quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um Acordo chamado Internet

Retirado do Overmundo em 31/01/13 do endereço:

http://www.overmundo.com.br/overblog/um-acordo-chamado-internet-1

Por Uirá Porã (*)  · Fortaleza, CE

De quem é a internet? Essa pergunta, certamente capciosa, vai muito além de uma simples provocação, mas é um convite à reflexão sobre os princípios fundamentais do maior conglomerado de informações já produzido pela humanidade. E para responder a esse convite, é preciso saber: O que é a internet?

Ela não é uma coisa palpável, não é uma instituição legalmente constituída ou um clube de sócios. Segundo a wikipedia#, "a Internet é o maior conglomerado de redes de comunicações em escala mundial e dispõe milhões de computadores interligados pelo mesmo protocolo de comunicação (...)".

O grifo nos termos "redes" e "protocolo de comunicação" são para frisar que esses são dois princípios básicos. As tais redes são possíveis graças à existência de um protocolo (IP# - “Internet Protocol”) que é aberto. Ou seja, a Rede é composta por um número cada vez maior de pessoas que utilizam dispositivos e máquinas que escolheram adotar esse mesmo protocolo.

Um terceiro princípio é também em função de outro. Como o protocolo é aberto, a rede é descentralizada. Qualquer pessoa, em qualquer lugar, que queira trocar informações (bits#) pode criar uma nova rede. Por isso o artigo da wikipedia fala em "conglomerado de redes".

A Internet não é uma coisa: é um acordo. Um acordo em que todos resolvem adotar o mesmo protocolo para trocar informações. É isso que afirma um famoso e já antigo texto, Mundo de Pontas (“World of Ends”)#, de dois grandes precursores das reflexões sobre a internet e a cultura digital, Doc Searls# e David Weinberger#,

Sabendo que a internet não é propriedade de alguém, mas sim um acordo do qual todos decidem, voluntária ou involuntariamente, participar, imagino que você, como provável usuário da internet, pode estar mais interessado em saber como anda esse acordo e como ele pode mudar e, eventualmente, influenciar de maneira decisiva sua vida e a vida da sociedade em rede da qual fazemos parte. Estou certo? Não necessariamente.

Isso porque hoje vivemos em uma cidade que é regida por leis que a maioria da população não conhece. Um bom exemplo é a Lei Orgânica do Município#, que define as 'regras de comportamento' dos cidadãos e instituições que compoem a municipalidade, mas que muitas pessoas sequer sabem que existe. Então por que com a internet seria diferente?

Estamos falando do Marco Civil da Internet#, que, segundo um de seus idealizadores, professor Ronaldo Lemos#, se propõe a "definir claramente as regras e responsabilidades com relação a usuários, empresas e demais instituições acessando a rede" #. A idéia é criar uma lei para regulamentar direitos e deveres das pessoas e organizações brasileiras que participam da internet.

A idéia se transformou em projeto de lei, passou por uma série de debates realizados através de encontros presenciais e ancorados em uma plataforma inovadora# que permitiu transformar o processo de consulta pública, geralmente analógico e limitado, em um grande debate sobre direitos e deveres na internet. Depois de quase dois anos de discussões e estudos, foi apresentado o Projeto de Lei 2126/2011# ao congresso nacional. O texto já teve parecer e substitutivo apresentados em comissão especial constituída para debater o projeto, que tramita hoje como PL 5.403/2001# e aguarda na fila para entrar em votação no plenário da Câmara.

O PL, que teve sua votação adiada pela terceira vez no último dia 5 de dezembro, tem como principais barreiras o lobby da indústria autoral e das empresas de telecomunicações, além do desconhecimento das pessoas.

É do interesse das grandes corporações das telecomunicações e indústria cultural, que visam prioritariamente o lucro, o adiamento de regulamentações que podem limitar a capacidade de continuar explorando a diferença e a desigualdade de acesso como forma de aumentar seus ganhos.

Por outro lado, deveria ser interesse de toda a sociedade e, portanto, de seus representantes, que, justamente por isso, tais regulamentações sejam não somente aprovadas, mas divulgadas como forma de garantir que as pessoas gozem plenamente de seus direitos e exerçam responsavelmente suas responsabilidades.

A capacidade de melhorar a sociedade depende da consciência e compreensão de seu modo de funcionamento. Da mesma forma que a capacidade de acompanhar e cobrar governos e representantes eleitos é diretamente proporcional ao esclarecimento sobre seus papéis e suas realizações. Também a possibilidade de melhoria de um meio de comunicação tradicional depende, em tempos de internet, de sua capacidade de se tornar cada vez menos tradicional.

Desse modo, mais do que defender ou criticar uma posição ou projeto, é importante que se compreenda o funcionamento dos acordos aos quais estamos submetidos. No caso da internet, precisamos saber que, além dos serviços e infraestrutura infinitamente mais avançados que os tradicionais, o modo de organização da grande rede, aberto e descentralizado, está imprimindo na sociedade contemporânea uma nova maneira de se organizar e se expressar. Quem sabe se com o surgimento de um Marco Civil forte e soberano para a Internet no Brasil, esse movimento não nos inspire a criar novos marcos democráticos para a organização da sociedade pós-digital?

Participe do movimento para estabelecer regras que garantam os direitos e deveres básicos dos participantes da internet:

http://www.avaaz.org/po/petition/Aprovacao_do_Marco_Civil_da_Internet_no_Brasil/

(*) Uirá Porã é Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Políticas Digitais - Mutirão (www.institutomutirao.org) e Conselheiro de Cultura Digital de Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura do Congresso Nacional.

Uma versão resumida desse texto foi originalmente publicada pelo jornal O Povo : http://bit.ly/X8lEgK

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Reconhecimento é primeiro passo para regularização da profissão produtor cultural

Retirado do site do Cultura e Mercado em 31/01/13 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/panoramadacultura/reconhecimento-e-primeiro-passo-para-regularizacao-da-profissao-produtor-cultural/

Por Mariana Carvalho

Com o crescimento do setor cultural no Brasil, aumenta também a demanda por profissionais melhor preparados para atuar nessa área. O mercado de produção cultural exige cada vez mais formação e qualificação específica. No entanto, capacitação específica ainda é difícil e a remuneração também é uma questão controversa. Estes são assuntos que viemos tratando nas últimas semanas na nossa série sobre o Panorama Setorial da Cultura Brasileira, pesquisa patrocinada pela Vale e Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.

De acordo com o levantamento, 86,6% de produtores com nível superior recebem por mês uma quantia um pouco acima de R$ 2.501, enquanto que um profissional de outro setor com a mesma escolaridade, segundo dados do IBGE, recebe em média R$ 3.600.

Uma das razões para essa disparidade pode estar na falta de regularização da profissão de produtor cultural no Brasil.

“Com a profissionalização dos setores da cultura, os produtores precisaram se organizar como categoria, buscando formação acadêmica, metodologias de atuação e normativas éticas e jurídicas de trabalho”, afirma Kátia de Marco, presidente da Associação Brasileira de Gestão Cultural (ABGC).

Segundo ela, no entanto, ainda estamos “no começo da trilha”. “Existe na atualidade uma necessidade que urge no que se refere ao reconhecimento social e econômico da profissão de Produtor Cultural, antes até da mobilização em torno da regulamentação da profissão em si, mais burocrática e polêmica. Talvez esta seja uma consequência natural deste processo, atrasado e ainda nos primeiros passos”, acredita.

O ex-coordenador do bacharelado em Produção Cultural e atual coordenador do mestrado em Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense, Luiz Augusto Rodrigues, lembra que as primeiras graduações em Produção Cultural datam de 1996 em diante. “E são ainda poucas. Há alguns movimentos associativos, como a ABPC – Associação Brasileira de Produtores Culturais (formada por ex-alunos do curso da Universidade Federal Fluminense) e a ABGC, mas a questão da regulamentação (de como e com que propósitos) ainda tem pouca reflexão e debate. Ao menos nacionalmente”, diz ele.

Para Rodrigues, quanto mais organizada e profissionalizada estiver a profissão, melhor desempenho ela terá, tanto na esfera privada quanto pública. “Não é necessariamente a regularização (com as implicações e significações que esta possa ter) que vai dar forma a esta profissão. É justamente os processos de formação que importam”, afirma.

Ele acredita ainda que uma série de questões está em aberto, como a questão trabalhista, previdenciária e de saúde deste trabalhador; os registros profissionais e o código de ocupação; os deveres do produtor com questões ambientais e de segurança. “Há um conjunto de deveres e de direitos que devem ser debatidos com esses profissionais”.

Eduardo Santana, sócio-diretor da Fly Cow Produções Culturais e com mais de 15 anos em desenvolvimento de projetos culturais públicos e privados, destaca que o produtor carrega a imagem de “faz tudo”, o que atrapalha na qualificação de sua atividade, assim como a valorização de seu trabalho e a busca pelo reconhecimento.

Ele questiona também o comprometimento com o serviço realizado pelo produtor, levando em consideração a inconstância da remuneração. “(…) [o produtor cultural] nunca tem uma expectativa a longo prazo, pois nunca sabe o que irá acontecer no mês seguinte. Vejo que a regulamentação é a melhor solução para acabar com o serviço terceirizado ou a contratação feita de qualquer forma, sem profissionalismo”, comenta.

