Retirado do Cultura e Mercado em 20/07/12 do endereço:
Por Raul Perez
Um levantamento realizado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apontou que existem 384 incubadoras no Brasil. Atualmente, elas abrigam 2.640 empresas e geram mais de 16 mil postos de trabalho.
O estudo indica também que cerca de 2,5 mil empresas tiveram seus spin-offs – tornaram-se negócios autossustentáveis – e, somadas, elas geram R$ 4,1 bilhões e empregam quase 30 mil pessoas. Um dos maiores expoentes deste modelo é a Cais do Porto, incubadora que faz parte do complexo do Porto Digital, parque tecnológico criado em 2000, em Recife (PE), para reunir as empresas que atuavam na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na região.
De acordo com o último levantamento, feito em 2010, o espaço reúne mais de 200 empresas cujo faturamento somado é de cerca de R$ 1 bilhão. O papel da Cais do Porto é auxiliar as empresas que ainda estão no início de sua jornada no mercado de tecnologia a aprender a andar com as próprias pernas. Entre elas estão companhias do ramo das indústrias naval e automobilística, petróleo e gás, logística e saúde.
No mês passado, a direção do Porto Digital lançou edital de incubação com o objetivo de fomentar outro setor: o de economia criativa. O concurso irá selecionar nove empreendimentos interessados em desenvolver uma nova linha de produtos, serviços ou negócios nas áreas de design, jogos digitais, multimídia, cine vídeo-animação, música ou fotografia.
Joana Mendonça, coordenadora de Economia Criativa do Porto Digital, afirma que o segmento cultural de Pernambuco está ansioso para ampliar sua participação no mercado nacional e internacional do setor. Em 2011, o parque tecnológico realizou um encontro que reuniu cerca de 60 profissionais envolvidos com empreendimentos criativos da região para dialogar sobre o tema.
Vítor Andrade, coordenador de Incubação do Porto Digital, informa que, desde 2010, além das empresas de TIC, começaram a aglutinar-se mais intensamente no bairro de Recife Antigo – onde está localizado o parque – empresas da economia criativa. Atualmente, cerca de 60 empresas presentes no local estão voltadas à área. A incubadora faz parte do PORTOMÍDIA – Centro de Empreendedorismo e Tecnologias da Economia Criativa.
Apesar de lidar com novas empresas há algum tempo, apostar em um novo segmento exige também novas formas de planejar e criar estratégias de negócio. De acordo com os coordenadores, no caso de empreendimentos criativos, um componente muito importante é a multidisciplinaridade das equipes.
“Empreendimentos na área criativa naturalmente envolvem pessoas com experiências e formações diferentes. Na Economia Criativa Digital é comum encontrar nas equipes artistas, designers,programadores e pessoas de negócio trabalhando em conjunto para desenvolver um produto”, informam. “A gestão do empreendimento deve aprender a lidar com esses diferentes perfis dentro do processo de criação, produção e comercialização do que é feito”.
Os projetos selecionados passarão por um período de teste, a chamada pré-incubação, com duração de seis meses. Depois disso, eles serão avaliados por uma comissão julgadora, quando serão escolhidos seis empreendimentos para participar das demais etapas do processo de incubação.
No decorrer dos 18 de meses, os empreendedores receberão diversas capacitações gerenciais e técnicas para o desenvolvimento de seus produtos e para estruturação de seus negócios. Na última etapa, o empreendedor deverá ter um modelo de negócios validado e traçar uma estratégia de “atração de clientes”.
“Uma startup é no começo um conjunto de hipóteses que precisam ser validadas para que não haja investimento excessivo de tempo e dinheiro para desenvolver algo sem mercado”, adverte Vítor Andrade.
O planejamento de negócios criativos também será tema de curso no Cemec, nos dias 4 e 5 de agosto. Para saber mais, clique aqui.
*Com informações do site Meio & Mensagem
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