sexta-feira, 28 de junho de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cultura Digital- MinC disponibiliza livro CulturaDigital.BR para consultas e contribuições

image017A Secretaria de Políticas Culturais está disponibilizando o livro CulturaDigital.BR lançado em 2009 pelo Ministério da Cultura.

A publicação, organizada por Rodrigo Savazoni e Sérgio Cohn, é uma coletânea de entrevistas que procuram abrir a discussão sobre a cultura digital. São pensadores da cibercultura que propõem um conjunto inicial de questões ao debate estabelecido com a criação do Fórum da Cultura Digital pelo Ministério da Cultura.

O objetivo da publicação, de acordo com o coordenador de Cultura Digital do MinC,  José Murilo Jr, que junto com Álvaro Malaguti fez a supervisão do livro, é "trazer várias visões como subsídio para os campos da cultura que tem a interface na cultura digital".

O livro conta com entrevistas de Alfredo Manevy, André Lemos, André Parente, André Stolarski, André Vallias, Antonio Risério, Bernardo Esteves, Claudio Prado, Eduardo Viveiros de Castro, Eugênio Bucci, Fernando Haddad, Franklin Coelho, Gilberto Gil, Guido Lemos, Hélio Kuramoto, Jane de Almeida, Juca Ferreira, Ladislau Dowbor, Laymert Garcia dos Santos, Lucas Santtana, Marcelo Tas, Marcos Palácios, Ronaldo Lemos, Sergio Amadeu e Suzana Herculano-Houzel.

Confira aqui o livro CulturaDigital.BR

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São Pedro em Teófilo Otoni

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Poeira na Rádioweb Mucury Cultural

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Toda quinta, às 21h, reestreia o programa Poeira da Radioweb Mucury Cultural.

Para quem ainda não sabe, o Poeira é puro Rock, apresentado por Lacy Souza, baixista da banda Motor V8 e o radialista Rômulo Langkamer, produzido por Valmer Batista, um dos grandes conhecedores do Rock.

O Poeira é apresentado ao vivo aos sábados, 17h na Rádio Imigrantes FM de Teófilo Otoni.

Pois bem, o resto é conversa.

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25 de junho: mais curtas no FESTCURTASBH

Pessoal, nesta terça, 24/06,  temos a mostra Juventude II
Os Filmes:

La nuit de mês 17 ans (Julie Lojkine | França, 2011, 18', cor)
Como é ter 17. Roxane não sabe se ela quer se tornar uma ginasta ou ir para a universidade... Seus pais não querem saber, então ela anda pela cidade, esperando a resposta chegar, talvez por moradores de rua que ela encontre na rua, ou amigos que ela encontra em uma festa ... Amanhã a resposta cairá sobre ela ... Este filme sem cenário é o resultado do trabalho de improvisação de ator.

L'amour à trois têtes (Elsa Levy | Suiça, 2011, 26', cor)
Uma exploração das relações entre homens e mulheres através de três gerações de mulheres de uma mesma família; avó, mãe, e a própria diretora.

Que personne ne sache (Lydia Castellano | France, 2011, 10'12'', cor)
É o dia do trabalho prático entre os alunos da CM1, mas um inesperado percalço ocorreu para perturbar a classe: um novo aluno chegou! Todo mundo está curioso para saber de onde ela vem e quem ela é, sobretudo Sebastian, que é secretamente apaixonado por ela ... Mas não será fácil para ele se aproximar de Luna, para ele é difícil de ouvir e especialmente especialmente não quer que ela saiba!

Festa no apartamento da Suzana (Christopher Faust Pereira | Brasil/PR, 2012, 03'49'', P&B)
Augusto é convidado para uma festa no apartamento de uma colega.

Deus (André Miranda | Brasil/DF, 2011, 12'40'', cor)
Frango precisou morrer para entender o sentido da vida.

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Nova data limite para as Conferências Municipais de Cultura

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Foram definidas novas datas para as conferências municipais de cultura:

I - Etapa Municipal ou Intermunicipal, até o dia 11 de agosto de 2013;
II - Etapa Regional ou Territorial, até o dia 15 de setembro de 2013; e
III - Etapa Estadual e Distrital até o dia 29 de setembro de 2013.

O Diário Oficial da União desta sexta-feira, 21 de junho (seção 1, pág. 26) publicou a Portaria nº 52, assinada pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, definindo os períodos de realização das etapas que antecedem a 3ª Conferência Nacional de Cultura (3ª CNC) que acontecerá entre 26 e 29 de novembro, em Brasília.

Até 11 de agosto deverá ser realizada a etapa municipal ou intermunicipal; até 15 de setembro terá que ser feita a etapa regional ou territorial; e a etapa estadual e distrital será realizada até o dia 29 de setembro. Essa decisão consta no artigo 6º do Regimento Interno da 3ª CNC.

A Secretaria de Articulação Institucional (SAI), do Ministério da Cultura, criou um hot site para divulgar as informações relacionadas à Conferência. Na página, poderão ser consultados o Regimento Interno, o texto-base, as minutas de documentos e as guias para a realização das etapas municipais e estaduais. O endereço é www.cultura.gov.br/3cnc

Acesse a Portaria 52

(Ascom/MinC)
(Fonte: SAI/MinC)

Com informações do Implantação do SNC em MG e do MinC.

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Centro de Arte Popular – Cemig inaugura exposição Arte no Vale do Jequitinhonha

Da SEC-MG

Mostra apresenta peças do acervo da colecionadora Priscila Freire

A Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Superintendência de Museus e Artes Visuais, e do Centro de Arte Popular – CEMIG, inaugura nova exposição temporária ‘Arte no Vale do Jequitinhonha, dia 20 de junho, às 20 horas, no Centro de Arte Popular – Cemig (Rua Gonçalves Dias, 1608 – Funcionários). O espaço integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade.

A mostra, composta por peças do acervo da colecionadora Priscila Freire, será aberta para visitação do público no dia 21 de junho e apresentará 80 obras do Vale do Jequinhonha, que integram o acervo pessoal da colecionadora. São objetos adquiridos em diversas regiões do Vale, ao longo dos anos.

O visitante terá a oportunidade de apreciar peças que revelam a pureza e o imaginário de artistas como Noemisa Batista dos Santos, Isabel Mendes da Cunha, Ulisses Pereira Chaves, Olinta Teixeira e também anônimos provenientes da região do Jequitinhonha.

Para revelar ao visitante todo o encantamento por trás de algumas obras pontuais da coleção, Priscila Freire, que também é a curadora da exposição, imaginou uma sala toda negra, com iluminação feérica, sem qualquer tipo de interferência visual, dando destaque somente às esculturas, como se fossem joias raras. Na realidade, esta é a forma como a colecionadora as vê: preciosas representações da cultura popular.

Para Sérgio Reis, jornalista e crítico de arte, a coleção de Priscila Freire é um convite para se perceber como os artistas populares conseguem moldar, com engenho e emoção, imagens que brotam do coração de Minas Gerais.

A exposição tem entrada gratuita e fica no Centro de Arte Popular – Cemig até o dia 29 de setembro de 2013.

Sobre a colecionadora Priscila Freire

Formada em Biblioteconomia / UFMG (1951). Fundadora, coordenadora, professora e diretora do Teatro Escola. Como atriz atuou em peças de Strindberg, Pirandello, Brecht, no cinema atuou em filmes de João Vargas, Santos Pereira, Paulo Augusto Gomes e Olívio Tavares de Araújo. É autora dos livros Conversa de Corpo (1983), A Viagem do João de Barro (1994) e Histórias de Guignard (2000).  Como gestora cultural foi Superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais (1983), Presidente da Associação Amigas da Cultura (1981), Coordenadora do Sistema Nacional de Museus (1987), Diretora do Museu de Arte da Pampulha (1993 – 2001 a 2009), Assessora do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA (1990), Presidente da Associação de Amigos do Museu Casa Guignard de Ouro Preto (1999 – 2005) e Integrante do Conselho do Centro de Arte Contemporânea Inhotim – CACI / Brumadinho.

Sobre o Centro de Arte Popular – Cemig

Espaço privilegiado de divulgação e apreciação do trabalho de artistas populares de todo o Estado de Minas Gerais, o acervo do museu conduz o visitante ao mundo do imaginário de diferentes artistas. Por meio de suas obras, somos conectados às origens, histórias e crenças de um povo que traz nas mãos um sincretismo cultural próprio, brasileiro.

Em seus dois primeiros andares, o Centrode Arte Popular – Cemig abriga salas que retratam a arte popular mineira. Seu acervo é organizado por materiais, temas e cronologia, onde o visitante pode conferir esculturas em madeira e em cerâmica, telas, teares. Mídias, som e imagem tornam as exposições ainda mais dinâmicas e interativas, e ajudam na contextualização dos temas, mostrando ao visitante uma dimensão mais ampla e profunda do histórico cultural de cada região.

Retirado do site da SEC-MG em 20/06/13, do endereço:

http://www.cultura.mg.gov.br/component/content/article/205/1575

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Poeira, hoje. Perde?

Poeira na radioweb mucury cultural

Hoje, às 21h, reestreia o programa Poeira da Radioweb Mucury Cultural.

Para quem ainda não sabe, o Poeira é puro Rock, apresentado por Lacy Souza, baixista da banda Motor V8 e o radialista Rômulo Langkamer, produzido por Valmer Batista, um dos grandes conhecedores do Rock.

O Poeira é apresentado ao vivo aos sábados, 17h na Rádio Imigrantes FM de Teófilo Otoni.