Para Kátia de Marco, a formalização dos direitos, deveres, fazeres e suas éticas são fundamentais e urgentes à produção cultural brasileira. E os eventos de entretenimento estão incluídos nesse universo. “Ao crescer, um segmento potencializa necessidades e a regulamentação torna-se premente. Mas antes, a meu ver, é mais importante fortalecer a trama da divulgação e da formalização da importância dessa nova profissão do século XXI, quando a cultura é percebida como um instrumento de transformação e de sobrevivência das diferenças. Esse profissional precisa ser valorizado, ser mais bem pago, movimentar cifras cada vez maiores e gerar mais mudanças e transformações de atitudes e de bem-estar nas sociedades contemporâneas”, afirma.

Dia do Produtor Cultural - Em 16 de agosto de 2012, a Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro realizou uma audiência pública para discutir o reconhecimento do Produtor Cultural e, a partir daí, criar o Dia Estadual do Produtor Cultural.

“O crescimento da área da produção cultural tornou a regulação urgente. O produtor cultural é hoje um profissional qualificado, que atua em uma área específica, e precisa ter seus direitos como trabalhador garantidos”, afirma o presidente da Comissão de Cultura da Alerj e deputado estadual Robson Leite.

Segundo ele, a audiência pública e o projeto de lei vieram da demanda dos próprios produtores culturais, após o Encontro Nacional de Produção Cultural. “A ideia de criar o Dia do Produtor Cultural surgiu para ajudar os debates sobre a regulamentação da profissão – que deve ser feita em Brasília. Queremos incentivar a mobilização e a organização dos produtores e um dia de luta e comemoração ajuda nesse sentido”, explica.

Na audiência, segundo o deputado, foram debatidos os mecanismos de regularização e criado um grupo de trabalho estadual, com produtores e poder público, para pensar no que pode ser feito nas esferas estadual e federal. “Agora, em 2013, retormaremos esse GT.”

Em Niterói (RJ), cidade que sedia a Universidade Federal Fluminense, que despontou com o primeiro bacharelado de produção cultural no Brasil, o Dia do Produtor Cultural foi  sancionado em 2007.

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IPHAN e UNESCO oferecem curso a distância de Patrimônio Imaterial

Retirado do site do IPHAN em 31/01/13 do enderereço:

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=17130&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

Estão abertas as inscrições, até o dia 8 de fevereiro, para o curso Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional, uma realização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da UNESCO no Brasil por meio do Projeto Difusão da Política do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil, e com coordenação técnica da Inspire | Gestão Cultural. Com aulas ministradas a distância, pela internet, o curso acontece entre os dias 1º de março e 4 de maio de 2013. Serão oferecidas 200 vagas para profissionais de todo o Brasil. A iniciativa faz parte das comemorações dos 10 anos da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, de 2003. Será feita seleção das inscrições enviadas e o resultado será divulgado a partir do dia 20 de fevereiro.

O curso, gratuito, estruturado em oito disciplinas, tem como objetivo fortalecer as capacidades locais para implementação e execução de políticas de patrimônio imaterial nos estados e municípios brasileiros, por meio da capacitação de gestores culturais para atuarem na salvaguarda do patrimônio cultural imaterial – legislação, identificação, reconhecimento, apoio e fomento à sustentabilidade. Pretende-se, assim, fomentar o Sistema Nacional de Patrimônio Cultural. Será possível ainda analisar e discutir os principais conceitos relacionados ao patrimônio cultural brasileiro em suas diferentes dimensões e interações com aspectos de identidade, território e meio ambiente.

O público-alvo é formado por profissionais que já atuam no campo da cultura e estão interessados em aprofundar conhecimentos nas áreas de mapeamento, inventários, pesquisas e ações de reconhecimento de bens culturais como patrimônio, assim como sobre a política federal de salvaguarda do patrimônio imaterial e demais ações desenvolvidas nessa área.

No início do curso será ministrada a disciplina ”Ambientação em EAD”, que tem como objetivo promover uma boa relação com a aprendizagem virtual, otimizar a utilização dos recursos da plataforma do curso e explicitar a metodologia adotada.

Também serão oferecidas as disciplinas “Tratando de Conceitos”, que discute Referências Culturais e patrimônio; “Comunidade e Gestão do Patrimônio”, que apresenta e discute metodologias de fomento à participação; “Convenção 2003 da UNESCO”, sobre a estrutura geral da UNESCO e da Convenção, além de objetivos e órgãos; “Legislação Brasileira (PNPI, Estados e Municípios)”, sobre a institucionalização do patrimônio como campo de estudo e ação política no Brasil; “Instrumentos de gestão e políticas de fomento”, “Intersetorialidade, Patrimônio e Desenvolvimento” e “Instrumentos e práticas de salvaguarda”, que discutem os instrumentos de Inventário, Registro, Planos de Salvaguarda, Políticas de Incentivos Fiscais, Educação Patrimonial e Tutela Penal do Patrimônio Cultural.

O curso tem a coordenação de conteúdo de Lucas dos Santos Roque e o corpo docente é formado por Patrícia Faria, Mônia Silvestrin, Letícia Vianna, Lucas dos Santos Roque, Mário Pragmacio, Juliana Santilli, Maria Elizabeth Costa e Márcia Sant’Anna.

SERVIÇO

Curso: Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional - EAD

Inscrições: até 08 de fevereiro, pelo site www.inspirebr.com.br

Seleção: até 20 de Fevereiro

Período do curso: de 1º de março a 4 de maio de 2013

Número de vagas: 200

Custo: Gratuito

Carga horária: 65 horas total

Contatos para a imprensa:

Inspire Gestão Cultural - Maria Helena Cunha, lenacunha@inspirebr.com.br, 31-3274 4953

IPHAN - Núbia Selen Lira Silva, nubia.selen@iphan.gov.br , 61- 20245525

UNESCO no Brasil - Ana Lúcia Guimarães, ana.guimaraes@unesco.org.br , 61-2106 3536

Isabel de Paula, isabel.paula@unesco.org.br , 61-2106 3538

Conheça, abaixo, o perfil dos professores participantes:

• Prof. Patrícia Faria (Ambientação em EAD)

Graduada em Psicologia pela UFMG, é especialista em Planejamento e Gestão Cultural pelo IEC/PUC-Minas. Desde 1992 é Coordenadora da  Escola Livre COMUNA S.A., que em 2007 tornou-se  um Pontão de Cultura com o projeto "Formação em Gestão Cultural para os Pontos de Cultura" de todo Brasil.

• Prof. Mônia Silvestrin (Tratando de Conceitos)

Possui graduação em Historia pela Universidade Federal do Paraná e mestrado em História pela USP. Atualmente é Coordenadora de Identificação do Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN.  Atua como docente no Ensino Superior desde 2003 e, como pesquisadora, estuda temas como literatos, história das idéias, história cultural e patrimônio cultural.

• Prof. Letícia Vianna (Comunidade e Gestão do Patrimônio)

Mestre em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (1993) e doutora em Antropologia Social no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Desde 2007 é consultora no Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN, e pesquisadora do Laboratório Transdisciplinar de  Estudos da Performance da UNB.

• Prof. Lucas dos Santos Roque (Convenção 2003 da UNESCO)

Mestre em Antropologia. Atualmente trabalha como consultor autônomo. Tem experiência na área de Antropologia, atuando principalmente em meio ambiente, patrimônio imaterial e desenvolvimento sustentável. É consultor da UNESCO para fortalecimento das capacidades para a implantação da Convenção de 2003.

• Prof. Mário Pragmacio (Legislação Brasileira (PNPI, Estados e Municípios)

Atualmente é assessor jurídico do gabinete da vereadora Sonia Rabello (PV/RJ), e atua nas áreas de meio ambiente, patrimônio cultural, cidade e educação. É professor do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense – UFF, lecionando as disciplinas “Legislações de Incentivo à Cultura e Direitos Autorais”, “História do Patrimônio Cultural” e “Projeto Cultural IV”.

• Prof. Elisabeth Costa (Instrumentos de gestão e políticas de fomento)

Graduada em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da UFRJ em 1974, Mestre em Psicolinguística, pela UFRJ em 1996 e Doutora em Antropologia Cultural, pela UFRJ em 2005. Desde 2010 é chefe da Divisão de Pesquisa do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.

• Prof. Juliana Santilli (Intersetorialidade, Patrimônio e Desenvolvimento)

Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília (2004), e doutora em Direito (área de concentração: Direito Socioambiental) pela PUC-PR (2009). É promotora de justiça do Ministério Público do Distrito Federal, já tendo atuado nas áreas de meio ambiente, patrimônio cultural, criminal e direitos humanos.

• Prof. Márcia Sant’Anna (Instrumentos e práticas de salvaguarda)

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília, mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA e doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2004). Até março de 2011 trabalhou no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) onde exerceu diversos cargos, entre os quais o de Diretora do antigo Departamento de Proteção (1998-1999) e Diretora do atual Departamento de Patrimônio Imaterial (2004-2011).

Fonte: Ascom

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Inscrições para o FESTTO 2013 estão abertas.

O Grupo In-Cena de Teatro lança o edital de Seleção dos espetáculos para o Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni 2013, FESTTO, que acontecerá nos dias 30 de maio a 02 de junho. Serão selecionados 12 grupos de teatro de todo o país, sendo 6 na modalidade palco e 6 rua. As inscrições serão do dia 15 de janeiro a 25 de fevereiro. O grupo vencedor de mais prêmios ganhará R$ 2000,00. Não perca essa chance e confira o edital.

