quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Bilora em Teófilo Otoni

 

Bilora comprimido

Show de Bilora e Banda na Pça Tiradentes em Teófilo Otoni, amanhã, sexta, a partir das 19h:00min  na abertura da Feira de Economia Solidária.

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

cultura e mercado

 

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:: CULTURA E MERCADO :: políticas culturais em rede


COPO VAZIO, CHEIO DE AR

15 de Dezembro de 2008 por > Leonardo Brant


“É sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar” diz o ex-ministro Gilberto Gil. A ausência de políticas para a valorização da arte, a disfunção das bienais, museus e seus curadores em relação à coisa pública, a crise de setor financeiro e o consequente deslocamento dos sistemas de apropriação da arte e a criminalização de manifestações artísticas em espaços públicos são sinais inequívocos do esvaziamento do copo. Por outro lado, pode significar a retomada necessária do tempo e do lugar da arte em nossa sociedade. Continuação »

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Pela degola dos cartolas da “cultura”

por Carlos Henrique Machado Freitas


Com a perspectiva de novos horizontes para um modelo de mercado cultural auto-sustentável, suscitam novas teorias obrigatórias, lógico. Mas as perguntas continuam, isso significa a quebra de paradigmas? Teremos uma nova lógica nas relações comerciais entre arte e mercado? Essas perguntas terão que ser feitas. Vou ainda mais longe, tivemos mesmo um mercado de arte livre? Creio que não. O que podemos classificar como mercado cultural, não necessariamente está associado a música, teatro, cinema e etc. Esse mercado vem acompanhado de uma série de exigências de conteúdo, planos, metas, público alvo, mercado por mercado, bem ao modelo de quem vende sabonete, creme dental, utensílhos domésticos e bugigangas eletrônicas. Não que tenhamos que tratar a arte na dimensão excessivamente espiritual, como se o artista fosse um guru intocável, mas convenhamos, os moldes quase caricatos de uma arte conceitual via academismo e o top pop via fábrica do barato entretenimento do “bumbo do Zé Pereira yup, from Brazil”, também é um tanto quanto indigesto. Continuação »

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Mais Cultura: investimentos serão potencializados nos próximos dois anos

por Carlos Gustavo Yoda


Em 9 de novembro de 2007, o então ministro da Cultura, Gilberto Gil, esteve em rede nacional de televisão por ocasião do Dia Nacional da Cultura para anunciar metas do Programa de Aceleração do Crescimento do setor, o Mais Cultura, lançado um mês antes pelo presidente Lula. Além de realçar o enfrentamento a uma realidade onde 90% dos municípios brasileiros não têm nenhum equipamento cultural, Gil disse que o Mais Cultura apenas iria “fazer valer” se a sociedade estivesse informada, acompanhando o que está sendo feito e cobrasse seus representantes. Continuação »

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Câmara aprova Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)

por Redação

Foi aprovado na última quinta-feira, dia 11, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 3951/2008, que cria o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e novos 425 cargos efetivos do Plano Especial de Cargos da Cultura, Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) e Funções Gratificadas, no âmbito do Poder Executivo Federal. Continuação »

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Sesc-SP terá novas sedes

por Redação

Com a previsão de construir 11 unidades no Estado de S. Paulo até 2014, o Serviço Social do Comércio (Sesc) terá um acréscimo de 42% de área construída e a freqüência de quase o dobro de comerciários, usuários, idosos e estudantes. O projeto estima que dos atuais 300 mil freqüentadores semanais, as unidades passem a receber cerca de 500 mil. Continuação »

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Brasília inaugura primeira biblioteca nacional digital

por Redação

Inaugurada na última quinta-feira, dia 11, a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) será a primeira biblioteca digital do país e pretende ser uma referência na oferta de serviços online para a população. Continuação »

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Juca Ferreira em manifesto no caso da pixação da Bienal

12 de Dezembro de 2008 por Redação


Ministro da Cultura lança manifesto em busca de uma solução que leve em conta a dimensão cultural do ato de pixação ao prédio da Fundação Bienal, durante a “Bienal do Vazio”.Continuação »