Pois bem, o resto é conversa.

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Show Tau Pai, Tal Filho no Projeto Grandes Encontros

Informações: 33-3522-3181 | 33-9906-8890

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III FESTIVAL INTERNACIONAL DE STOP MOTION DO BRASIL

Enviado por Festival Brasil Stop Motion

Estão abertas as inscrições de filmes para o III FESTIVAL INTERNACIONAL DE STOP MOTION DO BRASIL, no Recife. As inscrições devem ser feitas oline até o dia 01 de outubro de 2013.

O III BRASIL STOP MOTION acontecerá de 26 a 30 de novembro de 2013, no Cinema São Luiz, uma das mais tradicionais e belas salas de exibição do país.

O festival é o único da América Latina exclusivamente dedicado à técnica centenária de animação Stop Motion e conta mostras competitivas e de convidados, além de palestras e oficinas com animadores nacionais e internacionais.

No ano passado, na sua segunda edição, o Brasil Stop Motion recebeu mais de 150 filmes de 33 países para a Mostra Competitiva, quando foram selecionados e exibidos 43 produções de 22 nacionalidades. O festival homenageou os 65 anos do Cinema de Animação da Polônia, com mostra de clássicos do cinema polonês e de diretores contemporâneos em Stop Motion.

Mais informações e regulamento completo no site:

www.brasilstopmotion.com.br

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terça-feira, 18 de junho de 2013

Comunicado da Associação Mucury Cultural

comunicado

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

O que vem a ser direita ou esquerda no direito autoral?

Do O Cafezinho

Por Ana de Hollanda, ex-ministra da Cultura

Seria inevitável que eu abordasse, em algum momento, um tema extremamente polêmico, que vem provocando discussões mais passionais do que seria desejável, levando-se em conta sua complexidade e todos os elementos a ele ligados.

Participei nos dia quatro e cinco deste mês de junho, em Washington, do World Creators Summit, evento que se desenrolou em dezenas de mesas de debates, tratando questões voltadas para o direito intelectual sob as mais variadas óticas e tendências.

Promovido pela CISAC – Confederação Internacional de Autores e Compositores, o encontro abordou não só assuntos relacionados à música, mas também à literatura, ao audiovisual, às artes visuais e discutiu amplamente formas de como todas essas áreas podem se desenvolver no mundo contemporâneo, com apoio dos meios digitais.

Acolhendo um público de cerca de setecentas pessoas, o Creators Summit contou, em suas variadas mesas, com a participação de músicos, compositores, artistas plásticos, fotógrafos, cineastas, atores, escritores, jornalistas, blogueiros, professores, diretores de TV, parlamentares, representantes governamentais, dirigentes de associações e até representantes de sites de busca.

As discussões foram riquíssimas ao provocar reflexões sobre as diversas leis de proteção à propriedade intelectual, num momento em que a internet e uma possível pirataria exigem revisão dessas leis.

Praticamente todos os países participantes promoveram ou estão promovendo uma reforma em suas leis. Os Estados Unidos, que hospedaram o encontro e ocuparam grande parte das mesas, estão se preparando para revisar sua lei de Copyright. A cobrança por uma maior proteção ao direito do autor foi tema recorrente em quase todas as mesas de norte-americanos. Do outro lado do planeta o Parlamento da Índia, país que adotava o Copyright, aprovou no ano passado a mudança para a Lei dos Direitos de Autor, nos moldes da nossa.

Apesar das duas leis defenderem a propriedade intelectual, há uma diferença considerável entre o Copyright (direito de cópia) e a lei de direitos autorais conforme a conhecemos. Na primeira os direitos pertencem a quem registra a obra, seja ele autor, empresa produtora, editorial, fonográfica, cinematográfica, televisiva, ou outro que adquira a obra e passe a ser o detentor de seus direitos para exploração. Nas leis de direito autoral, além do direito conexo, o criador da obra é o detentor do direito. Seu direito moral é inalienável. O artigo 5º da Constituição Brasileira, parágrafo XXVII, prevê que “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”.

Na Inglaterra, a lei do copyright foi criada pela Rainha Ana no início do século XVIII para proteger as casas editoriais de obras literárias. A lei do direito autoral que, além do direito patrimonial, protege também o direito moral, foi criada na França (Droit d’Auteur) no século XIX. Pesquisando o assunto, tomei conhecimento de que ainda no espírito dos ideários da Revolução Francesa, escritores, em especial de Victor Hugo, encabeçaram uma forte campanha pelo reconhecimento do direito do autor. Essa origem é reconhecível no perfil adotado pela lei. A partir daí os dois modelos de leis que protegem a propriedade intelectual foram adotados pelos outros países. Os anglo-saxônicos, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Austrália, com adesão do Japão e alguns outros mais que, em geral, adotam uma política e um sistema jurídico voltados prioritariamente para os aspectos econômicos, seguem Copyright. Outros países, a exemplo da França, como a maioria dos europeus e latino americanos, de tradição mais humanista, adotaram o modelo de lei do direito de autor.

Simplificando o quadro, o que pode ser constatado é que uma lei prioriza o produto e a outra, a nossa, o autor do produto. Ao assistir no Brasil atual um movimento rancoroso contra o direito do autor, partindo de algumas pessoas que se intitulam “de esquerda”, não posso deixar de indagar: que esquerda seria essa que se empenha radicalmente a favor das grandes corporações econômicas da indústria e da internet, contra o criador, profissional que vive de sua própria criação?

Ana de Hollanda assina a coluna quinzenal Grão-Fino, no blog O cafezinho.

Retirado do O Cafezinho em 17/06/13 do endereço: http://www.ocafezinho.com/2013/06/16/o-que-vem-a-ser-direita-ou-esquerda-no-direito-autoral/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook#sthash.lEluEVOv.dpuf

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Começa nesta terça-feira: Itinerância do Festival Internacional de Curtas de BH–Teófilo Otoni

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Domingo na Praça–Ivan Pires e Banda e Expresso, Mouse e Cal

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Serviço:

Show de Ivan Pires e Banda

Dia: 16/06/2012 (Domingo)

Hora: 11h:00min

Show de Banda e Expresso, Mouse e Cal

Dia: 16/06/2012 (Domingo)

Hora: 20h:00min

Local: Praça Tiradentes

Endereço: Praça Tiradentes, Centro – Teófilo Otoni

Valor: Gratuito

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Luca Trezza no Botiquim Cultura Bar–Espaço Cultural In-Cena

Serviço:

Show de Luca Trezza

Dia: 15/06/2012 (sábado)

Hora: 22h:00min

Local: Botiquim Cultura Bar–Espaço Cultural In-Cena

Endereço: Av. Francisco Sá, 129, Centro – Teófilo Otoni

Valor: R$10,00

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Mais avanço na Cultura de Teófilo Otoni: realizada a II Conferência Municipal de Cultura

Nesta última terça-feira, 11/06, foi realizada a II Conferência Municipal de Cultura de Teófilo Otoni, momento importantíssimo para o setor cultural e decisivo na vida de nossa população.

Seu principal objetivo é a definição de prioridades para as políticas públicas culturais do município, neste ano, os eixos da Conferência, de acordo com a III Conferência Nacional de Cultural, foram: Implementação do Sistema Nacional de Cultura; Produção Simbólica e Diversidade Cultural; Cidadania e Direitos Culturais; e Cultura e Desenvolvimento.

Contamos com a participação do José de Oliveira Júnior, consultor e pesquisador cultural, que já vem contribuindo desde o início da discussão do Sistema Municipal de Cultura de Teófilo Otoni. Júnior fez uma excelente explanação sobre os temas e colaborou na condução de toda a conferência.

Estiveram presentes diversos representantes do setor da cidade, como teatro, música, gestão, produção, descendência alemã, patrimônio cultural, entre outros, o número foi pequeno, mas significativo e já um grande avanço para o fortalecimento setorial. Entretanto há muito mais a ser feito, a inclusão e a participação de todos são metas nas quais temos de trabalhar incessantemente, até que a população esteja plenamente representada. A II Conferência foi mais um passo nesta direção.

Como resultado também tivemos dois delegados para a III Conferência Estadual de Cultura, Bruno Bento – Associação Mucury Cultural pela sociedade civil e por Rose Medeiros pelo poder público, uma comissão que tratará da eleição do Conselho Municipal de Políticas Públicas Culturais (divulgaremos depois os nomes de todos) e o início de um processo mais intenso e aprofundado de construção de políticas públicas para cultura.

Em breve deverão ser iniciados encontros setoriais, além de estratégias para a mobilização.

Importante:

Se você ainda não está cadastrado no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais, clique aqui. Deverão ser cadastrados todos os que atuam ou se interessam pelo setor cultural, desta maneira, haverá mais participação, democratização e representatividade no Conselho Municipal de Políticas Públicas Culturais e na formulação destas políticas em nosso município.

Confira também:

Prefeitura realiza a conferência municipal de cultura;

Teófilo Otoni sedia 2ª Conferência Municipal de Cultura

Ps.: Publicaremos, brevemente, os resultados oficiais desta conferência.

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3ª Conferência Nacional de Cultura

Do MinC

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A Secretaria de Articulação Institucional (SAI), do Ministério da Cultura, criou um hot site para divulgar os temas relativos à 3ª Conferência Nacional de Cultura (CNC). O endereço da página é  www.cultura.gov.br/3cnc

O hot site é o local onde serão disponibilizadas todas as informações sobre a Conferência. Os gestores públicos, produtores culturais e a sociedade em geral poderão consultar o Regimento Interno da 3ª CNC, o texto-base, as minutas de documentos e as guias para a realização das etapas municipais e estaduais.