Baixe o edital e os documentos necessários para inscrição no link abaixo:

http://migre.me/cPuBk

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Encontro Nacional com Novos Prefeitos

Retirado do site do MinC em 30/01/13 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2013/01/29/encontro-nacional-com-novos-prefeitos-e-prefeitas-2/

Ministra Marta Suplicy apresenta políticas de Cultura aos chefes do poder executivo municipal

Na tarde desta terça-feira, 29, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, acompanhada da secretária-executiva Jeanine Pires, proferiu uma palestra para os participantes do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, que acontece em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A ministra falou sobre o Vale-Cultura, o Sistema Nacional de Cultura (SNC) e as ações da Pasta para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Os administradores lotaram o auditório para entender o funcionamento do Vale-Cultura. A ministra ressaltou que a adesão dos empresários ao Vale não é obrigatória, mas frisou que os prefeitos têm um papel muito importante na divulgação e fomento do benefício nos municípios.

Ela deu dicas aos prefeitos de como proceder e falou ainda sobre o impacto que o benefício pode trazer às cidades. “Por meio do Vale, é possível injetar mais dinheiro no município, incentivar a produção local e ainda aumentar a oferta de lazer nas cidades”, disse Marta.

Sobre o SNC, os prefeitos puderam entender melhor o funcionamento do Sistema, assunto que será tratado de forma mais detalhada nas duas oficinas que acontecerão nesta quarta-feira, dia 30. A ministra ressaltou ainda a importância da adesão dos municípios de médio e pequeno porte ao sistema para ter apoio do MinC e fortalecer o Sistema de Cultura.

Para a Copa do Mundo de Futebol 2014, Marta Suplicy destacou que a parceria do MinC com os municípios é prioritária na formulação das agendas culturais das cidades-sede dos jogos. “Quem não é cidade-sede também vai ter chance de trabalhar a sua Cultura, por meio de editais que serão lançados em atenção a trabalhos menores feitos em municípios”.

A ministra falou sobre as alternativas no campo da Cultura para a atuação do MinC no Mundial de Futebol e nas Olimpíadas.

A ministra Ideli Salvatti também se dirigiu aos presentes após a explanação de Marta Suplicy e destacou a importância do SNC para que os objetivos no campo da Cultura sejam concretizados, além de abordar o potencial da Cultura no desenvolvimento do país.

Todas as dúvidas dos prefeitos foram esclarecidas pela ministra da Cultura e pela secretária-executiva do MinC.

(Texto: Rosiene Assunção, Ascom/MinC)

(Fotos: Elisabete Alves, Ascom/MinC)

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Galerias da Fundação Clóvis Salgado recebem recorte da 30ª Bienal de São Paulo

Retirado do site da SeC-MG em 30/01/13 do endereço:

http://www.cultura.mg.gov.br/component/content/article/1382

Entre os dias 17 de janeiro a 17 de março, o Palácio das Artes e o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia abrigam um recorte da 30ª Bienal de São Paulo.

Trata-se de aproximadamente 270 obras, de 36 artistas, expostos em diversos espaços que correspondem a 1,5 mil m². Belo Horizonte, cidade com maior número de obras, é a primeira a receber a itinerância da exposição que passará ainda por Juiz de Fora, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Bauru, Campinas, Araraquara e São José do Rio Preto.

Resultado da parceria da Fundação Clóvis Salgado com a Fundação Bienal, é a segunda vez que a capital mineira recebe passagem da mostra. Em 2011, mais de 60 mil pessoas visitaram a exposição nas diversas cidades onde esteve.

A 30ª Bienal de São Paulo – A Iminência das Poéticas – Seleção de Obras apresenta um conjunto de obras selecionadas da mostra paulistana e possui expografia desenhada especialmente para os espaços de Belo Horizonte, concebida pelo arquiteto Martin Corullón. O recorte que será apresentado na capital mineira é dedicado às constelações tipológicas, performáticas, reflexões sobre a natureza, o tempo e suportes apresentados em São Paulo. "Nosso desafio é manter um pouco dessa intenção constelar da Bienal sem grande amplitude de espaço. Por isso, organizamos pequenos grupos (trios, quartetos), distribuindo espacialmente obras que estão articuladas em função dos vínculos entre os artistas" - explica o curador Luis Pérez-Oramas.

No Palácio das Artes, estarão expostas as seleções de portfólio dos artistas: Fernand Deligny (França), Absalon (Israel), David Moreno (EUA), TehchingHsieh (Taiwan), Allan Kaprow (EUA), Horst Ademeit (Alemanha), Arthur Bispo do Rosário (Brasil), NydiaNegromonte (Brasil), Ian HamintonFinlay (Escócia), Sheila Hicks (EUA), Elaine Reichek (EUA), Bas Jan Ader (Holanda), Nino Cais (Brasil), SigurdurGudmundsson (Islândia), JiříKovanda (República Tcheca), Alfredo Cortina (Venezuela), Saul Fletcher, Cadu (Brasil), Sofia Borges (Brasil), HreinnFridfinnsson (Islândia/Holanda), RunoLagomarsino (Suécia), Paulo Vivacqua (Brasil), Rodrigo Braga (Brasil), Andreas Eriksson (Suécia), OdiresMlászho (Brasil), Moris (México) e Fernando Ortega (México).

Para o Centro de Arte Contemporânea e Fotografia da Fundação Clóvis Salgado, foram selecionadas obras que ocuparam boa parte da área climatizada da 30ª Bienal de São Paulo. No local, retratos do alemão August Sander dialogam com conjuntos do holandês Hans Eijkelboom. Fotografias de Ambroise Ngaimoko (Angola), Edi Hirose (Peru) e Alair Gomes (Brasil) estarão em ressonância com demais obras de organização tipológica, como as do venezuelano Roberto Obregón e do marfinense Frédéric BrulyBouabré.

Serviço

Evento: 30ª Bienal de São Paulo – A Iminência das Poéticas – Seleção de obras

Data: 17 de janeiro a 17 de março de 2013

Horário: terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 16h às 21h.

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, Galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta (Palácio das Artes -Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte - MG) e Centro de Arte Contemporânea e Fotografia (Avenida Afonso Pena, 737 – Centro – Belo Horizonte - MG)

Classificação: Livre

Informações para o público: (31) 3236-7400

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Compositor mostra sua cara–Caio Duarte e Andreas Saerdna no Espaço Cultural In-Cena e Botiquim Cultura Bar

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Desafio de colocar a Diversidade Cultural e a Inclusão em prática no SNC: Sobre horários e distâncias

Retirado do blog Sistema Nacional de Cultura em 29/01/13 do endereço:

http://sncmg.wordpress.com/2013/01/29/desafio-de-colocar-a-diversidade-cultural-e-a-inclusao-em-pratica-no-snc-sobre-horarios-e-distancias/

imageO discurso de proteção e promoção à diversidade cultural definitivamente já tomou lugar no cotidiano dos gestores públicos e de grande parte da sociedade. Numa sociedade democrática todo mundo “acha legal” a diversidade cultural, defende políticas de inclusão para todos (mesmo que com diferenças no formato), e quase sempre tem algo a falar sobre o tema.

Porém, transformar os princípios da diversidade cultural em prática cotidiana de indivíduos e instituições nem sempre é fácil. Precisamos pensar, ao conectar os temas de diversidade cultural e inclusão cultural, em criar alternativas que possibilitem igualdade de oportunidade de acesso sob várias ópticas: diversidade de linguagens artísticas, de estilos, de idiomas, de formatos de ação cultural, de lugares dentro da cidade, de faixas etárias. E, como não poderia deixar de ser, diversidade de horários. Como os cidadãos têm vidas diferentes, lógicas diferentes de organização do horário, moram em diferentes (e distantes) lugares das cidades, se uma reunião pública quer que todos tenham a oportunidade de estar presente, teríamos que pensar em analisar estas várias configurações de horário para planejar mais horários diferenciados mais locais da cidade para que mais pessoas pudessem optar por estar presente.

Ao conversar com uma pessoa mais simples sobre política pública, percebemos alguns elementos de um dos principais desafios do SNC: envolver a TODOS na discussão sobre a criação do Sistema Nacional de Cultura, não apenas artistas e gestores. Para alguém que trabalha de segunda a sexta, de 8h às 18h, é complicado participar de reuniões durante este horário. O ideal seria termos mais de uma reunião em diversos horários para que as pessoas pudessem organizar seus “horários disponíveis”, facilitando o processo de participação. Na mesma medida, para alguém que mora nos limites das cidades, longe das sedes ou centros, como pensar em “atravessar a cidade” para participar com regularidade?

Um limitador é o fato de a maioria das equipes de órgãos públicos de cultura ser pequena. Muitos gestores já trabalham “no limite”, até com muito esforço, mas sem poder exigir que suas equipes trabalhem fora do seu horário padrão. É um dilema… Alguns sugerem que os gestores talvez pudessem propor flexibilidade na equipe (uma pessoa da equipe poderia trocar seu turno e trabalhar um sábado pela manhã ou um dia à noite), mas como lidar quando o gestor tem apenas duas pessoas e o órgão não pode simplesmente fechar as portas para que um dos funcionários troque de turno? A situação priora na precariedade de compreensão dos setores administrativos ou financeiros da maioria das prefeituras e órgãos públicos das outras esferas sobre as peculiaridades da área cultural.