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Para não amargar a crise mundial, use cultura nacional

por Sergio Ajzenberg

O mundo mudou e veremos nas próximas semanas o desdobrar da crise financeira. É difícil dizer se a situação vai melhorar após as inúmeras reuniões dos países ricos, dos emergentes e dos outros. Também não se sabe se as indefectíveis profecias dos economistas de sempre serão melhores ou piores que as de hoje. Mas, está claro que a cultura brasileira e o novo ministro da Cultura têm uma oportunidade espetacular de ajudar o Brasil a manter o seu crescimento e, especialmente, o processo de ascensão social de camadas significativas da população. Por esse motivo, desprezando-se por hipótese todos os elevados benefícios que a cultura proporciona ao País, a classe cultural deveria dar ao novo ministro apoio e suporte para suas ações. E toda a sociedade pode e deve se envolver com essa questão. Quando o ministro vai ao Congresso e aos seus colegas de ministério solicitar reforço de orçamento, está na verdade buscando recursos de investimento, e não autorização para gastar mais. As razões e os números são claros e exuberantes: Continuação »

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Criativo como, cara pálida (2ª parte)

por Flávio Paiva


A intenção de criação de um novo “software”, do “design” de um sapato e de um “jingle” têm em comum um sentido funcional, quer seja produzido de forma independente ou sob contrato de trabalho. Não é à toa que todos estão grafados com termos impostos pela língua do país que tem o domínio da tecnologia. O que a variante pós-neoliberal resistente às mudanças que estão se processando no mundo está fazendo é se aproveitando da falta de clareza entre o exercício intelectual no desenvolvimento dessas criações e a criação literária, artística e de parte da produção científica, para colocar tudo no mesmo escopo do Direito de Autor. É mais ou menos o que foi feito com a constituição do Terceiro Setor, que diluiu o poder político das
ONGs no caldeirão sujo das falsas filantropias. Continuação »

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Setor privado contribui na reformulação da Lei Rouanet

11 de Dezembro de 2008 por Redação

Com o objetivo de gerar articulações entre investidores privados, poder público e sociedade, empresas, institutos e fundações que investem em cultura apresentaram suas contribuições à reforma da Lei Rouanet durante o 1º Fórum de Investidores Privados em Cultura (FIPC), realizado em Brasília, na semana passada, dia 1 de dezembro. Continuação »

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MinC informatiza recebimento de propostas culturais

por Redação


Com o objetivo de evitar erros, a partir do dia 1º de janeiro de 2009, o Ministério da Cultura aceitará o envio de propostas pela internet. Atualmente os dados contidos nos formulários de papel são digitados para um Banco de Dados e, durante a execução desse processo, podem ocorrer imprecisões. Continuação »

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TV Cultura terá nova política de investimentos e anuncia pacote para produção infantil.

por Redação

Fundação Padre Anchieta e o governo assinam acordo segundo o qual a fundação assume uma série de compromissos de gestão, como a ampliação da captação de recursos próprios e a redução de espaço da publicidade comercial. Além disso, a emissora anuncia um pacote de investimentos em sua produção infantil. Continuação »

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Votorantim anuncia resultado de Programa de Democratização Cultural

por Redação

A Votorantim anunciou na última nesta sexta-feira, dia 05, o resultado da terceira seleção pública de projetos culturais a serem apoiados pelo Grupo. Continuação »

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Representantes discutem produção de conteúdos digitais

por Redação

Reunidos em Brasília, representantes de diversos países da América Latina discutem os caminhos para a produção de conteúdos digitais destinados às novas mídias que estão surgindo a partir do avanço tecnológico. Os debates fazem parte da programação do I Seminário Internacional sobre a Inclusão e Produção de Conteúdos Digitais. Continuação »

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Resultado Proext Cultura 2008