Também estará disponível no hot site um calendário com as datas de realização das conferências municipais e estaduais. A 3ª CNC será em Brasília, entre 26 e 29 de novembro.

A SAI pede para que todos os interessados nas conferências acompanhem as informações constantes no hot site e participem dos encontros nos municípios e nos estados, quando serão escolhidos os representantes da sociedade civil que participarão da etapa nacional, em novembro, em Brasília.

(Ascom/MinC)
(Fonte: SAI/MinC)

Retirado do site do MinC em 13/06/13 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/a-cultura/-/asset_publisher/DqL7WdTKPhD6/content/3%C2%AA-conferencia-nacional-de-cultu-1/10883?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cultura.gov.br%2Fa-cultura%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_DqL7WdTKPhD6%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-1%26p_p_col_pos%3D1%26p_p_col_count%3D2

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

2ª Conferência Municipal de Cultura de Teófilo Otoni tem início nesta terça

CONFERENCIA

Serviço:

2ª Conferência Municipal de Cultura

Dias: 11 e 12 de junho

Horário: 08h:00min

Local: Clube Libanês

Endereço: Av. Getúlio Vargas, 400 – Centro

Mais informações: cultura@teofilootoni.gov.mg.br ou 33-3529 3061

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FINEP lança patrocínio para projetos de cultura

Por Blog Acesso

A FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos recebe, até o dia 30 de junho, projetos culturais a serem realizados no 2º semestre de 2013. As iniciativas devem estar habilitadas para captação de recursos, conforme a Lei Rouanet, nas áreas de Artes Cênicas; Livros de valor artístico, literário ou humanístico; e Música erudita ou instrumental.

Também podem ser encaminhadas propostas para o financiamento de projetos esportivos olímpicos e paraolímpicos, de acordo com a Lei Federal de Incentivo ao Esporte. Este ano, o valor destinado aos projetos culturais será de R$ 700 mil e, para os esportivos, R$ 200 mil.

Para participar do processo de seleção é preciso preencher o formulário, conforme o modelo fornecido aqui, e enviá-lo para o email culturaesporte@finep.gov.br.

Patrocínio FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

Inscrições: Até o dia 30/06/2013

Documentação necessária:

http://download.finep.gov.br/patrocinios/Doc_Patrocinio2013.pdf

Para conhecer a política de patrocínio da FINEP:

http://download.finep.gov.br/patrocinios/Politica_Patrocinio_FINEP2013.pdf

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Mercado Criativo–A cultura do Norte de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri em BH

Venha viver o Sertão Mineiro em Belo Horizonte durante um dia inteiro de programação com música, teatro, feira de artes e moda, culinária típica, exposições, intervenções, literatura de cordel e muito mais!

PROGRAMAÇÃO

Shows: Wilson Dias (Norte de Minas) + Dea Trancoso (Vale do Jequitinhonha) + Carlos Farias (Vale do Mucuri)

Exposição: Literatura de Cordel com participação de Gonçalo Ferreira da Silva (Presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel).

Teatro: Cia. dos Aflitos interpreta o cordel "A Chegada da Prostituta do Céu".

Feira de Artes e Moda

Intervenções Artísticas

Culinária Típica do Norte de Minas

E mais:

Lançamento do Edital de Seleção de Artistas para a Virada Cultural do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri

Inauguração do Espaço Areté Educar e Sala do Movimento Nacional de Direitos Humanos/ Minas (MNDH/Minas)

Realização: Mercado das Borboletas

Parceria: MNDH, Midhia, Arete Educar e Insituto IDH

Apoio: Incubadora Artes e Negócios Sustentáveis

ENTRADA GRATUITA

Informações:

(31) 3245-7411

(31) 9472-0034

eventos@areteeducar.org.br

Acesse: www.mercadodasboboletas.com.br e www.areteeducar.org.br

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Wilton Convida, em Carlos Chagas

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Secretaria de Estado de Cultura divulga Edital 2013 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura

Da SEC-MG

Mudanças aprovadas pela Assembleia Legislativa e sancionadas pelo Governo já estão em vigor

A Secretaria de Estado de Cultura lança edital 01/2013 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura para projetos que irão buscar financiamento em 2014. Esses projetos e os que possuem as Declarações de Incentivo - DI's que foram protocolizadas na Secretaria da Fazenda – SEF, a partir do dia 24 de maio de 2013, data de publicação da Lei Nº 20.694  que altera a Lei Nº 17.615, de 4 de julho de 2008, podem usufruir dos novos percentuais de dedução fiscal.

Sendo assim, a dedução fiscal das empresas incentivadoras participantes poderá ser de 99%, 97% ou 95%, e a contrapartida de 1%, 3% ou 5%, dependendo do porte da empresa incentivadora. As inscrições de projetos artístico-culturais poderão ser feitas até 22 de julho, por pessoas físicas ou jurídicas com atuação comprovada na área.

Para concorrer ao benefício, o proponente deverá apresentar o projeto artístico-cultural junto à Secretaria de Estado de Cultura, que o submeterá à Comissão Técnica de Análise de Projetos (CTAP), formada por 54 profissionais de notório saber em cada área, sendo 27 técnicos da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e 27 representantes de entidades civis com atuação cultural comprovada.

Os projetos poderão ser inscritos em uma das nove áreas disponíveis no edital da LEIC: Artes Cênicas; Audiovisual; Artes Visuais; Música; Literatura; Preservação e Restauração do Patrimônio Material, inclusive o arquitetônico, o Paisagístico, o Arqueológico, e do Patrimônio Imaterial onde se incluem Folclore, Artesanato e Gastronomia; Pesquisa e Documentação; Centros Culturais e Áreas Culturais Integradas.

Entre os critérios considerados pela CTAP para avaliação e seleção de projetos na LEIC, estão: aspectos artístico-culturais, viabilidade técnica do projeto, detalhamento orçamentário e benefício gerado para a comunidade onde o projeto será realizado.

Segundo a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, as novas regras de contrapartida significam um incentivo ainda maior à participação das empresas na LEIC, principalmente, entre pequenas e médias. “As alterações também visam aumentar a captação dos projetos culturais que antes encontravam dificuldades em conseguir o patrocínio.Trata-se de um estímulo adicional do Governo ao investimento cultural no atual momento econômico internacional que causa reflexo nas economias locais”, ressalta.

Mudanças– As mudanças na Lei Estadual de Incentivo à Cultura foram feitas com base em conversas mantidas entre o Governo do Estado e Grupos de Trabalho da LEIC com produtores, agentes culturais e artistas. Na versão original da LEIC, a empresa incentivadora tinha o direito a deduzir 80% do valor investido no projeto cultural, sob a forma de renúncia fiscal do ICMS, sendo que os 20% restantes deveriam ser repassados diretamente ao projeto, a título de contrapartida, sem direito a abatimento.

O Poder Executivo, em articulação com a Assembléia Legislativa, os Municípios e a Sociedade Civil  irá avaliar o resultado das alterações  promovidas pela Lei Nº 20.694  ao final do terceiro ano de sua vigência, em 23 de maio de 2016.

Pelo mecanismo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os empreendedores culturais que tiverem seus projetos aprovados poderão captar recursos junto a empresas privadas que terão a possibilidade de descontar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao Governo Estadual um valor de até 99% sobre o total repassado ao projeto.

SERVIÇO:

EDITAL 2013 DA LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA

Período de Inscrição: De 6 de junho a 22 de julho de 2013

Informações: 3915-2717/ 2647

www.cultura.mg.gov.br

Arquivos para Pessoa Física

Edital 2013

Ficha de Inscrição

Formulário Padrão para Apresentação de Projeto CulturalPlanilha Orçamentária

Planilha Orçamentária

Formulário do Currículo do Empreendedor Cultural

Formulário Currículo da Equipe

Formulário de Projeto de Capacitação

Arquivos para Pessoa Jurídica

Edital 2013

Ficha de Inscrição

Formulário Padrão para Apresentação de Projeto Cultural

Planilha Orçamentária

Formulário Currículo da Instituição ou Empresa

Formulário Currículo da Equipe

Formulário de Projeto de Capacitação

Retirado do site da SEC-MG em 06/06/13 do endereço:

http://www.cultura.mg.gov.br/component/content/article/205/1562

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“segundo ato” do Expresso, Mousse & Cal neste sábado

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Centros de Artes e Esportes

Do MinC

A ministra Marta Suplicy abriu nesta terça-feira (4), em Brasília, o 5º seminário extraordinário que integra o 2º módulo dos Seminários Regionais dos CEUs (Centros de Artes e Esportes Unificados), organizados pela Diretoria de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural do Ministério da Cultura (MinC).

O encontro reúne representantes de 50 municípios brasileiros, entre gestores públicos e comunidades locais, que estão mais avançados na implantação dos CEUs. Para este ano estão previstos 100 no total e até o final de 2014 devem ser inaugurados 360 em todo o país.

O objetivo deste seminário que ocorre nesta terça e quarta-feira, no Salão José de Paiva Neto, no edifício Parlamundi, da LBV, é concluir o processo de mobilização social de gestores públicos, agentes comunitários e representantes da comunidade e fechar o plano de gestão para que as unidades possam começar a funcionar plenamente.