Ouvimos uma moça esta semana que discutia CULTURA num passeio comum, próximo à Avenida Paraná, centro de Belo Horizonte, MG. O tema tinha diretamente a ver com o momento nacional. Era uma moça simples (depois ela disse que trabalha como secretária num prédio no centro), que talvez não estivesse em nenhum mailing ou entre os contatos de nossos órgãos públicos de cultura, mas a vontade dela em discutir a coisa pública era genuína. Ao aproximar dela, apresentamo-nos um ao outro e falamos um pouco sobre sistema nacional de cultura, sobre espetáculos, sobre oportunidades. A frase final dela na conversa provocou uma reflexão sobre a necessidade de estratégias específicas para envolver efetivamente o cidadão comum nas discussões de interesse público: “José Junior, eu queria participar destas reuniões de fórum de políticas culturais, de conferência de cultura, mas como é que eu faço se acontece sempre em horário que eu não posso ir por causa do meu trabalho???”. E completou “Não adianta eu chegar pro meu chefe e falar que é pro bem de todos, que veremos os resultados depois e tudo mais… O senhor acha que os empregados, como eu, estão relegados ao lugar de nunca poder participar? Na conferência municipal de BH, em 2009, por exemplo, como eu podia participar se moro pra lá de Venda Nova (um bairro de Belo Horizonte bem distante do centro) e as reuniões sempre terminam muito tarde”.

Pré-conferências regionais, caravanas descentralizadas, reuniões à noite ou sábado, conteúdos facilitados para pessoas mais simples são algumas das estratégias que poderiam ajudar, mas esbarram na escassez de recursos e dificuldades de mobilização dos órgãos públicos e na desconfiança e até pouco compromisso por parte da sociedade civil. Ou todos os envolvidos fazem um esforço complementar (governos viabilizando horários alternativos e reuniões em vários pontos da cidade, para várias faixas etárias diferentes e envolvendo o ambiente da escola pública e sociedade civil comprometendo-se mais e organizando-se regularmente) ou não conseguiremos atingir boa parte das metas do Plano Nacional de Cultura até 2020.

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Fórum de Políticas Culturais de Minas Gerais

Retirado do site do MinC em 29/01/13 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2013/01/28/forum-de-politicas-culturais-de-minas-gerais-3/

Palestra sobre objetivos do fórum marca primeiro encontro de 2013

A 1ª Reunião do Fórum de Políticas Culturais de Minas Gerais de 2013 será realizada nesta terça-feira, 29 de janeiro, a partir das 14h, na Funarte/MG, localizada na Rua Januária, 68 – Floresta, em Belo Horizonte. Na ocasião, será definido o cronograma de atividades para este ano, com base nas sugestões apresentadas no encontro ocorrido em novembro de 2012.

A reunião é aberta a todas as pessoas interessadas nas questões culturais. As inscrições são feitas pelo email divulgacaomg@cultura.gov.br, no qual precisa constar os nomes do evento, da pessoa interessada na inscrição, da instituição que representa, endereço eletrônico e número de telefone.

Na primeira reunião do ano também haverá a apresentação da palestra “Objetivos de um Fórum de Políticas Culturais”, a cargo do professor José Márcio Barros, do Observatório da Diversidade Cultural.

O evento deverá contar com a participação de gestores municipais, representantes da sociedade civil, artistas, produtores e outros profissionais.

A chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura em Minas Gerais, Cesária Macedo, ressalta a importância do fórum na construção de políticas culturais. “O trabalho do fórum se dá no sentido de buscar o alinhamento das políticas culturais em níveis municipais, estadual e federal, além de organizar e pensar o trabalho em torno da cultura de um modo sistêmico com vistas à implementação do Sistema Nacional de Cultura”.

Fórum

O Fórum foi criado em 2011 como espaço para o diálogo e o aprofundamento das questões relacionadas às políticas públicas de Cultura. É composto pelo Ministério da Cultura, por meio da Representação Regional/MG e Funarte/MG; Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais; Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG); Fundação Municipal de Cultura; Associação Mineira dos Municípios; Sebrae e Sesc no estado; Universidade Federal de Minas Gerais; Observatório da Diversidade Cultural; e Federação dos Circuitos Turísticos – FECITUR.

(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

“A quantas anda” o Sistema Municipal de Cultura de Teófilo Otoni

Por Bruno Bento

Nos últimos meses passamos da euforia à apreensão no que se refere ao Sistema Municipal de Cultura de Teófilo Otoni-SMC.

Esta não é uma frase de efeito nem tem como objetivo desestabilizar o grupo político que assumirá a gestão cultural na nova administração que tomou posse há quase um mês. O que pretendo com este texto é somente chamar a atenção do setor cultural da cidade para que saibamos a quantas anda e o que precisa ser feito para a implementação do SMC, por conseguinte, para o desenvolvimento do setor cultural deste município, o que não é tarefa exclusiva do poder público municipal é também dever da Sociedade Civil e dos trabalhadores e agentes da cultura.

Para quem não sabe o que aconteceu até agora, peço a gentileza de clicar aqui para ter acesso aos artigos publicados pela Associação Mucury Cultural sobre SMC.

O ano de 2012 foi marcado por uma grande vitória para o setor, no último mês de sua gestão, Maria José Haueisen Freire sancionou a lei 6.510 que cria o SMC, cabendo ao atual prefeito Getúlio Afonso Porto Neiva a sua implementação. Este dispositivo legal não visa somente o financiamento de empreendimentos culturais, mas estabelece toda a política pública municipal para o setor cultural, criando conselho, fundo, sistema de informações e indicadores, plano municipal de cultura, entre outras providências, ainda redesenha as atribuições do poder público e da Sociedade Civil na definição da política propriamente dita e da gestão financeira do setor cultural.

Antes que comecem as críticas, já deixo claro que o SMC de Teófilo Otoni está de acordo com o mínimo estabelecido pelo MinC para a adesão ao Sistema Nacional de Cultura e apresenta alguns avanços em relação às legislações já existentes principalmente no que se refere ao incentivo de projetos culturais, não há renúncia fiscal, ou seja, o empreendedor não tem o ônus de buscar a captação dos recursos junto às empresas, o que geraria grande transtorno e inviabilização de recursos em um quadro-geral semelhante ao de Teófilo Otoni, pois que há baixíssima profissionalização do setor.

E o que está faltando?

1. Repactuação do cronograma com o MinC no qual serão redefinidas as datas para entrega de relatórios de etapas e ou ações do processo de implementação do SMC;

2. Cadastramento de trabalhadores, instituições e agentes do setor cultural por segmentos (os formulários já foram criados e encontram-se também aqui) no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais de Teófilo Otoni;

3. Convocação do setor para criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Teófilo Otoni e eleição dos conselheiros (os candidatos que representarão a Sociedade Civil têm de estar devidamente inscritos no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais de Teófilo Otoni);

4. Criação do Fundo Municipal de Incentivo Cultural de Teófilo Otoni;

5. Elaboração do Plano Municipal de Política Cultural-PMC;

6. Convocação da Conferência Municipal de Cultura para aprovação do PMC.

Finalmente é bom lembrar que o município que já aderiu ao SNC e não implementar o SMC poderá não receber repasses do Fundo Nacional de Cultura – FNC e terá dificuldades junto ao MinC para gerir programas e / ou repasses de recursos para financiamento de projetos e ações referentes à pasta, uma vez que este sistema terá funcionamento similar ao SUS e SUAS, o município não é obrigado a aderir, mas terá vantagens em fazê-lo e desvantagens se não o fizer.

E o que fazer?

Ontem à noite no Facebook já foi apresentada uma excelente iniciativa. André Luiz Dias, do Grupo In-Cena de Teatro e do Espaço Cultura In-Cena convidou os interessados da sociedade civil a participarem de uma ação proposta por alguns produtores, artistas e agentes culturais para iniciarmos um estudo da lei 6.510 que criou o SMC e o respectivo sistema:

CONVITE

Um pequeno grupo resolveu reunir para estudo do Sistema Municipal de Cultura (e tem que estudar mesmo), enfim.

Fica aqui o convite aos interessados que fizeram parte na construção desse processo, LEMBRANDO GENTE: Nada se faz individualmente nem com o coração cheio de amargura, fica a dica!

Dia: 28/01/13

Hora: 20H:30MIN

Local: Espaço Cultural In-Cena

Endereço: Francisco Sá, 129 – Centro Teófilo Otoni/MG

Aproveito para reafirmar a importância do convite e da movimentação, uma vez que a participação é de suma importância e condição principal para o funcionamento de uma boa política pública no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo.

Além de que a dica do André é para lá de necessária.

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Pindura a Língua no Varal 2013

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A Mucury 9

Por Bruno Bento

Publicação anual diversa, "é mais sortida que a feirinha do Veneta!", poesia, política, antropologia, fotografia e muito mais, além de um bocado de Mucuri!

“Debaixo da saia não”! Gritaram. Ainda bem que não obedeci, senão tínhamos perdido esta imagem da capa. Esta edição é seguramente a mais bonita e bem resolvida que já tivemos da Revista Mucury.

Debaixo de tantas coisas deste nosso grotão que anuncio sem titubeio, encontramos tanta jararaca, quanto poesia, há tanto sol quanto beleza que fica tudo mais impressionante quando junto à beleza de colaborações de um mundo não estranho, mas irmão, numa experiência proporcionada pela internet que não nos isola, mas possibilita uma rede colaborativa antes impossibilitada pela natureza meticulosamente geográfica. Este é o poder da cultura e de nossas vontades de produzir e fruir o que vivemos.