10 de Dezembro de 2008 por Redação

O Ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC) divulgaram o resultado do Proext Cultura 2008, edital de apoio aos cursos de extensão universitária, que objetiva incentivar instituições públicas de ensino superior a desenvolverem projetos com temas relacionados à Política Nacional de Cultura, com ênfase na inclusão sociocultural. Continuação »

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

RELATÓRIO


 

Um fórum que discutisse a Política Cultural em Teófilo Otoni é consoante à missão de promover a cultura do vale do Mucuri compartilhada pela Associação Histórico Cultural Mucury, UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucury), Associação Cultural Teófilo Otoni e Rádio Teófilo Otoni, sendo esta, portanto uma oportunidade de ampla discussão e apresentação de idéias acerca dos rumos de nossas instituições culturais, artistas, o papel do terceiro setor nesta temática e o próprio Poder Público.

        Os temas levantados para este primeiro encontro foram: Terceiro Setor, Política Cultural e A Importância da Secretaria de Cultura em Teófilo Otoni.

        O objetivo deste encontro foi começarmos a definir os rumos das ações destinadas à Política Cultural de Teófilo Otoni, além de ratificar a importância da implantação de uma Secretaria de Cultura em nossa cidade. E mais, a formação de um FÓRUM PERMANENTE DE POLÍTICA CULTURAL, dando maior representatividade ao setor.    

A estrutura do evento foi: a apresentação e exposição de debatedores ligados à Classe Artística, Terceiro Setor, Casas de Espetáculo, e Imprensa de Teófilo Otoni.            

Posteriormente foi formado um grupo para discussão dos temas apresentados e posterior apresentação de propostas.

O caráter político deste evento é mostrar que a cultura local deve ser tratada com seriedade e profissionalismo, tanto por parte dos artistas, produtores, instituições e Poder Público.

O evento foi aberto pelo orador, Wilson Colares que também representava a Academia de Letras de Teófilo Otoni, dando início às atividades do Fórum.

Deixando a palavra a seguir com um dos organizadores, Bruno Dias Bento representante da Associação Mucury, o qual abriu oficialmente o evento agradecendo os presentes e já de pronto esclarecendo e se desculpando em nome dos organizadores do Fórum por problemas ocorridos na mobilização da comunidade para a participação no evento, principalmente no que se refere ao material de divulgação impresso que não ficou pronto a tempo. Entretanto, o convite via e-mail e o chamado "boca a boca" e ainda justificou o envio de cartas-convites às instituições culturais cadastradas na Prefeitura de Teófilo Otoni. Bruno ainda se comprometeu a sanar estes problemas para que o próximo Fórum ocorra na mais perfeita ordem.

    A seguir está por tema um sumário das explanações dos convidados a compor a mesa:

    

"Maior evento artístico-teatral do vale do Mucuri" – A Paixão de Cristo

    O convidado Élbio Pechir não pôde comparecer ao evento, mandando um representante, o Marco Antônio que é membro da direção da Associação Cultural Teófilo Otoni, organizadora do evento "A Paixão de Cristo".

    Relatou os desafios e dificuldades em organizar e viabilizar um espetáculo de tão grandes proporções com um público que varia entre 10 e 20 mil espectadores. O grande número de atores envolvidos e a dificuldade em conseguir apoio e a escassez de recursos financeiros disponíveis para eventos de natureza cultural em Teófilo Otoni. Salientou ainda que esta encenação tem quase quatro décadas de existência, portanto, é o evento cultural mais tradicional da cidade e região.

Terceiro Setor e Política Cultural

A explanação do Diretor-Geral da Associação Mucury, Bruno Dias Bento, inicia-se por meio da conceituação do Terceiro Setor e Política Cultural e a caracterização do Primeiro, Segundo e Terceiro Setores. Tratou também das perspectivas acerca da Política cultural nos diferentes níveis governamentais, tanto o federal, estadual e municipal, suas prerrogativas e papeis em contraposição à crescente necessidade de atuação por parte da sociedade civil organizada em associações, ONGs, cooperativas, etc..