A ministra destacou que o principal emblema do MinC é conseguir que o máximo de cidadãos tenha acesso à cultura e o elo que vai costurar tudo o que sua gestão tem feito são os CEUs. "CEUs são para as pessoas usufruírem, são para fazer com que elas se interessem por cultura e por descobrir coisas que nunca tiveram oportunidade de vivenciar", disse Marta Suplicy na abertura do seminário.

Para a ministra, os CEUs e o Vale-Cultura vão alinhavar as metas do MinC. "Com os CEUs as pessoas vão ter oportunidade de conhecer as linguagens. Quanta coisa a gente deixa de gostar porque nunca viu? E o Vale-Cultura vai ajudar as pessoas a ter acesso a produtos e serviços culturais. A vida fica mais rica quando você tem os prazeres da cultura."

Importância da comunidade

Marta também destacou a importância do trabalho dos gestores municipais após a conclusão das obras dos CEUs. "Mais importante é que os gestores tenham respeito à comunidade e escutem o tempo todo o que ela necessita. Se vocês acham que a vocação dos CEUs é dança, ou música, temos recursos para fazer um trabalho de primeira e contem com o MinC", afirmou.

A ministra recebeu de Magda Ritter, coordenadora do CEU de Toledo, no Paraná (Foto home), um dos primeiros a ser inaugurado junto com o de Pato Branco (PR), um mimo produzido pelos artesãos que desenvolveram sua arte no CEU da cidade. Marta posou para várias fotos com o grupo de pessoas na plateia, que fizeram questão de levar uma lembrança da ministra.

Silvana Tamiazi, coordenadora-geral de Gestão e Mobilização Social do Ministério da Cultura, coordenou a mesa de trabalhos, destacando que a alma dos CEUs é a apropriação deles pela comunidade. "O trabalho dos gestores e dos agentes comunitários é convencer as prefeituras de que o empreendimento só será sucesso se a comunidade participar".

PAC 2

Neste ano, foram realizados quatro Seminários Regionais de Mobilização Social e outros sete estão previstos. O programa dos CEUS integra o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e é destinado a municípios com mais de 50 mil habitantes, em locais de alta vulnerabilidade social e com IDH baixo.

"Os CEUs são destinados a áreas desprovidas de qualquer equipamento público e são entregues com cine-teatro, auditório, biblioteca equipada e salas para oficinas culturais. Mas não é só cultura, pois integra serviços de outros ministérios também, como Esporte, Trabalho e Emprego, Justiça e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Dessa forma, constitui um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), quadra poliesportiva coberta, pista de skate, pista de caminhada, playground, academia e áreas verdes", disse Germano Ladeira, diretor de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural do MinC.

Confira as fotos do Seminário.

(Texto: Alessandro Soares /  Ascom MinC;
Fotos - home: Adriano Lima; internas: Elisabete Alves)

Retirado do site do MinC em 05/06/13 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/centros-de-artes-e-esportes/10883?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cultura.gov.br%2Fnoticias-destaques%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_OiKX3xlR9iTn%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3D_118_INSTANCE_x9zwCh7U69gP__column-1%26p_p_col_count%3D2

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Premiação do Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni - FESTTO 2013

Enviado por André Luiz Dias

Pelo segundo ano, Teófilo Otoni transforma-se na capital do teatro. O FESTTO trouxe quase 200 pessoas de todo o Brasil e do Chile para espetáculos, debates e oficinas, foi um feriadão intenso, maravilhoso!

O resultado está a premiação abaixo.

Que venha o FESTTO 2014!

Prêmio de melhor atriz coadjuvante /Palco

Indicados: - Taís Rodrigues por “As aventuras de Alice no país das Maravilhas”,

- Sophia Aloha por “Coquetel de Cenas”.

Premiada: - Sophia Aloha por “Coquetel de Cenas”.

Premio de melhor atriz coadjuvante/Rua

Indicados: - Ana Reis por “Fuxicos – uma comédia romântica”,

- Taiane D'Ornellas por “Faroeste Caboclo”,

- Torosca Silvestre por “Palhaços em reprise”

Premiada: - Ana Reis por “Fuxicos – uma comédia romântica”.

Premio de melhor atriz /Palco

Indicados: - Pauline Braga por “Dois Sóis: Lugar algum”,

- Renata Sanchez por “As Cadeiras”

Premiada: - Renata Sanchez por “As Cadeiras”

Prêmio de melhor atriz /Rua

Indicados: - Larissa Moraes por “Faroeste Caboclo”,

- Yasmine Pimenta por “Fuxicos – Uma comédia Romântica”

- Claudiane Dias por “Palhaços em Reprise”

Premiada: - Yasmine Pimenta por “Fuxicos – Uma comédia Romântica”

Prêmio de melhor Diretor/Palco

Premiado: - Rafael Machado Michalichem por “As Cadeiras”,

Prêmio de Melhor ator Coadjuvante/Palco

Indicados: - Wellington Callaça por “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”,

- Marco Túlio Zerlotini “Dois Sóis: Lugar algum”,

- Marcel Luiz por “Dois Sóis: Lugar algum”.

Premiado: - Marco Túlio Zerlotini “Dois Sóis: Lugar algum”.

Prêmio de melhor ator coadjuvante /Rua

Indicados: - Douglas Leite por “Fuxicos – uma comedia Romântica”,

- Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”,

- Bruno Siqueira por “Faroeste Caboclo”.

Premiado: - Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”

Prêmio de melhor ator/Palco

Premiado: Roberto Borenstein por “Coquetel de Cenas”.

Prêmio de melhor ator/Rua

Premiado: Didi Perez por “Palhaços em Reprise”

Prêmio de melhor Diretor/Rua

Premiado: Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”.

Prêmio de melhor Cenário/Rua

Premiado: Zeca Novais e Fatima Novais por “Faroeste Caboclo”.

Prêmio de melhor Cenário/Palco

Indicados: - Wellington Callaça por “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”,

- Rafael Michalichem por “As Cadeiras”,

- Marcel Luiz por “Dois Sóis, Lugar Algum”.

Premiado: - Marcel Luiz por “Dois Sóis, Lugar Algum”.

Prêmio de melhor Figurino do FESTTO 2013

Indicados: - Wellington Callaça por “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”,

- João Carlos Cardoso e o Grupo Fuxicos – uma comédia romântica,

- As cadeiras “Coletivo”.

Premiado: - João Carlos Cardoso e o Grupo Fuxicos – uma comédia romântica

Prêmio de melhor Maquiagem do FESTTO 2013

Indicados: - As aventuras de Alice no País das Maravilhas – O Grupo

- Palhaços em Reprise – Grupo Farroupilha

Premiado: - As aventuras de Alice no País das Maravilhas – O Grupo

Prêmio de melhor Texto do FESTTO 2013

Indicados: - Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”

- Roberto Borenstein por “Coquetel de Cenas”

- Marco Túlio Zerlotini por “Dois Sóis: Lugar Algum”

Premiado: - Roberto Borenstein por “Coquetel de Cenas”

Prêmio de melhor trilha sonora do FESTTO 2013

Indicados: - Sandhro na Lua, Heloisa Mello e Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”,

- Grupo Teatral Reflexus por “Fuxicos – uma comédia romântica”

Premiado: - Sandhro na Lua, Heloisa Mello e Zeca Novais por “Faroeste Caboclo”.

Prêmio de melhor Espetáculo de Rua

Indicados: -Fuxicos – Grupo Teatral Reflexus

- Faroeste Caboclo – Grupo Lona na Lua.

Premiado: - Faroeste Caboclo – Grupo Lona na Lua.

Prêmio de melhor espetáculo de Palco

Indicados: - As cadeiras – Grupo Giz de Teatro

- Coquetel de Cenas – Grupo Teatro Delivery

Premiado: - Coquetel de Cenas – Grupo Teatro Delivery

Prêmio de melhor espetáculo do FESTTO 2013

Indicados: - Faroeste Caboclo

- Fuxicos – uma comédia romântica

- Coquetel de Cenas

Premiado: - Coquetel de Cenas

Espetáculos mais premiados do FESTTO 2013

- Coquetel de cenas – Grupo Teatro Delivery

- Faroeste Caboclo – Grupo Lona na lua.

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terça-feira, 4 de junho de 2013

Cordas e Cantigas, de Abraão Xingu

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Ocupação criativa no centro de SP

Do cmais+

Por Rafael Cruz

A Cia. Pessoal do Faroeste faz de sua existência um ato político e dá nova perspectiva à região da Cracolândia.

Paulo Faria | Foto: Bob Sousa

Na esquina da Rua do Triunfo com a General Osório, onde o samba e o cinema se encontram, a Cia. Pessoal do Faroeste inicia uma ocupação cultural inovadora. 

Será no “Amarelinho”, imóvel nº 23 da General Osório, que abrigou nos últimos anos o atelier da artista plástica Maria Bonomi - neta de Giuseppe Martinelli, construtor do Edifício Martinelli -, onde cinco companhias teatrais mais cinco produtoras de cinema terão espaço garantido para realizar suas atividades.

A ideia é resgatar a aura da região, conhecida como Boca do Lixo, que nas décadas de 1920 e 1930 sediou os escritórios da Paramount, Fox e Metro, além de distribuidoras e fábricas de equipamentos cinematográficos e voltou a evidência entre os anos 1960 e 1980 com o cinema marginal e as pornochanchadas. Verdadeiro reduto do cinema nacional, origem da fama de nomes como Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias, Júlio Bressane e Zé do Caixão.