A Revista foi nosso primeiro projeto, em 2007 ideada por Jianderson de Souza, iniciada com um A3 do pior papel jornal que conseguia chegar nestes grotões! A história dela é muito engraçada. Gente que desdenhou, outros apostaram tanto em grana quanto em textos. Até um chilique que dei e pus na cabeça que seria a Escola de Design da UEMG é que ficaria responsável pelo design, claro.

Eu não conhecia ninguém lá. E como Krenhouh Jissá Kiju adora pregar peças nos Kraí, um mês depois estava jantando com Roberto Werneck, à época diretor da tal escola. Como ele logo se apaixonou pela cachaça daqui deste Mucuri, certeiro. Algum tempo depois eu como um ET me reuni lá na escola com um grupo de meninas e menino, eram Daniella Salles, Viviane Silva e Marcelo Torres, este não está mais conosco todavia a Adélia Braga compõe a COMBO, um talentoso studio de design com um potencial incrível que nos orgulhamos de sermos grandes parceiros.

E tomamos àquele instante uma decisão difícil, mas importante. Deixamos o tão querido papel, e entramos definitivamente no mundo virtual, e a resposta e nossa avaliação é que acertamos. Aumentamos o número de leitores, de colaboradores e a beleza da revista é cada vez mais contundente.

Pois bem, nesta edição tem de tudo e de todo lugar! De Minas e Mucuri profundos, e poéticas, estéticas, textos vindos também do Rio de Janeiro, do Paraná, das Ilhas Canárias, do Chile, da República Dominicana, de Angola, esta revista como o Mucuri é também uma “Babel de raças e línguas”, como profetizara Paulo Pinheiro Chagas.

A nossa Mucury 9 então está sortidamente repleta de poesia. O que não significa que contenha conteúdo científico, mas conseguimos nosso grande objetivo, a extrapolação de algumas destas barreiras que a nós não interessa. Como disse logo no início, se respeitasse estas convenções, não teríamos a capa nem este número, pois já tínhamos ficado para trás.

Finalmente não posso me esquecer de JJ Ribeiro um dos ilustradores preferidos que anda meio sumido da revista, Ricardo Frei nosso primeiro editor e Clarice Palles nossa editora que vigia o editorial para que eu não fale mais besteira que o suportável. E tem muita gente que merece lembrança e agradecimentos.

Corram pra ler esta revista que está simplesmente maravilhosa!

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domingo, 27 de janeiro de 2013

Incêndio em Boate em Santa Maria (RS) não é fato isolado - Brasil precisa de um código nacional do setor de eventos e entretenimento.

Por Manoel J de Souza Neto*

Um grave acidente envolvendo a área de entretenimento me acordou na manhã de domingo do dia 27. No rádio do vizinho, ligado em uma emissora popular, o locutor repetia angustiadamente informações sobre o incêndio ocorrido na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, na Boate Kiss em Santa Maria (RS). O caso repercutiu em todo mundo em poucas horas. O saldo aproximado de 250 mortos não pode ser tratado como um caso isolado, na verdade foi uma catástrofe anunciada.

Não pode o governo fechar os olhos e acreditar que a boate Kiss, onde ocorreu a tragédia, existisse algo de pior que os demais espaços em todo o Brasil. Ao contrário, o setor de eventos que lida com fluxos de milhões de pessoas todas as noites no país tem regulação inadequada, podendo ser classificado a grande maioria dos eventos e espaços de criminosos ou ilegais. Não porque é formado por bandidos ou mafiosos, mas porque existe descompasso entre as exigências legais, taxas e estruturas que empurram o setor a criminalidade e ilegalidade. Ou cumprem-se as exigências legais, fiscais, taxas, ou a segurança e bom planejamento.

Existe um delicado equilíbrio para se promover com segurança atividades essenciais para a população e ao mesmo tempo obter lucro. Atacar o setor é tudo o que o governo não deve fazer, posto que só o setor de espetáculos movimente cifras superiores a R$ 12 bilhões por ano no país (segundo fonte do Jornal Valor Econômico).

Um simples olhar sobre os possíveis impactos nos eventos hoje no Brasil deveriam considerar aspectos do direito do consumidor, segurança, saldo ambiental, impacto cultural, saúde publica, segurança do trabalho, fluxo de pessoas, juizado de menores, direitos autorais, uso de tóxicos, entre outros, que hoje não resistiriam a criticas se apresentados em gráficos e analisados por especialistas, com certeza ficando pela média com saldo absolutamente negativo.

No entanto, o debate pela emergência dos fatos já caiu no lugar comum, veículos de comunicação e colunistas vêm tratando quando muito de segurança, saídas de emergência, liberação de bombeiros, extintores funcionando, porem não será este debate que irá dar garantia e segurança ao setor de eventos.

Existem debates em diversas casas legislativas de todo o Brasil procurando regular as condições de segurança dos espaços de eventos, no entanto, é evidente o absoluto despreparo em que vereadores e deputados vêm tratando o tema, não sendo raro tomadas de decisões absurdas, como lei seca, toque de recolher, fechamento de espaços, caça de alvarás, exigências burocráticas demasiadas, que em nosso histórico de um funcionalismo com tradição patrimonialista, todos sabem para que serve a burocracia excessiva, apenas para provocar o descumprimento das lei, gerando a necessidade de liberações ilegais descumprindo os códigos mediante pagamento de propina.

Diversos grupos que vem se debruçando para formulação de políticas públicas, como os colegiados setoriais de cultura (MINC) também apresentaram propostas para melhoria de acessibilidade para o público, como melhores condições de trabalho para os profissionais de entretenimento e cultura (consultar planos setoriais de cultura, site do Ministério da Cultura).

Em um estudo sobre o setor de eventos realizado entre 2005 e 2007 em que tive oportunidade de coordenar para uma Associação Comercial, foram identificados inúmeras irregularidades e práticas que geram impactos negativos nos setores de eventos, resultando em um curso para quevprofissionais pudessem não apenas realizar eventos, mas se responsabilizar por eles. Infelizmente existe desinteresse tanto de organismos como de organizadores, que tem olhares apenas para o marketing, deixando as técnicas de administração, logística, planejamento e aspectos legais de lado conforme pode ser comprovado na prática.

Riscos dos mais variados foram identificados, como acidentes, passivo ambiental, exploração e exposição dos trabalhadores a condições insalubres de trabalho. Porém muitos dos riscos são subjetivos, sendo quase invisíveis sem que ocorra um aprofundamento nos estudos que revelem a que grau de ilegalidade e precariedade o setor foi exposto, dificilmente poderemos apontar legislações que sejam efetivamente positivas no sentido de garantir nova organização ao setor, garantindo tanto a segurança e minimização de impactos, como através de pesquisas, apontem as soluções adequadas para evitar que sejam criados impedimentos absurdos que inviabilizem os eventos, lembrando o quão importantes são ao proporcionar riqueza.

Um assunto que exige rápida resposta do governo considerando a proximidade com a COPA onde teremos milhares de eventos paralelos justamente nestes espaços, colocando em risco nossa população e ainda turista de todo mundo, um risco eminente de acidentes que podem manchar a imagem do Brasil.

A regulação do setor, como apresentado deve ocorrer através de estudos e não de forma aleatória como vem sendo feito. No geral os governos só agem após catástrofes e tomam decisões paliativas e equivocadas.

Um exemplo de lei que não deu certo foi aplicada em Curitiba, a chamada “Lei de Eventos de Grande Porte” que exige mais de 10 autorizações dos diversos órgãos, mas não trata em nenhuma linha da qualidade de realização e organização dos eventos, tão pouco responsabiliza algum profissional. O caso da cidade de Curitiba foi deflagrado a pouco mais de dez anos quando correu um acidente no show “Da Paz” que resultou em dezenas de feridos e três adolescentes faleceram pisoteados. É de se esperar que o governo tomará às pressas alguma medida equivocada para aplacar o clamor popular. Observem, em Curitiba, a solução dada com a lei de eventos, nenhum produtor consegue a liberação simultânea de todos os órgãos e é comum o meio profissional tratar da lei como piada, pois todos sabem que os grandes eventos andam sendo liberados na base da canetada política.

A regulação excessiva sem análise profunda do setor, não levará a nada positivo. Tenho observado outros fatores que foram enviados às autoridades, sobre as práticas que precisam ser banidas através de lei, como por exemplo, a questão de ficha de consumo, algo que precisa ser contextualizado no caso do incêndio da Boate Kiss Santa Maria (RS), onde os seguranças por despreparo, desinformação, ou por ordem de alguém, teriam tentando impedir as pessoas que tentavam sair da boate sem pagar a comanda de consumo em meio a um incêndio conforme denunciado por sobreviventes. Caso que precisa de punição exemplar e que nunca mais pode se repetir.

O assunto vem sendo recomendando em relatórios, cursos, entrevistas e até mesmo para os legisladores que espaços de shows, boates e eventos que reúnam grande concentração de pessoas seja proibido o uso de comanda e sistema de consumação pós-pago, tornando obrigatório em todo o território nacional o consumo de produtos direto através de pagamento antecipado, através de caixas com sistema de fichas, ou pagamento direto aos garçons. Não se aplica a medida a bares e restaurantes, somente aos espaços de shows e eventos de grande porte. O que é uma medida simples e óbvia, que em caso de acidentes permitirão com que todas as pessoas saiam dos espaços com tranquilidade rapidamente e sem deixar prejuízos com contas que não tenham sido pagas aos organizadores dos eventos.

