividades do Recife Summer School, colóquio anual promovido pelo Porto Digital, que reúne gestores, empreendedores e estudiosos, com foco no intercâmbio de conhecimentos em tecnologia da informação e demais setores relacionados.

A novidade do evento em 2012 foi a inclusão da Economia Criativa nas mesas temáticas, refletindo a incorporação deste segmento ao campo de atuação do pólo tecnológico da capital pernambucana.

Durante sua fala, a secretária ressaltou a necessidade de parceria e diálogo entre as esferas governamentais e privadas para implementação de políticas que garantam a participação efetiva da cultura na qualificação do desenvolvimento do Brasil, focado na inclusão social e na sustentabilidade:

“Não há desenvolvimento sem cultura”, afirmou Claudia, ao explicar as razões pelas quais os valores intelectuais e inovadores têm obtido cada vez mais espaço na dinâmica econômica mundial. “Vivemos numa era em que os indivíduos têm cada vez mais acesso à informação, trocando experiências, fortalecendo laços e consumindo de forma diferente. Vejam o caso da música. Com o advento do formato digital, foi a indústria fonográfica que entrou em crise, e não a indústria da música. O Brasil nunca produziu tanto neste segmento como agora. Então, qual é a direção a ser tomada? Produzirmos novos modelos e estratégias de negócios, e é nesta lacuna que entra a Secretaria de Economia Criativa”, disse.

O presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, afirmou que a Economia Criativa faz parte das mudanças naturais absorvidas pela sociedade nas últimas décadas, razão pela qual os polos tecnológicos precisam ampliar seu campo de visão e enxergar adiante. “Estamos lidando com um capital humano composto pela junção de conhecimentos, que pode gerar renda e competitividade através da valorização da inovação”.

Metas e Desafios

Segundo a secretária, a implementação de políticas públicas para o setor da Economia Criativa envolve dinâmicas culturais, sociais e econômicas, a partir do ciclo de criação, produção, circulação e fruição de bens e serviços, focadas na diversidade cultural. “Vamos promover o monitoramento e incentivar pesquisas que possam nos apontar as vocações e as necessidades de cada região, para desenvolvermos ações eficientes de empreendedorismo e fomento à inovação. Isso dará ao Brasil um modelo ímpar de desenvolvimento, que contribuirá com o seu avanço”, afirmou.

“Em maio deste ano pretendemos lançar o Observatório da Economia Criativa, e incentivar a criação dos Observatórios Estaduais, projetos vinculados às universidades e institutos federais, que entre suas atuações, nos ajudarão com o levantamento de dados que permitam o desenvolvimento de uma cesta de indicadores para medir a economia criativa em cada estado”, anunciou a secretária. Está planejada a implementação de 14 Observatórios Estaduais, com investimento de R$ 750 mil cada. Os estados prioritários para esta ação são aqueles que sediarão a Copa do Mundo, e a previsão é de que o repasse para início dos centros de pesquisa aconteça no mês de agosto.

Leitão apresentou ainda dados que estabelecem a atuação e propõem metas para a estruturação do Plano Brasil Criativo, ação realizada em conjunto com outros setores da esfera federal, secretarias estaduais e municipais, instituições do Sistema S (Sesi, Senai, Senac) e pontos de fomento. O Plano Brasil Criativo encontra-se em fase de cruzamento das informações dos Planos Plurianuais de 10 ministérios, visando uma ação integrada.

O projeto final, incluindo as ferramentas de monitoramento e governança, deverá ser entregue à presidenta Dilma Roussef, no dia 15 de março. “Queremos que este projeto seja perene, que não dependa de mandatos, que fortaleça e dinamize as ações entre os ministérios e secretarias, com benefícios para os micro e pequenos empreendedores, para que o Brasil tenha a sua cultura como fator de geração renda e qualidade de vida”, concluiu Claudia Leitão.

(Texto e fotos: Maíra Brandão – Ascom/RRNE/MinC)

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