Seu Raimundo, como é conhecido o proprietário do imóvel natural de Euclides da Cunha, na Bahia, e que veio para São Paulo como auxiliar de cozinha, possibilitou o uso dos três andares do edifício para a ocupação coletiva, que será coordenada por Paulo Faria.

Paulo é autor, ator, produtor, cenógrafo e diretor teatral. Natural do Pará, tem 47 anos, 34 deles vividos nos palcos. Cursou Letras na Universidade de São Paulo. Foi vencedor do Prêmio Coca Cola de Teatro Jovem (1999), Prêmio Nacional de Dramaturgia Plínio Marcos (2000), Prêmio de Melhor Texto e Melhor Espetáculo no Festival de Cubatão (2009), Prêmio Artes Visuais da Cooperativa Paulista de Teatro (2010) e indicado aos Prêmios Shell e Governador do Estado (2012).

Paulo Faria está à frente da Cia. Pessoal do Faroeste desde sua fundação, em 1998. Em janeiro de 2013 a companhia deixou seu antigo endereço, a Alameda Cleveland nos Campos Elíseos, endereço ocupado pelo grupo desde 2006, e se instalou na atual Sede Luz do Faroeste na Rua do Triunfo, bairro da Luz, região central da capital paulista.

O coletivo cultural que será abrigado no Amarelinho é continuação da dinâmica de transformação que se iniciou com a chegada da companhia teatral num endereço que é um verdadeiro faroeste - esquecido e temido - no coração da metrópole.
sorteio
Tendo como estopim a determinação do então prefeito Jânio Quadros, em 1953, que retirou das ruas do Bom Retiro a atividade de meretrício, o trecho compreendido entre as Avenidas Duque de Caxias, Rio Branco, Ipiranga, as Ruas Cásper Líbero e Mauá e a Praça Júlio Prestes se transformou em ponto de intenso consumo de entorpecentes e prostituição. Trazer o público para assistir peças teatrais em plena Cracolândia, evidenciando a carência da região, é um ato político.

Prestes a abrir um precedente otimista para o centro da capital, Paulo Faria conta ao cmais+ suas expectativas e objetivos com seu projeto de ocupação urbana pela cultura.

cmais+: Paulo, a cultura foi o fator regenerante de muitas localidades ao redor do mundo. Cidades como Barcelona, Bilbao e Medellín se utilizaram da circulação cultural para erradicar problemas de violência. Neste sentido, como a Cia. Pessoal do Faroeste vem utilizando sua presença na região da Cracolândia?

Paulo Faria: Colocando a história da rua de onde criamos no centro da nossa dramaturgia, sempre estruturada num gênero. De forma simples, para que todos entendam. No caso da nossa peça em cartaz, “Homem Não Entra”, o faroeste. E assim criar no público um sentimento de pertencimento, para que, ao sair da peça, se alimente e reconheça onde está. Acho o Largo General Osório uma das mais belas encruzilhadas arquitetônicas da cidade, e com um passado cultural tão belo quanto. Onde o samba se junta ao cinema. Faz ideia do quanto é muito? E estar alinhado a todos os movimentos populares da região – prostituição, pobreza, moradia, poder falar dos excluídos que muitos tentam calar; é dessa forma que sentimos a nossa presença aqui.

cmais+: A iniciativa de cessão do imóvel por um particular e a mobilização das organizações culturais que ocuparão o espaço demonstram a força da iniciativa própria que não conta com fomento. Uma vez instalados, que tipo de olhar e ação por parte do governo espera o coletivo cultural do Amarelinho?

Paulo Faria: Esperamos políticas culturais claras e objetivas que facilitem esse tipo de ação, de ocupação na cidade, como a exemplo da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, que patrocina toda esta ação e que precisa ser ampliada. É impossível estarmos aqui na região sem um investimento público direto sem intermediários, sem isenção fiscal. A Lei de Fomento ao Teatro é um instrumento eficaz para a inclusão e valorização do indivíduo, pela sua expressão e protagonismo. O governo precisa incentivar a produção já existente na cidade, ampliando e facilitando a sua circulação e fruição. O governo não deve encarar as políticas públicas culturais como um evento. Cultura não é só evento. É também. Mas cultura quem faz é o povo.

cmais+: Ao todo, quantas pessoas estão envolvidas com a ocupação? Numa ocupação livre, caracterizada pela autogestão, como será feita a remuneração de todos os profissionais envolvidos? A receita gerada pelas atividades das produtoras e companhias, por si só, será suficiente?

Paulo Faria: Ainda não sei ao certo quantas pessoas cada coletivo reúne. A Cia. As Graças, por exemplo, até tem um ônibus! Ali será um QG de cada coletivo e o encontro possibilitará construir o que e como será essa rede. Em princípio, nos unimos numa guerrilha urbana, num projeto político de ocupação. Tudo será construindo coletivamente. Cada coletivo pagará um valor possível e cada um tem sua produção independente. A ideia não é fazer um condomínio, mas possibilitar o encontro entre o teatro, o cinema e a música, para que a tradição da rua continue, para que o bastão seja passado. Receita? Qual? Agora vamos enrolar as mangas e ir atrás de um patrocinador. Não devemos gerar lucro, geraremos ideias, expressões; não estamos falando de mercado, falamos de contracultura. De um movimento.

cmais+: Há intenção de um próximo passo? Outra ocupação similar nas imediações ou algum efeito multiplicador à ocupação do Amarelinho?

Paulo Faria: Tomara que mais “malucos” se inspirem e que o governo facilite essa maravilha. Por aqui há muito espaço público ocioso e que deveria sediar residências artísticas. Há também outra importante questão, que é a moradia no centro que não deve ser esquecida, principalmente, resolver o déficit de moradia para famílias de baixa renda, que já moram aqui em ocupações, cortiços, regularizar isso de forma simples. Somado aos artistas com seus ateliês, seus teatros, suas produtoras, acredito que essa alquimia possa ajudar a humanizar a região. Vamos garantir espaços para moradias e expressões culturais. Assim a cidade respira melhor. Vamos nos movimentar com os movimentos. A nova gestão da cidade parece que está aguçando sua escuta, parece que existe diálogo em São Paulo novamente. Estamos saudosos disso. Aqui estamos bem otimistas e ávidos que esse diálogo inicie logo.

Retirado do cmais+ em 04/06/13 do endereço:

http://cmais.com.br/arte-e-cultura/ocupacao-criativa-no-centro-de-sp?fb_action_ids=512596928787533&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Salve Cultura Viva!

Do O Cafezinho

Por Ana de Hollanda*

Ao abordar o programa Cultura Viva do Governo Federal, não há como negar, em sua concepção, uma visão antropológica que enxerga na cultura a tradução dos conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e outros hábitos adquiridos pelo ser humano enquanto membro de uma sociedade. Essa cultura é mutante mas, popular ou erudita, reflete o modo de ser ou pensar de uma determinada comunidade onde se insere um pólo cultural, que veio a ser reconhecido como Ponto de Cultura. A criação do projeto dos Pontos de Cultura em 2004, pelo então ministro Gilberto Gil, foi um marco de mudança de rumo do Ministério da Cultura, dentro do espírito de gestão do Presidente Lula.

Como qualquer programa inovador, após alguns anos de teste deve passar por um diagnóstico qualitativo em relação aos objetivos e resultados alcançados. Nesse sentido, o MinC encomendou ao IPEA uma avaliação criteriosa para que o Ministério, apoiado em resultados concretos, pudesse redirecionar o programa para atender a uma necessidade de readequação e realinhamento, buscando sempre alcançar melhor patamar de desempenho do Cultura Viva. A partir de 2011, o Ministério da Cultura, com apoio e orientação da Controladoria Geral da União, se viu obrigado a diagnosticar a situação legal de todos os contratos em andamento e vistoriar pessoalmente as centenas de Pontos que, apesar de oficializados, nunca haviam recebido a visita de representante do Governo Federal.

Minha prioridade, como Ministra, era a de honrar os compromissos assumidos, a maioria dos quais estava ha mais de um ano sem receber a devida parcela. Por outro lado, buscamos soluções jurídicas e administrativas junto aos órgãos competentes, para adequar instrumentos, procedimentos e garantir a manutenção do Programa que integra 3.703 Pontos de Cultura nos 26 estados e Distrito Federal, atingindo cerca de mil municípios. Nesse processo, boa parte dos orçamentos de 2011 e 2012 foram destinados a quitar restos a pagar dos Pontos e Pontões de Cultura deixados pela administração anterior. No mesmo sentido, dos 172 milhões de reais inscritos nessa condição, 75 milhões foram cancelados, por orientação da CGU, devido a irregularidades nos contratos ou documentações.

É compreensível que a ameaça de possíveis mudanças, alimentada por alarmismos em função do cancelamento de parte dos convênios auditados, tenha gerado inseguranças. Mas o objetivo desse levantamento visava exatamente garantir a continuidade do programa, afastando as suspeitas de não ter condições de cumprir sua vocação.

A partir de março de 2012, o Ministério da Cultura através da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), num trabalho conjunto com os parceiros e Redes de Pontos de Cultura, promoveu uma série de encontros e seminários visando o Redesenho do Programa Cultura Viva. O redesenho, fruto de diálogos abertos entre o poder público e os representantes dos pontos, auxiliados pelo olhar técnico do IPEA, foi mantido pela Ministra Marta Suplicy, num claro sinal de que o espírito da gestão da Presidenta Dilma é também o de manter os programas culturais que apóiem os movimentos comunitários organizados.