Outro aspecto importante e que foi revelado neste acidente é amplamente observado em espaços de eventos em todo o Brasil são a precariedade de saídas de emergência minúsculas, isso quando existem, o que impede que as pessoas saiam em tempo adequado em um caso como o que ocorreu.

Muitas destas estruturas de saídas são feitas de forma precária e em número insuficiente devido a estas portas, além de caras, serem fator de vazamento de som, que acaba sendo fator de multas e fechamento de espaços pelo excesso de som, justificando para proprietários de espaços que não podem ser feitas muitas portas sem que com isso não acabem sendo prejudicados pelas leis de ruídos urbanos. Como estas casas estão abertas se existe exigência de tais portas? A resposta é clara, existe corrupção, propina cobrada por fiscais que fazem vistas grossas, liberando o alvará dos espaços sem que, no entanto estes tenham feito às adaptações exigidas.

Existe uma necessidade de se harmonizar ambas as leis ruídos urbanos e outras medidas de segurança com medidas administrativas como eliminação de fichas de consumo através de lei proibitiva. As cidades precisam do entretenimento que promove um afrouxamento social graças ao lazer e do outro da economia e empregos gerados por estes setores. O que á mais importante? Segurança, ou vazamento sonoro? Sistemas de controle de consumo que devem dar mais trabalho ou segurança? A resposta em qualquer caso é sempre a segurança, claro!

Se for necessário o governo afrouxar as leis de bem estar e ruídos urbanos, no sentido relacionado de minimizar os riscos de espaços muito fechados, deverá tomar partido pela segurança, portanto reforço da necessidade de mais portas e saídas de emergência mesmo que ocorra vazamento sonoro, ao mesmo tempo dando a garantia que estes espaços sigam funcionando, considerando a importância da cultura, festividades e entretenimento que são profundamente enraizados em nossa identidade nacional.

Outro aspecto que precisa ser considerado são os riscos que os funcionários estão sujeitos, qualquer inspeção básica que passe pela analise de segurança no trabalho deixará um relatório assustador. Caixas enfiados em cubículos, muitas vezes trancados, DJs em estruturas prontas para acidentes, palcos altos demais como aquele que quase tirou a vida de Dinho Ouro Preto (Capital Inicial).

Riscos de incêndios em palco, cozinha, material de isolamento acústico, etc. Equipamentos sucateados. Garrafas, copos de vidros e até mesmo acesso fácil a facas e outros instrumentos que ficam a distâncias relativamente próximas do publico nos bares, todos podendo se tornar armas em caso de uma briga. Palcos sem aterramento, fiação elétrica sem planejamento, distância de holofotes e luz inapropriadas. Som em excesso em espaços minúsculos. Circulação cheia de obstáculos como colunas, mesas, cadeiras etc. Decoração feita com objetos que podem se partir, soltar partes e machucar seriamente o público. Estrutura de telhados de boates sem o menor estudo de capacidade de carga sendo usadas para pendurar pesados equipamentos. Em Raves, feiras e eventos próximos de parques existem ocorrência de volume de som extremamente agressivo para com o frágil conjunto de seres vivos do entorno. Falta de planejamento de segurança, fluxo, circulação de carros, estacionamentos, entrada e saída de carros de bombeiros, polícia e ambulâncias, ausência de geradores de energia elétrica de emergência em eventos de grande porte. Consumo de drogas desenfreado.

Falta de fiscalização, tarifas, taxas especificas para os eventos gerando enorme evasão de recursos públicos, ao mesmo tempo, sendo o enorme número de taxas diferentes impossível de pagar ampliando o risco de prejuízos para os organizadores. Demonstrando total falta de regulação do setor, para além de uma lei ou outra, pois se tratam de diversas legislações, provimentos, orientações que deveriam estar integradas, que deveriam ter acompanhamento do governo, mas não para impor este ônus ao setor, mas para ao contrário, desonerar o setor para poder gerar tais exigências, no entanto, muitas são de responsabilidade também do poder público.

Diante disso, proponho a criação de uma CPI integrada do setor de entretenimento, cultura, eventos e turismo, que resulte não apenas em investigações, mas em análises, que possam gerar um código nacional dos eventos bem como outras questões de interesse relacionado que podem ajudar a diminuir o enorme ônus social que ocorre por falta de um planejamento de políticas públicas integradas. Neste sentido antecipo algumas observações para o debate:

- Considerando o que a imprensa noticiou sobre o caso da Boate em Santa Maria, que aparentemente o acidente foi provocado por um efeito de pirotecnia usado em espaço fechado e acidentes deste tipo são muito comuns, talvez seja o caso de proibição simples, ou estudo e ampliação da regulação do uso destes aparatos, com a política complementar de previsão de multas e penas altas para quem insistir em usar fogos de qualquer tipo, em qualquer tipo de ocasião ou evento sem um rigoroso estudo técnico e liberações de órgãos responsáveis;

- Lei federal que proíba que o consumo em eventos, shows e boates de grande circulação seja feita via comanda para pagamentos posteriores na saída dos eventos. Tornando obrigatório o consumo via ficha pré-paga ou pagamento direto no balcão, permitindo com isso saída livre a qualquer momento pelos usuários de dentro dos espaços sem impedimentos;

- Lei federal que regule o setor de eventos, obrigue a profissionalização do setor exigindo profissionais com cursos (que incluam em suas grades organização, administração, legislação, logística, segurança e análise de impactos dos eventos), criando com isso um DRT obrigatório para os profissionais, responsabilizando através de comunicação, com número e nome do profissional nos materiais de divulgação quem são os responsáveis por cada evento;

- Criação de cursos de eventos gratuitos promovidos pelo MINC, com certificação emitida em conjunto pelas casas legislativas municipais, sistema S, associações comerciais, sindicatos, que possam emitir o certificado que garanta a emissão do DRT de Produtor responsável por eventos. (O DRT é um registro no Ministério do Trabalho que serve para autorizá-lo a trabalhar como modelo profissional);

- Incentivo para que eventos de grande porte, feiras, festivais e qualquer outro tipo que ocorra em espaços abertos, chamados de Mega Eventos (acima de 10.000 pessoas) tenha limite de horário, ocorrendo de dia, a fim de prover segurança, transporte público, sossego, entre outros;

- Afrouxamento da lei de ruídos urbanos, permitindo um pouco mais de ruído em determinadas áreas de entretenimento, através de criação de zonas livres para espaços e bares, ao passo que se exija maiores número de portas de emergência nos espaços de eventos que devem sempre estar liberadas;

- Sugestão que nos grandes centros sejam criados bairros boêmios, lugares centrais ou afastados que pela menor concentração de moradores permitam que exista entretenimento, facilitação de alvarás para abrirem mais espaços, sem, no entanto afrouxar nas questões de segurança, ao contrário, cada vez maiores exigências deve ser feitas neste sentido, lembrando sempre, que o assunto precisa de estudos técnicos para que não se criem leis que simplesmente dificultem de forma aleatória o setor;

- Para efeito de segurança e saúde pública. Sugiro que seja considerada ainda neste debate a legalização do uso da maconha, com controle público da venda, taxas, impostos, regulação da qualidade da produção e criação de sistemas de acompanhamento pela saúde publica;

- Aumento exponencial das punições, multas e prisão para quem ainda insiste em dirigir alcoolizado, imputando corresponsabilidade para os estabelecimentos que atenderem ao infrator. Criando instrumentos de controle social voluntário como multa cidadã, canais para envio de vídeos feitos por celulares de cidadãos que flagrem motoristas alcoolizados, entre outras medidas que passem a ter validade legal para impedir se for o caso que certos motoristas voltem a dirigir;

- Ampliação de redes Inter-Bares ou Ônibus Balada (projetos que já tiveram experiências ainda em analise em Porto Alegre, Curitiba, Brasília e São Paulo), com circulação de linhas de ônibus entre bares da cidade até de manhã, fazendo ligação com centrais, terminais de ônibus e metros (nas cidades que tiverem), tirando motoristas bêbados das ruas;

- Criação de um sistema intermediário de transporte para bares e eventos, regulamentando serviços de vans;

- Ampliação do uso de redes wireles em todos estes espaços de eventos com determinação legal, como incentivo ao uso de equipamento de comunicação com mobilidade, como forma de garantir comunicação e segurança publica integrada com redes sociais;

- Incentivo a atividades culturais e artísticas por todo o território nacional através do SNC (Sistema Nacional de Cultura) integrando MINC com organismos locais, novos equipamentos culturais, recursos do Vale Cultura, Lei Rouanet, além da aprovação da Lei do Mais Cultura para o incentivo de Pontos de Cultura, com isso gerando atividades diurnas para a juventude, gerando opção de cultura e lazer mais saudável e próxima das comunidades e periferias;

- Aprovação de uma lei que obrigue que o couvert artístico seja revertido integralmente ao artista no caso de bares;

- Criação de um imposto único para eventos de grande porte, boates, espetáculos (com capacidade superior a 1.000 pessoas) que incorpore todas as taxas públicas, direitos autorais, impostos municipais, estaduais e federais, taxas de bombeiros, fiscalizações e outros, que sejam feitos através de uma porcentagem dos lucros. Facilitando a fiscalização pública e desburocratizando e desonerando os gastos do setor, ao mesmo tempo permitindo que o Estado tenha maior controle sobre a sonegação de impostos;