Levantou ainda a urgência na organização deste Terceiro Setor a fim de que este possa apropriar-se de seu papel nas diversas políticas públicas e além de ser fiscalizador do poder público.

A Política Cultural de Teófilo Otoni    

Por outros compromissos de trabalho, a debatedora Beatriz Farias – Chefe da Divisão de Cultura não pôde comparecer ao Fórum, entretanto mandou seu representante, Alexandre Farias – Presidente do Conselho Municipal de Patrimônio.

Alexandre representando o Poder Público municipal fez uma explanação primeira acerca dos projetos, iniciativas e ações na área cultural de Teófilo Otoni, dentre outros: Festival do Bicentenário, Festival de Inverno, Oficinas de Arte e Cultura, o Simpósio de Artesanato (a ser realizado na semana seguinte ao Fórum, juntamente com o NART – Núcleo de Artesãos de Teófilo Otoni). Justificou ainda o motivo pela não realização do II Festival de Cultura, sendo o primeiro o do Bicentenário no ano de 2007, o motivo foi o adiamento por causa do período eleitoral.

A partir de uma digressão da legislação referente à cultura do município, dos acertos e erros, os problemas de leis inócuas criadas e que por isso inviabilizam sua implementação e execução. Mas salientou o esforço por parte da Prefeitura Municipal no fomento à cultura em Teófilo Otoni, cobrando a apresentação de projetos à Divisão de Cultura para a efetivação deste apoio.

Comprometeu-se em nome da Divisão de Cultura e da Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni em contribuir para o Fórum, disponibilizando o livre acesso às informações acerca da produção cultural da cidade, cadastros e outras informações imprescindíveis à elaboração de projetos, ações, programas e política cultural.

O Teatro Vitória para a arte em Teófilo Otoni

Fazendo um breve histórico do Teatro Vitória, João José Ribeiro – Johnny – o atual administrador da casa, indo rapidamente desde a fundação na década de 1940, os principais momentos, como os programas de auditório realizados pela Rádio Teófilo Otoni ainda "nos tempos de Seu Lourival Pechir", o compromisso com a cultura estadunidense por meio do cinema hollywoodiano. Ressaltou de mesma forma a relação entre a vocação para o Teatro e para o Cinema da casa.

A dificuldade em se manter uma casa de espetáculo do porte do Vitória, com capacidade para cerca de 820 espectadores, a falta de uma política para o incentivo municipal à cultura através de isenções fiscais, como o IPTU, por exemplo.

    

Projeto de Implantação da Secretaria de Cultura

    Infelizmente este tema não pôde ser abordado adequadamente, na medida em que o vereador Taquinha, debatedor convidado, por motivo de força maior não compareceu e não indicou substituto, inviabilizando ainda este tema o fato da organização do evento não ter sido comunicada em tempo hábil para a substituição. Outros debatedores trataram do tema de forma esparsa em suas explanações, todavia mais na importância de uma política geral para a cultura do que da implantação da secretaria em si.

Juventude e Compromisso Cultural

    O atual presidente do Conselho da Juventude e vereador eleito Thalles Contão dissertou acerca das ações de projetos relacionados ao referido conselho e a atual situação de políticas públicas voltadas à juventude.

    Por fim colocou seu mandato como vereador do município à disposição do Fórum e das iniciativas culturais.

Teatro como Veículo de Transformação Social

O debatedor Arlindo Matias do Rêgo – Diretor Teatral iniciou sua explanação cobrando do poder público uma maior iniciativa no fomento às atividades teatrais. Destacou ainda a necessidade de democratização dos dados referentes à produção cultural sob responsabilidade do município.

Também salientou a significativa produção teatral da cidade e seu desenvolvimento dos três últimos anos.

Movimentos Culturais no Mucuri e Jequitinhonha

O poeta e escritor João Evangelista Rodrigues também chamou atenção sobre a diferenciação e caracterização dos três setores os quais compõem a sociedade, o 1º setor, sendo o poder público em todas suas instâncias, 2º a iniciativa privada e o 3º com as organizações da sociedade civil (ONGs, associações, entre outras).