Longa vida ao Cultura Viva!

* Ana de Hollanda, ex-ministra da Cultura do governo Dilma, assina a coluna quinzenal Grão Fino, no Cafezinho.

Retirado do O Cafezinho em 03/06/13 do endereço:

http://www.ocafezinho.com/2013/06/02/ana-de-hollanda-e-o-cultura-viva/

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Vale cultura apresenta desafios para a diversidade

Do Observatório da Diversidade Cultural

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Em debate as políticas de produção e acesso à cultura
com foco na educação e enfrentamento das desigualdades

O trabalhador brasileiro que recebe até cinco salários mínimos por contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderá receber o Vale Cultura, se desejar, a partir do segundo semestre deste ano, caso a empresa onde trabalhe esteja inscrita no programa do governo federal. O cartão magnético terá o valor de R$ 50 mensais – 45,00 custeados pelo governo, para compra e consumo de bens culturais em estabelecimentos cadastrados.

Conforme o Programa de Cultura do Trabalhador, a definição dos produtos e serviços a serem adquiridos por meio do benefício ocupa, atualmente, o centro do debate sobre a regulação de uso do Vale Cultura. Críticos da medida afirmam que o projeto demonstra a abstenção do governo em criar uma diretriz cultural, ao financiar iniciativas que não precisam de mais apoio estatal, como celebridades ou marcas conhecidas e divulgadas na mídia convencional. Frente ao questionamento, a autonomia de decisão do trabalhador para compra dos bens e serviços vem sido defendida pela ministra da Cultura Marta Suplicy.

A composição da lista dos produtos gera controvérsias. Ao contrário do que Suplicy havia anunciado inicialmente, o Vale-Cultura não poderá ser usado para pagar TVs por assinatura. A ministra recuou da decisão depois da movimentação cultural mediante a proposta, vista como mecanismo de concentração dos gastos com as assinaturas, em vez de incentivar a ideia principal do projeto: o acesso à produção cultural local. Outro ponto polêmico é a posição de Suplicy contrária à compra de jogos digitais que, para a ministra, não se caracterizam como produtos culturais.

Desigualdade

O professor da UFBA, Paulo Miguez, afirma que o Vale Cultura consiste em importante mecanismo de fomento ao consumo dos bens culturais ofertados pelo mercado. “Considerando que somos um país com níveis baixíssimos de consumo cultural, particularmente nas classes de renda mais baixa, não resta dúvida que o impacto do Vale Cultura deverá ser bastante grande, seja do ponto de vista mais específico do consumo propriamente dito, seja, também, no que diz respeito à dinamização do mercado da cultura como um todo”, afirma.

O consumo cultural no Brasil é da ordem de R$ 44,4 bilhões, segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar – POF/IBGE 2009-2010. Significando expressivo aporte de R$ 7 bilhões, o programa será delineado pelas preferências do trabalhador participante, que “vai demarcar e dinamizar a produção, de forma lucrativa do lado do ofertante e conveniente para o consumidor”, conforme explica o pesquisador do Ipea, Frederico Barbosa.

Ele lembra que, no entanto, a iniciativa reforça desigualdades regionais. “Mais da metade desse consumo é da região Sudeste. O Vale Cultura vai dinamizar todas as regiões, mas não vai contribuir para a redução das iniquidades, pelo menos em uma perspectiva estática”, alerta, uma vez que as empresas tributadas com base no lucro real são as maiores e estão concentradas nas regiões e cidades de maior PIB.

Direitos culturais

Para além da dinamização da economia, Miguez destaca a importância das questões relativas à vida urbana, cujo papel é decisivo no consumo cultural. A concentração de equipamentos culturais e seus horários de funcionamento, infraestrutura de transportes e segurança pública constituem fatores centrais no planejamento de uma política pública eficaz, necessariamente, quanto à dimensão da garantia dos direitos culturais. “O estímulo ao consumo cultural, quando reduzido exclusivamente à sua dimensão econômica, acaba beneficiando apenas àqueles que já têm o hábito de consumir bens culturais que podem, então, com preços subsidiados, consumir mais”, justifica.

Os desafios envolvem a construção de uma política pública abrangente. Para enfrentá-los, Barbosa defende o fortalecimento da diretriz da política em torno do Vale Cultura, que atravessa, na sua avaliação, uma zona de ambiguidades, baseada na escolha conjunta por dinamizar mercados de consumo e permissão para que o trabalhador de menor renda tenha acesso aos bens e serviços culturais. “Enquadra-se no imaginário político que diz terem as lutas pela cidadania um viés de classe. Ao se escolher a ampliação do consumo como estratégia de política cultural, reforçando dinamismos de mercado, também se diz algo sobre a ideia de cultura e de desenvolvimento que ganham força na política cultural”, afirma o pesquisador do Ipea.

Na dimensão multicultural, ele acredita que o Vale Cultura favorece situações de diversidade, ou seja, tem impacto relevante no que se refere à quantidade de bens produzidos e consumidos, “eventualmente portadores dos mais altos valores culturais”. No entanto, o aspecto intercultural, referente às “relações de tolerância, reconhecimento do diferente e possibilidade e troca simbólica se nutrirem e enriquecerem mutuamente, sequer é arranhada pela política de consumo associada ao Vale Cultura”, sustenta o pesquisador do Ipea.

Em outras palavras, o Vale Cultura vai ao encontro das doutrinas do liberalismo econômico que preconizam a primazia da preferência do consumidor; de outro lado, oferece um benefício aos trabalhadores que já têm inserção no mercado de trabalho formal. “Para os demais, que se constituem em mais de 50% do mercado de trabalho, vamos ter que aguardar outros tipos de iniciativa”, pondera o pesquisador. A criação do Vale sinalizaria, dessa forma, importantes contradições com as linhas de força das políticas culturais da última década, especialmente, no que se refere ao foco nas políticas da diversidade cultural e ação política ancorada na participação social nos processos decisórios.

Como explica Barbosa, durante o Governo Lula, as políticas, embora afirmassem a ideia de economia da cultura, enfatizaram a “promoção e inclusão de formas de cultura popular, das periferias, dos excluídos dos circuitos de reconhecimento mais estruturados e institucionalizados no quadro das políticas públicas”. As ações
responderam criticamente às políticas que haviam dado primazia ao mercado por meio de incentivos fiscais, restringindo a diversidade, ao distanciar as decisões alocativas do debate público democrático. “Assim, foram preconizadas reformas na política de financiamento, fortalecimento do Estado e maior participação social nas decisões”, completa.

Regulação

Os impactos do Vale Cultura variam entre os setores: cinema, livros e audiovisual, por exemplo, terão maior renda para empresas e, talvez, segundo Barbosa, para alguns produtores, com políticas públicas de financiamento relativamente consolidadas. “Para outras áreas como a do teatro, dança, música e outros espetáculos vivos é duvidoso que o Vale Cultura venha a significar sustentabilidade econômica. São áreas que continuarão fortemente dependentes do financiamento público direto ou via incentivos fiscais a projetos”, contrapõe.

Por isso, estes segmentos requerem políticas de oferta com recursos diretos ou incentivados, recursos do orçamento ou de gastos tributários indiretos para a produção e criação de valores e não apenas de bens culturais para o consumo. “Não se deve descartar a possibilidade de que venha a ter forte efeito multiplicador do
ponto de vista econômico. Também não se pode duvidar dos impactos potenciais do eventual aumento da produção do audiovisual, do cinema e do livro sobre o conjunto da produção cultural”, relaciona.

Nesse contexto, a atenção conferida ao processo de regulação de uso do Vale, incluindo consultas aos segmentos produtores de bens culturais, deve ser direcionada ainda à avaliação do custo-benefício econômico e cultural da política: “Será necessário o acompanhamento dos impactos e consequências do Vale Cultura nas cadeias produtivas nacionais e internacionais e, também, nos padrões de formação de preços e qualidade dos bens e serviços”. O aprimoramento desta política pública definirá seu alcance equitativo, como ressalta o pesquisador: “Aumento de ingressos e preços dos bens, por exemplo, podem ser constituir em consequências negativas inesperadas do Vale. Essas questões dizem respeito e estendem-se ao tipo e qualidade do bem que será consumido, ao comportamento dos mercados ofertantes de bens e serviços”.

Educação

Uma política cultural abrangente, conforme defendem Barbosa e Miguez, deve incluir o fortalecimento dos orçamentos públicos, ou do desenho de linhas de financiamento para a construção e reforma de equipamentos culturais. “O que indico é a necessidade de formular políticas culturais consistentes de formação de público, ou seja, que se volte ao cidadão, que enfrente as necessidades de educação estética e para a diversidade. Isso significa apontar para um Estado capaz de responder às necessidades e ao seu dever de atuar no âmbito das garantias dos direitos culturais, oferecendo condições para uma formação integral mais consistente”, defende Barbosa.

Para Miguez, a política educacional deve ser priorizada. “É sempre preciso lembrar que a questão do consumo dos bens culturais não se esgota na questão econômico-financeira. Sabemos perfeitamente que antes mesmo que o preço do bem cultural se coloque como uma barreira ao consumo, há a questão do capital cultural dos indivíduos, algo que se forma na família e na escola”, analisa. “Se você não foi educado, em casa ou na escola, para gostar de ler, para apreciar as várias linguagens artísticas, não será a redução no preço do livro ou no ingresso de cinema ou de teatro que levará você a consumir estes bens”, argumenta o professor.