- Incentivo fiscal, com taxas reduzidas para a produção cultural, artística e independente de conteúdo nacional, reduzindo impostos dos eventos e espaços que demonstrem apresentar 100% de atividade e conteúdo artístico e cultural de autoria de artistas e tradições brasileiras;

- Criação de um sistema nacional de dados de entretenimento, eventos e cultura. Para a divulgação e padronização de itens de engenharia, segurança, circulação, equipamentos e outros que orientem a fiscalização de todos os organismos sobre espaços de eventos no Brasil, e ainda, permitindo acesso do público que possa através de sistemas de interatividade participar da fiscalização. Criando com isso a padronização de medidas (circulação, altura de palco, teto, balcões de bares, áreas de circulação de funcionários, portas de emergências, etc.) que também defina coeficientes, cálculos que definam as escalas de exigências nos espaços conforme a capacidade de público, tamanho e função, gerando a recomendação do número de seguranças, uso de luz, som, energia elétrica, estacionamentos, estrutura de engenharia e capacidade de peso, materiais usados em isolamento (materiais anti-chamas) conforme a capacidade do espaço e do som permitido. Em especial nos espaços fechados, privados e de uso comercial e nos eventos de grande porte, dado que as mesmas exigências não tem cabimento para espaços pequenos e alternativos. Tais medidas, reguladas por um código nacional comum, associadas a uma base de dados pública, ajudaria a organizar e regular nacionalmente as estruturas de eventos com uma base racional e cientifica determinada por diversos especialistas de diferentes campos do conhecimento;

Estas propostas são absolutamente preliminares, cabendo como insisto a criação de um CPI do setor de entretenimento, cultura, eventos e turismo, para identificar diversos problemas, promover investigações e com isso também a proposição de um novo conjunto de leis que apoiem o avanço do setor, mas que gerem obrigações e responsabilizações legais para organizadores, mas principalmente que promovam medidas que protejam trabalhadores e usuários sem desestimular a economia do setor. Sem um código brasileiro dos eventos, que venha o fiasco da COPA. Santa Maria pode acabar sendo considerada uma catástrofe menor perto do que pode estar por vir. Espero que as autoridades se sensibilizem e não venham com milagres. Não existe milagre, ou assunto é tratado tecnicamente, com pesquisas e consultas publicas ou considerem que realmente esta nação não pode ser levada a sério.

*Manoel J de Souza Neto: Pesquisador, escritor e agitador cultural. Editor do Observatório da Cultura. Autor de livros sobre música, políticas culturais e cursos de eventos. Membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais CNPC/MINC entre 2010 e 12. http://www.facebook.com/manoel.j.de.souza.neto

 

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cantoria das Águas – o avanço do setor cultural do Vale do Mucuri

Por Bruno Bento.

clip_image002Enquanto convalesço de uma segunda dengue, tento descrever brevemente a alegria e trabalho que participamos nos dias 18 e 19 deste janeiro em Águas Formosas, uma das cidades mais importantes, bonitas, poéticas e cantadas do Vale do Mucuri, onde foi realizado o I FÓRUM REGIONAL DE CULTURA DO VALE DO MUCURI.

Este encontro teve como objetivos a mobilização, a articulação do setor cultural regional, bem como discussões de temas como identidade cultural e necessidade de institucionalização de uma movimentação que andava meio dispersa nos vários municípios da região, além de uma proposta mais abrangente, uma vez que não podemos falar em cultura sem pensarmos em inclusão, cidadania e sustentabilidade.

Em linhas gerais os resultados foram a criação de um Fórum Permanente de Cultura do Mucuri e o Válido Mucuri – Instituto de Cultura, Cidadania e Sustentabilidade Ambiental e o início de um trabalho-processo de reflexão, mobilização, articulação, profissionalização, produção e fruição cultural.

O evento contou com presença dos grandes nomes da cultura popular do Mucuri e das Minas, tais como: Bilora, Pereira da Viola, Gonzaga Medeiros, Tau Brasil, Carlos Farias, eles e todos nós, lotamos o auditório o Centro de Cultura Professor Maurício Marcondes Coelho. Éramos artistas, produtores, agentes culturais e políticos representantes de diversas cidades da região, da AMUC – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale Do Mucuri –, e do Vale do Jequitinhonha, como FECAJE e VALEMAIS - Instituto Sociocultural do Jequitinhonha, além ilustre da presença de Raimundo Luiz Vieira Dutra, vereador de Padre Paraíso e grande articulador cultural do Jequitinhonha.

Durante a abertura do evento, os discursos foram uníssonos no apoio às ações que seriam propostas pelo fórum e pela futura entidade, salientamos- o do prefeito de Águas Formosas, Carlinhos e do Presidente da AMUC e prefeito de Ataléia, Geraldo Amador (que podem ser conferidos no link a seguir).

Tive a honra de conduzir um bate papo sobre identidade cultural, partimos do livro “O que faz o brasil, Brasil” de Roberto DaMatta, e fizemos algumas reflexões sobre nossa identidade mucuriana: o que faz o mucuri, Mucuri? Foi a pergunta que fizemos. Ao final do primeiro dia e desta conversa podemos dizer, a grosso modo, que somos nós quem fazemos o Mucuri:

Foi, é e será o homem, portanto a cultura que transformou uma porção de território em espaço social e culturalmente construído, de mesma maneira o fizemos com a palavra, com o lugar dos Borun. Entretanto para sabermos como se deu este processo e quais suas características e resultados ainda precisamos ir fundo nos grotões deste nosso Mucuri.

(Para conferir o vídeo de transmissão do primeiro dia do Fórum, clique aqui.)

Já no segundo dia, iniciamos com a participação emocionante de Pereira da Viola numa discussão sobre a importância do encontro e da criação da entidade e de um fórum permanente e que fossem mais abrangentes em sua atuação. Em sequência foi apresentado o modelo de estatuto.

Após o almoço foi aberta a Assembleia Geral que criou o Válido Mucuri – e elegeu a primeira diretoria e respectivos conselhos de Administração e Fiscal.

(Para conferir o vídeo de transmissão do segundo dia do Fórum: 1ª parte, 2ª parte 1, 2ª parte 2, 2ª parte 3)

E em clima de confraternização que marcou todo o encontro, a diretoria e componentes dos conselhos e do Fórum Permanente de Cultura do Mucuri foram empossados, todos com o comprometimento de atuar fortemente na articulação e mobilização para o desenvolvimento setorial da cultura no Mucuri.

Também já foram escolhidos os municípios para sediarem as duas primeiras edições do Festival Cultural (ainda sem nome definido) do Vale do Mucuri, sendo a primeira edição no ano de 2013 em Águas Formosas e em 2014 em Machacalis.

(Para conferir o vídeo de transmissão do encerramento do Fórum, clique aqui.)

O dia foi fechado com uma bela chuva versejada por Gonzaga Medeiros como sendo o sinal dos novos tempos para a cultura regional e popular do Mucuri, e eles junto aos grandes artistas nos brindaram com um show maravilhoso, o corolário de um final de semana histórico para todos nós e o nosso Vale.

Finalmente, podemos concluir que após décadas de idas e vindas, inicia-se outro ­oriente para o desenvolvimento do setor cultural no Mucuri, e sua identidade. Por conseguinte, sabemos por nossos irmãos mais próximos do Jequitinhonha que o caminho passa pela valorização da cultura popular, por isso avançaremos pelos grotões, também que articulação e mobilização são processos que não podem ser interrompidos sob pena de termos de começar tudo outra vez, e que em tempos hipermodernos temos de promover e também valorizar a diversidade de nossas expressões artístico-culturais e todos os seus meios de produção e fruição.

Há muito trabalho a ser feito, muita experiência a ser compilada e partilhada, muita conversa, suor e sangue para prosseguirmos!

Que Krenhuh Jissa Kiju nos ajude!

Ps.: em breve virão as fotos do evento.

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Grito Rock: um festival software livre!

Retirado do Overblog em 22/01/13 do endereço:

http://www.overmundo.com.br/overblog/grito-rock-um-festival-software-livre#-overblog-16353

Por Talles Lopes · Belo Horizonte, MG

Os festivais de música tem um papel muito importante no processo de constituição da música brasileira contemporânea. Desde os anos 60, com os grandes festivais de música feitos pelas emissoras de TV, que esta plataforma é a vitrine para a consolidação de artistas, canções e estilos. Foram estes festivais que posicionaram nacionalmente grande parte dos artistas que consideramos os grandes nomes da Música Popular Brasileira. Eram espaços onde o novo e o velho se encontravam, mas, fundamentalmente, aquele período e aqueles festivais, foram marcados por revelar uma grande quantidade de artistas de diferentes regiões e matrizes musicais.

Nos anos 80, este modelo de festival organizado pelos canais de televisão deixa de existir e, durante praticamente uma década, os chamados Festivais da Canção mantiveram, principalmente pelo interior do país, esta plataforma viva com festivais competitivos voltados a compositores e intérpretes que não haviam conseguido ultrapassar o filtro, cada vez mais apertado, das grandes gravadoras. Os maiores exemplos são o Festival de Tatuí-SP, e o Festival de Boa Esperança-MG. Nesse mesmo período, surge um outro tipo de festival no país voltado para receber artistas internacionais, como o Rock in Rio e o Free Jazz, e que passa a ter a atenção dos veículos de comunicação e grandes patrocinadores.