Relatando sua experiência como produtor e militante cultural e na superintendência da Secretaria do Estado de Cultura de Minas Gerais destacou a importância do planejamento, e não só municipal, mas regional para o desenvolvimento de um "plano diretor" para a cultura do vale do Mucuri.

Defendeu ainda a elaboração de um "Mapa Cultural", de um diagnóstico cultural, pois é a partir deste conhecimento da realidade cultural do município se pode pensar e trabalhar no planejamento. Lança ainda uma série de princípio e fundamentos a partir dos quais é possível a reflexão e ação cultural, além de apresentar os "Passos de Um Planejamento Estratégico" no que se refere à política cultural.

Demonstra a necessidade de produção de memória dos movimentos culturais como contribuição à formação identitária regional. Para isso relata sua experiência como militante cultural no vale do Jequitinhonha e atualmente seu trabalho com Pereira da Viola, um dos principais nomes da cultura do Mucuri.

    

Cultura Afro-Brasileira

O Professor Benjamin Xavier de Paula - UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI – e coordenador do NEAB – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros criticou a supervalorização da contribuição européia, em especial alemã, na construção da cidade de Teófilo Otoni em detrimento da contribuição africana. Lembrando do projeto de "embraquecimento" da população brasileira no século XIX, e da importância da valoração e resgate do papel do negro na construção sócio-cultural e econômica desta região.

Alertou ainda para o que chamou de "invisibilidade" da cultura afro-brasileira existente nos vários quilombos reminiscentes, nas periferias, não identificando uma apropriação desta influência por parte da sociedade teófilo-otonense. Além de chamar a atenção para a "confusão" demonstrada pela presença de nomes tipicamente europeus e principalmente alemães em afrodescendentes, e o não reconhecimento enquanto tal destas pessoas.

    Já no segundo momento, à tarde, foi organizado um grande grupo com os participantes onde foram retomados os assuntos listados acima.

    O papel do terceiro setor na política pública voltada à cultura, as dificuldades em promover a cultura na cidade e a falta de incentivo para tal empreitada, culminou na conclusão de que há uma necessidade premente de atuação mais efetiva e enérgica por parte do poder público, como a criação de um Fundo Municipal de Cultura, na elaboração de uma política e legislação claras, além de financiamento para o desenvolvimento destas propostas.

    

Outras questões levantadas foram:

  • a necessidade de consultoria para a elaboração e gestão de projetos culturais;
  • a capacitação de agentes, produtores e gestores culturais para a sua adequação aos atuais moldes de produção e gestão cultural;
  • necessidade de sensibilização e mobilização dos empresários e contabilistas de Teófilo Otoni para a apresentação do papel da iniciativa privada no desenvolvimento cultural do município, no que se refere à responsabilidade social, marketing cultural, renúncia fiscal, fomento e patrício à cultura.

Como primeira fase da implantação do FÓRUM PERMANENTE DE POLÍTICA CULTURAL PARA O TERCEIRO SETOR EM TEÓFILO OTONI, foi definido um grupo de trabalho encarregado de produzir este relatório, na elaboração e futura execução o DIAGNÓSTICO CULTURAL DE TEÓFILO OTONI em parceria com outras instituições que se interessarem e finalmente traçar as metas para o II FÓRUM DE POLÍTICA CULTURAL PARA O TERCEIRO SETOR EM TEÓFILO OTONI.


 

O evento contou com a participação de cerca de 25 pessoas representando 11 instituições da cidade em sua maioria envolvidas com produção cultural. E como está relatado, foi bastante produtivo no que se refere à reflexão e apresentação de pospostas acerca da política cultural de Teófilo Otoni.

Conclui-se, portanto da necessidade de busca de conhecimento acerca da realidade sócio-cultural da cidade e da urgência do planejamento, para o fim precípuo de valoração e promoção da cultura da cidade de Teófilo Otoni.

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