Impacto na cadeia produtiva

• Promessa de campanha de Dilma Rousseff, o Vale Cultura significa a injeção de R$ 11,3 bilhões na cadeia produtiva do setor nos próximos anos, conforme os números divulgados pela ministra da cultura.

• O projeto que visa estimular produção cultural e o empreendedorismo no setor destina-se ao total de 18,8 milhões de trabalhadores; expectativa do Ministério é que grande parte dos trabalhadores participantes receba entre R$ 1.600 e R$1.800 por mês.

• A empresa beneficiária, tributada com base no lucro real e c credenciada no MINC para sua distribuição, terá abatimento no imposto de renda de sua participação de R$ 5 no valor do Vale. Cerca de 337 mil empresas tributadas com base no lucro real, critério do Ministério da Cultura para adesão ao programa, poderão deduzir o valor tributado no Imposto de Renda. Para o segundo semestre, é esperado o investimento de aproximadamente R$ 300 milhões na cadeia produtiva.

• Empresas operadoras serão autorizadas a produzir e comercializar o Vale e empresas recebedoras, habilitadas pela operadora para receber o Vale como pagamento por bens e serviços. Dos R$ 50, total de 10% poderá ser descontado do trabalhador, portanto a empresa paga R$ 45,00 e o trabalhador R$ 50. Dos 90% que ficarão a cargo das empresas até 1% poderá ser deduzido do imposto do imposto de renda. Se os R$ 50 não forem gastos em um mês, poderão ser transferidos para os seguintes, portanto o benefício será acumulativo. O
Ministério da Cultura estima 12 milhões de beneficiados e injeção de R$ 7,2 bilhões ao ano no mercado de bens culturais.

• Trabalhadores que recebem salário superior e vínculo empregatício com empresas beneficiárias poderão solicitar a empresa, mas só terão o valor mensal se esta já tiver atendido a todos os trabalhadores que devem receber o beneficio por lei. Destes poderão ser descontados de 20% a 90% do vale mensal, de acordo com a respectiva faixa salarial.

Retirado do Observatório da Diversidade Cultural em 03/06/13 do endereço:

http://observatoriodadiversidade.org.br/site/vale-cultura-apresenta-desafios-para-a-diversidade/

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Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte em Teófilo Otoni

convite web 14 festcurtas Teófilo Otoni

PROGRAMAÇÃO ITINERANTE

14º Festival Internacional de Curtas de BH em Teófilo Otoni

O Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte preparou uma programação especial para itinerar pelo Estado de Minas Gerais, em 2013, com uma seleção dos filmes exibidos em sua 14a edição, realizada em setembro de 2012, no Palácio das Artes. Os programas incluem filmes brasileiros e internacionais de 2011 e 2012 (todos com legendas em português), para públicos de todas as idades. Eles foram selecionados dentre mais de 2200 curtas recebidos, de 85 países.

Os filmes serão disponibilizados, em DVD, para instituições parceiras que se responsabilizarem pela produção e divulgação local da itinerância. O objetivo do festival é incentivar a realização de mostras reduzidas, com a exibição de todos ou de parte dos programas oferecidos.

As instituições que não quiserem fazer uma itinerância completa podem optar pela exibição de parte dos programas. Sugere-se também que se tente agendar sessões especiais para escolas, com exibição das mostras infantil e juventude.

Seguem os programas disponíveis, divididos por mostras, com os respectivos filmes, fichas técnicas e sinopses.

A produção do Festival se coloca a disposição dos interessados para maiores esclarecimentos. Os contatos podem ser feitos com:

Bruno Hilário

Telefone – (31) 3236-7367 / (31) 3236 7333

Email – producao@festcurtasbh.com.br

Site – www.festcurtasbh.com.br

O Festival é uma realização da Fundação Clóvis Salgado, em parceria com o Instituto Cultural Sérgio Magnani.

Programação em Teófilo Otoni:

18/06 – TERÇA-FEIRA:

10h:00min - Juventude I

16h:00min – Infantil

19h:30min – Minas

25/06 – TERÇA-FEIRA:

19h:30min – Juventude II

12/07 – SEXTA-FEIRA:

20h:00min – Internacional II

26/07 – SEXTA-FEIRA

19h:00min – Animação

20h:30min – Maldita

 

Os Filmes

PROGRAMA 10 – JUVENTUDE I – 78 min.

Vacarme (Daniel Karolewicz | Canadá, 2011, 14', cor)

Uma jovem retorna à casa da família, trazendo com ela apenas as fitas de áudio que sua mãe havia gravado, em uma tentativa de afastar o esquecimento. Canalizando sua raiva avassaladora e sensação de impotência no tocar de seus tambores.

49 dias (Tati Fujimori | Brasil/RJ, 2011, 14', cor)

Shigueyoshi acabou de perder seu filho em um acidente de trânsito e descobre, no dia da missa japonesa de 49 dias da morte de seu filho, que terá um neto. Esta estória é narrada de maneira delicada e com bom humor, passando pela rotina de uma missa japonesa, em que tristeza e alegria se misturam, entre mesas e histórias de várias gerações.Seu tema principal é a transformação e adaptação das tradições japonesas no Brasil, vista através da própria transformação familiar e adaptação interna em que o personagem principal está passando.

A triste história de Kid-Punhetinha (Andradina Azevedo, Dida Andrade | Brasil/SP, 2012, 15', cor)

Victor e Verônica estudam na mesma classe. A menina, que nunca beijou ninguém, é apaixonada por Victor. Um dia, por pressão dos amigos, ele transa com ela. Dois meses depois, entre silêncios e angústias, Victor e Verônica vão à uma clínica de aborto.

Gamin (Stéphanie Noel | França, 2011, 20', cor)

Um garoto, Paulo, tenta consertar seu carro, um Peugeot 205. Ele precisa dele para pegar a Estrada e ir encontrar seu pai, um pai que não vê há anos. Um pai que ele não pode ficar esperando mais nem um pouco.

O Afinador (Matheus Parizi Carvalho, Fernando Camargo | Brasil/SP, 2012, 15'05'', cor)

Paulo é um jovem afinador de pianos. Ele trabalha na oficina de restauração do seu pai. Ele quer ser um concertista.

PROGRAMA 12 – INFANTIL – 58 min.

A noite dos palhaços mudos (Juliano Luccas | Brasil/SP, 2012, 15', cor)

Adaptação para as telas de uma história de um dos maiores artistas de quadrinhos do Brasil: Laerte. Dois palhaços mudos perambulam à noite com a missão de resgatar um companheiro que fora sequestrado por uma organização que tem como objetivo o extermínio da classe. "A Noite dos Palhaços Mudos"é uma fábula contemporânea recheada de humor contra a intolerância.

Cadê meu rango? (George Munari Damiani | Brasil/SP, 2012, 04'08'', cor)

Bernard, preguiçoso e solitário, leva a vida tranquilamente em seu aconchegante lar. Certa manhã ai ir pegar sua comida, não a encontra. Alguém teria pego? Quem? Bernard, no seu "ótimo" humor, encara o roubo como um desafio e busca formas de pegar esse "ladrão".

A shadow of blue (Carlos Lascano | França/Espanha, 2011, 12'43'', cor)

Uma pequena garota está sentada em um banco no parque, brincando com sua borboleta de papel azul brilhante. De repente, uma rajada de vento leva sua borboleta para longe, no alto, soprando sua ilusão para as copas inacessíveis das árvores. O sol vem através da folhagem, lançando sua sombra longa e delgada ... ela sorri: suas longas agora não lhe permitem recuperar o borboleta. Como determinação pode ser realidade, e como pode a fantasia desencadear uma liberdade inesperada? Pode um mundo frágil de luzes e sombras nos mostrar mais do que uma silhueta desenhada na contra luz solar?

De martelos e serrotes (Jackson Abacatu | Brasil/MG, 2012, 02'52'', cor)

Trabalhadores em uma oficina de marcenaria... ou não.

Duo de volailles, sauce chasseur (Pascale Hecquet | Bélgica/França, 2011, 06', P&B)

A vida está por um fio. Às vezes, é ninguém menos do que um interruptor velho chão lâmpada. A questão (de vida ou morte) deve ser: Deve a luz ficar ligada ou desligada? Esta exploração entre caçador e presa, será revelado com a música.

O fim do recreio (Vinicius Mazzon, Nélio Spréa | Brasil/PR, 2012, 17'26'', cor)

No Congresso Nacional, um projeto de lei pretende de acabar com o recreio escolar. Ao mesmo tempo, em uma escola municipal de Curitiba, um grupo de crianças pode mudar
toda essa história. Recheado de vibrantes brincadeiras infantis, O Fim do Recreio é um curta-metragem para todos os públicos, que bota a boca no trombone e avisa: cobra
parada não engole sapo!

PROGRAMA 07 – MINAS – 87 min.

Meu amigo mineiro (Victor Furtado, Gabriel Martins | Brasil/MG, CE, 2012, 23'32'', cor)

Dois amigos, uma distância. Um no Ceará, outro em Minas Gerais. O amigo mineiro vai de encontro a Vitinho, que não aparece, senão por trucagens e brincadeiras que somos convidados a compartilhar. A descoberta da cidade ao longo da espera, pelo olhar que se converte em imagem, a todo o tempo: através da câmera fotográfica, do contra-plano que evidencia a subjetiva, das fusões: milagres do cinema – o longe que se torna perto, o dois que se tornam um e a cidade em meio a tudo. (U. R.)