No início dos anos 90, um novo modelo de festival de música ganha força no Brasil e se estrutura a partir de novos princípios e de uma nova relação com o mercado musical: o chamado festival independente. Até então, os festivais tinham caráter competitivo e fortes relações com a indústria musical, seja através da relação com as grandes emissoras de TV, seja através das grandes gravadoras que utilizavam os festivais como programa de difusão de seus produtos e descoberta de novos talentos. Esse novo modelo abandona a lógica competitiva e passa a se estruturar enquanto espaço de mostra artística fortemente ligado com sua localidade e matrizes musicais. O melhor exemplo, no inicio dos anos 90, é o Abril Pró Rock, que acontece em Recife em 1992, e tem uma forte conexão com o movimento do Mangue Beat. A partir daquele momento, produtores espalhados por todo o país passaram a acreditar que a plataforma do festival independente poderia ser uma ponte para o posicionamento e fomento de um cenário local de música. Isso desencadeou o surgimento de uma série de festivais independentes por todo o País.

Com a chegada da internet ao Brasil e sua propagação no final dos anos 90, um novo fenômeno começa a impulsionar ainda mais essa nova plataforma. Agora, os produtores de festivais tinham uma ferramenta que os possibilitava se conectar muito mais rapidamente e os artistas tinham uma facilidade maior para gravar e distribuir seus produtos – o que acabou impulsionando bastante o mercado de música independente. Selos independentes, novos artistas, produtores, casas de shows e jornalistas tinham agora um grande espaço de interlocução ao mesmo tempo em que os antigos modelos de produção e difusão musical entravam em declínio e não conseguiam mais atender à demanda de renovação estética da música brasileira. Os festivais independentes passaram a ser o principal espaço para a apresentação de novos artistas e a principal plataforma de encontro e diálogo entre os novos agentes da música independente brasileira.

Entretanto, para que todo esse movimento espontâneo pudesse gerar ainda mais frutos, um novo elemento, também trazido fortemente pela cultura digital, precisava ser incorporado: a colaboratividade e a cooperação. Em 2005, 16 festivais independentes brasileiros se reúnem numa ação pioneira para criar a ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes) e, de forma simbólica e propositiva, estes agentes passam a trabalhar para que estes novos princípios do mercado independente se estabeleçam nacionalmente e que uma nova indústria musical possa emergir no país.

Novos movimentos surgem, como o Fora do Eixo – que radicaliza nestas conexões em rede e nos princípios da colaboração e cooperação – e, simultaneamente, os festivais consolidam-se como grande plataforma de desenvolvimento local e conexão global. Os 16 festivais filiados rapidamente se multiplicam, novos agentes se transformam em protagonistas e os princípios de circulação, distribuição e difusão da música brasileira passam a ser debatidos euforicamente com novos modelos e novas experiências vivenciadas em dezenas de cidades brasileiras.

É neste contexto que nasce um festival que pode simbolizar muito bem todas essas transformações vividas pela música brasileira: o Grito Rock. Organizado de forma integrada e simultânea desde 2007, o Grito Rock acontece este ano em 300 cidades e em 30 países diferentes. É um exemplo de trabalho em rede para a circulação não só de artistas, mas também de conhecimento e vivências. Essa plataforma, estruturada em 18 campanhas (www.gritorock.com.br), resume os novos princípios da produção cultural brasileira e evidencia, de forma muito clara, as mudanças que o mercado brasileiro viveu a partir da consolidação desta nova plataforma de festivais independentes. O compromisso com a localidade e com a continuidade, a “desglamourização” do fazer artístico, a cooperação e a colaboratividade, e a ocupação dos novos meios virtuais de comunicação alinham-se em uma grande rede de agentes por todo o País que acreditam ser possível pensar uma nova forma de se fazer cultura e, consequentemente, uma nova sociedade.

Os gritos se uniram e se afinaram, e o que era um berro virou um belo coro em prol da nova música brasileira. Se você não sabe o que fazer pela música da sua cidade, fica a dica: comece fazendo um festival, comece fazendo o seu Grito Rock!

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Começa hoje o I FÓRUM REGIONAL DE CULTURA DO VALE DO MUCURI

Mucurianos ou não,

Logo mais em Águas Formosas terá início o I FÓRUM REGIONAL DE CULTURA DO VALE DO MUCURI, será um momento histórico e importantíssimo para o setor cultural em nossa região.

Estaremos lá refletindo e propondo questões e ações para o desenvolvimento setorial e valorização cultural, principalmente da cultura popular deste Mucuri.

Como nem todo mundo pode ir, vamos fazer a transmissão online.

Para assistir você pode clicar em qualquer um dos links abaixo:

http://www.mucurycultural.org/

http://www.livestream.com/mucurycultura

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Botiquim cult’SARAU–escancare sua arte!

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Convocação de Assembleia Geral Ordinária da Associação Mucury Cultural

 

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO HISTÓRICO CULTURAL MUCURY 2013

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A rádioweb Mucury Cultural

Assinatura_Radioweb Mucury Cultural 72dpiEm 2009 concebemos nossa radioweb com a ajuda do Projeto Dissonante, queríamos tocar música de qualidade e divulgar os artistas de nosso Mucuri.

A partir de novembro (2010) utilizando uma nova versão do Zararadio, um excelente software livre de gerenciamento e automação de rádio, e somado a diversos conteúdos relacionados à popularização da ciência, produção e difusão cultural, resgate histórico e promoção de artistas e expressões culturais do Mucuri.

Sofríamos com uma falta de opções em rádio em nossa cidade e região, a maioria delas não está focada na diversidade da música brasileira e mundial, impossível por exemplo ouvir uma música de Folia de Reis, uma música experimental ou mesmo um bom e velho Rock, isso tudo está aqui e você ainda pode participar.

Pois bem, corremos ao Google. Há diversas experiências de rádios colaborativas, as principais que encontramos são:

1. O artigo “Collaborative Radio Shows Invite Listeners into Creative Process” de Mark Glaser, datado de 13 de junho de 2007 e traduzido por Juliano Spyer em dezembro do mesmo ano intitulado “Rádio colaborativa: quatro experiências em emissoras públicas”. Neste estão relatadas algumas experiências referentes à formação de redes colaborativas para produção radiofônica nos Estados Unidos. A interatividade própria da internet e suas redes sociais permite ao ouvinte também ser protagonista, mas no máximo produzindo arquivos em forma de depoimentos, ou algo parecido, indo ao ar algumas vezes por semana em emissoras daquele país, o que produzia à época grande sucesso, retransmissão por dezenas de outras emissoras, mas claro, carecendo de financiamento ou tendo-o precariamente. O site Vocalo vai mais longe, citado no artigo, ele já conta com opção de upload de arquivos, possui interatividade por sms, telefone, etc.;

2. O site “Radio Colaborativa” sediado em Rosário na Argentina. Possui um conteúdo muito interessante, dedicado a revelar, apoiar e divulgar artistas, sua programação é feita de forma colaborativa,funcioando muito bem, e é a rádio disponível no site em língua espanhola vem de toda América Latina. É ótima;

3. Publicado no ano de 2008, há um artigo no Vivo Blog de título Rádio Colaborativa relata uma experiência da Rádio Cultura AM de São Paulo. A Fundação Anchieta lançava mão de recursos multimídia, como sms, fotos e outros, para que o ouvinte pudesse enviar notícias e informações principalmente a respeito do trânsito da cidade, a fim de que a rádio por sua vez divulgasse e salvasse dezenas ou centenas de outros motoristas-ouvintes dos apuros da cidade-nação. Esta interatividade ainda está online pelo site Radar Cultura;

4. No segundo semestre deste 2010, a Comunidade Brasileira de Música Negra – COBRANEGRA no artigo “A web-rádio Como tudo começou…” relata que em 2004 inicaram um movimento que finalmente culminaria numa radioweb colaborativa. A proposta é muito bacana (clique aqui para ouvi-la). A programação tem como tema exclusivo a Música Negra em todas as suas variações, do Hip Hop ao Samba de Raiz, vale a pena visitar a comunidade e conferir sua programação. Esta radioweb parece ser a primeira, ou uma das primeiras iniciativas brasileiras em rádios colaborativas.

Nossa proposta com a radioweb mucury cultural, é que seja, uma construção conjunta e junto às outras redes (Twitter e Facebook) da Mucury Cultural, colabore para a valorização e divulgação de nosso Mucuri.

Façamos juntos uma rádio que seja verdadeiramente colaborativa.

Retomaremos alguns projetos que ficaram pelo caminho em 2012, como o Cê Manda por exemplo, no qual enviavam-se as playlists e preparávamos um roteiro com curiosidades de histórias sobre os artistas, músicas ou discos, tudo com muita descontração, às vezes até demais!

É esta a nova linguagem: a colaboração! Vamos lá! Ao trabalho.

Ficou interessado e quer saber como participar?

Bem, há várias maneiras:

1 - Você pode sugerir um novo programa (inclusive apresentá-lo!);

2 - Envie-nos sugestões de playlists, intérpretes que ainda não conhecemos ou nos envie material ou links para fazermos download e melhorarmos nosso repertório já tão eclético;

3 - Enfim, se quiser, entre em contato e chegaremos em algum lugar!

Mande-nos um e-mail: contato@mucurycultural.org

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