quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cultura indígena do século 19

O interesse do governo austríaco em trazer para o Brasil uma exposição cujo acervo é fruto de uma missão científica que veio ao país com a arquiduquesa Leopoldina, em 1817, foi tema de reunião entre representantes do Ibram e do governo da Áustria com a ministra Marta Suplicy, na tarde desta terça-feira (23).

A exposição "Além do Brasil" é o resultado da expedição que ficou em terras brasileiras durante 18 anos e pesquisou diversos aspectos da vida dos indígenas brasileiros. A mostra conta com roupas, artesanato, armas e documentos que representam a vida dos índios no Brasil à época. Em Viena, no Museu do Mundo (o Welt Museum Wien), as peças ficaram expostas por seis meses, de julho de 2012 até janeiro de 2013. Agora, eles discutem a vinda da exposição para o Brasil.

Segundo a ministra Marta Suplicy, o MinC tem todo interesse em trazer a mostra para o Brasil. "O acervo é de grande importância para a história brasileira e teremos um grande prazer em poder expor essas ricas informações aos brasileiros, mostrar suas origens". 

As negociações entre o Ibram e o governo austríaco estão em andamento e a intenção é trazer a exposição ao Brasil até 2015. A circulação está prevista para as cidades de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belém. A delegação austríaca falou também sobre a intenção de levar para o Museu do Mundo uma mostra permanente com o acervo que o país detém sobre o Brasil, assunto que também está sendo discutido com o Ibram. 

Estiveram na reunião a embaixadora da Áustria, Mariane Feldmann, o diretor do Museu de Etnologia de Viena, Steven Engelsman, a curadora da Coleção Amazônica do Museu de Etnologia, Cláudia Augustat, e o ministro-conselheiro da Embaixada da Áustria no Brasil, Karl Ehrlich. A equipe do Ibram foi representada por Ângelo Oswaldo de Araújo, a diretora interina Eneida Braga e pelo diretor do Departamento de Museus do IBRAM, Cícero Almeida.

Parcerias com o Ibram

O Museu do Mundo tem interesse na metodologia de desenvolvimento dos Pontos de Memória, bem como na promoção de intercâmbio com comunidades que se relacionem com o acervo etnográfico do museu. Já estão previstas visitas da delegação austríaca a Pontos de Memória no Rio de Janeiro e em Belém. 

Além disso, o Welt Museum e o Ibram têm interesse em firmar uma parceria de longo prazo. O intercâmbio prevê a cooperação na área de pesquisa e capacitação no campo da museologia e etnologia, recuperação de acervos, educação e acessibilidade de museus, e intercâmbio profissional de técnicos e especialistas de museus.

História da expedição austríaca no Brasil

Até o início do século 19, o Brasil não era plenamente conhecido pelos europeus e por boa parte do mundo. Após o casamento da arquiduquesa Leopoldina com D. Pedro, o príncipe herdeiro Português, em 1817, a Áustria enviou uma expedição científica ao Brasil para estudar o país, as pessoas, a flora e fauna. O zoólogo Johann Natterer juntou-se à expedição e viajou pelo país durante quase duas décadas.

A missão foi uma das mais importantes já realizadas neste país. Natterer dedicou-se à coleta e preparação de material biológico e etnográfico em enorme extensão do território brasileiro. Posteriormente, o material seria utilizado em estudos nas mais diferentes áreas científicas e culturais.

(Texto: Rosiene Assunção / Ascom MinC)

Retirado do site do MinC em 25/04/13 do endereço:
http://www.cultura.gov.br/banner-1/-/asset_publisher/G5fqgiDe7rqz/content/cultura-indigena-do-seculo-19/10883;jsessionid=1EB201F9F0A1B508F2864979CBA22D11.portal2?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cultura.gov.br%2Fbanner-1%3Bjsessionid%3D1EB201F9F0A1B508F2864979CBA22D11.portal2%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_G5fqgiDe7rqz%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-1%26p_p_col_count%3D2

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