Cauhtémoc (Leo Pyrata | Brasil/MG, 2012, 10'52'', cor)

Um experimento: o cinema está entre nós. - Sim, um macaco de pau duro e uma câmera na mão. - Ele está entre nós. Aqui mesmo nesta mesa de bar, ali também, alhures (neste filme, filmado entre a França, a Russia e a República Tcheca). Como se ele, o cinema - seus recursos, sua força, aquilo que aprendemos a pensar com ele e diante dele -, pudesse estar ao nosso lado em momentos fortes e fracos; como se ele (o cinema) não se importasse se digo uma mentira sem me arrepender, como reza a canção, e nos acompanhasse pela madrugada adentro, através de pontos sombrios, hesitações, linhas de força, lampejos de vivacidade do corpo desperto, um raio na tela e em lugares onde a fala não está mais. (B.V.)

Um olhar passageiro (Pedro Carvalho Moreira | Brasil/MG, 2011, 21'50'', P&B)

Uma loja velha e empoeirada e o trabalhador que lá habita, atendendo seus clientes com um cigarro na boca, logo nos indicam que ali se vive em outra época. Mesmo antes de ouvimos os diálogos do filme, percebemos que nosso personagem é um sobrevivente. Em sua oficina de conserto de máquinas fotográficas, Juarez filosofa sobre o esquecimento, o apego, o trabalho. É um grande homem que se dilui na multidão enquanto planeja aproveitar o "restinho de vida" que tem, sabendo que através deste filme sua história não irá se perder. (M.R.)

Geração Y (Ayron Borsari | Brasil/MG, 2012, 10', cor)

Enquanto a cidade e seus habitantes parecem se misturar em uma massa única de concreto e asfalto, o Pensador fuma avidamente seus cigarros e observa tudo ao seu redor. Sua expressão o difere da massa cinzenta: em uma das praças mais movimentadas de Belo Horizonte, debaixo da chuva, o Pensador olha para a cidade e seus personagens como se soubesse das coisas que ninguém mais sabe. (M.R.)

Bomba (Francisco Franco | Brasil/MG, 2011, 20', cor)

Conrado é um jovem em 1995: mochila da Company, Ratos de Porão, cabelos desajeitados, compact disc. Estímulos, testosterona, falta de grana. Clichês, professores desinteressantes, fila na educação física. Entre provas, flertes e desarranjos, o rapaz e seu amigo ameaçam explodir a escola. (U. R.)

PROGRAMA 11 – JUVENTUDE II – 71 min.

La nuit de mês 17 ans (Julie Lojkine | França, 2011, 18', cor)

Como é ter 17. Roxane não sabe se ela quer se tornar uma ginasta ou ir para a universidade... Seus pais não querem saber, então ela anda pela cidade, esperando a resposta chegar, talvez por moradores de rua que ela encontre na rua, ou amigos que ela encontra em uma festa ... Amanhã a resposta cairá sobre ela ... Este filme sem cenário é o resultado do trabalho de improvisação de ator.

L'amour à trois têtes (Elsa Levy | Suiça, 2011, 26', cor)

Uma exploração das relações entre homens e mulheres através de três gerações de mulheres de uma mesma família; avó, mãe, e a própria diretora.

Que personne ne sache (Lydia Castellano | France, 2011, 10'12'', cor)

É o dia do trabalho prático entre os alunos da CM1, mas um inesperado percalço ocorreu para perturbar a classe: um novo aluno chegou! Todo mundo está curioso para saber de onde ela vem e quem ela é, sobretudo Sebastian, que é secretamente apaixonado por ela ... Mas não será fácil para ele se aproximar de Luna, para ele é difícil de ouvir e especialmente especialmente não quer que ela saiba!

Festa no apartamento da Suzana (Christopher Faust Pereira | Brasil/PR, 2012, 03'49'', P&B)

Augusto é convidado para uma festa no apartamento de uma colega.

Deus (André Miranda | Brasil/DF, 2011, 12'40'', cor)

Frango precisou morrer para entender o sentido da vida.

PROGRAMA 05 – INTERNACIONAL II – 78 min.

Kthimi (Blerta Zeqiri | Kosovo, 2011, 20', cor)

Um jovem, preso aleatoriamente durante a guerra em Kosovo e tido como morto, volta para casa de uma prisão sérvia à procura de um caminho de volta para sua vida de quatro anos antes. Mas a guerra o tocou mais do que ele pode saber.

Artifacts of the city (Florian Schneider | Alemanha, 2012, 20', cor)

Um skatista apresenta a cidade de Nova Iorque sob a lógica afetiva de um colecionador. Em suas divagações, ele busca pequenos objetos abandonados nas ruas, tendo que lidar com a desilusão profissional e a angústia da vida que leva fora do skate. Atento à lucidez e à sensibilidade do skatista, o filme faz com que sejamos seduzidos pela espontaneidade do seu pensamento e da sua fala, conduzindo-nos através de suas coleções de maços de cigarro amassados, de suas esquinas "menos preferidas", dos pedaços de fotografia que salva do esquecimento. (M.R.)

Tic Tac (Josephine Ahnelt | Áustria, 2011, 02'38'', P&B)

Em Tic Tac vemos jovens praticando parkor, um esporte em que se escolhe o caminho mais rápido e eficiente para se chegar de um lugar a outro, superando qualquer obstáculo no caminho. A filmagem com fotografia P&B em super 8, a opção pelo silêncio e os enquadramentos e montagem não usuais, que priorizam o que está no entorno, ao invés da ação propriamente dita, acrescentam novos significados para imagens aparentemente banais. (D.Q.)

Doska Frank (Hanna Bergfors | Alemanha/Suécia, 2011, 19'30'', cor)

Frida e Oskar são o protótipo do casal contemporâneo. O apartamento onde moram, repleto de cartazes e objetos de decoração, diz quem eles são, o que eles amam e quais são os sonhos deles. De manhã Frida escuta black metal e sai pro trabalho. Sentada num café cheio de yuppies ela retira da bolsa o Manual do guerrilheiro urbano do Marighella e expõe a sua campanha para Doska Frank: "precisamos nos livrar da linguagem convencional do marketing e adotar um vocabulário mais radical". Mas o que é Doska Frank nunca saberemos ao certo. É mais um movimento, mais uma informação, mais um gesto que desaparece no instante mesmo de sua formação. Doska Frank nos lembra que, na nossa época, não sabemos mais quem somos, o que amamos e com o que sonhamos. O que fazer então? Como viver? Como ter filhos? (L.P.)

Les Ambassadeurs (Alexia Walther, Maxime Maltray | Suiça/França, 2011, 15', cor)

Dois jovens em um barco. Um deles recita alegremente um texto, que lê de um pequeno pedaço de papel. Seriam eles os embaixadores, os seres fantásticos aos quais o texto alude? Que bandeira representam, que missão carregam, que valores legam? A princípio, pensamos neles como dois jovens burgueses a esmo. A esmo, talvez, mas não precisamente perdidos. Estão em busca de algo. Talvez da felicidade, esse conceito novo na Europa. Aos poucos, percebemos que o barco e as bicicletas não lhes pertenciam; foram apossados em missão extraordinária. Os dois seguem seu curso deixando para trás o rastro da vitalidade irresponsável da juventude. Se cansam logo do jogo com as garotas, abandonam a conquista sem olhar para trás. Mas o jogo não termina nunca. (J.T.)

PROGRAMA 09 – ANIMAÇÃO – 73 min.

Dia Estrelado (Nara Normande | Brasil/PE, 2011, 17', cor)

Uma família no sertão nordestino convive com a seca. Trata-se de um tema já bastante explorado, mas que ganha novos contornos nesta animação, que cativa pela sua riqueza visual e pela forma poética com que trata desta dura realidade. A luta de um garoto para manter viva uma flor, lágrimas vertidas em pedras, o passarinho que vive amarrado, os "céus de Van Gogh", tudo se soma numa construção de rara beleza triste. (D.Q.)

Kin (l’Attelier Collectif | Bélgica, 2011, 11’, cor)

Kin é uma fotografia social de Kinshasa, feita com brinquedos africanos.

Oh Willy... (Emma De Swaef, Marc James Roels | Bélgica/França/Holanda, 2012, 16'35'', cor)

Forçado a retornar a suas raízes naturistas, Willy arranja o seu caminho para a nobre selvageria.

I am ashamed of myself (YongchuSuh | Coréia do Sul, 2011, 06'03'', cor)

Uma filha cuida de seu pai doente. No início do verão, uma mosca entra e interrompe o sono do pai. A filha está chateada e balança uma faca para matar a mosca, mas acaba machucando seu pai. De passagem, um monge diz que ela matou seu pai muitas e muitas vezes em suas vidas passadas só por causa de uma mosca. Ela quer escapar do ciclo do pecado.

Fleuve Rouge, Song Hong (François Leroy, StéphanieLansaque | França, 2012, 14'52'', cor)

Vietnã. As primeiras horas em Hanói de três jovens irmãos recém-chegados de sua aldeia natal. Em torno da ponte Long Bien, entre a cidade e o campo, eles cruzam o caminho de um jovem policial e um vendedor de rua.

Kuhina (Joni Männistö | Finlândia, 2011, 07'18'', cor)

Uma criança descobre vida dentro de um pássaro morto e começa a brincar com ela.

PROGRAMA 08 – MALDITA – 79 min.

As Heranças (Giovani Barros | Brasil/RJ, 2011, 18', cor)

Os machucados de Pedro estão demorando para sarar.

Salomé (Fernando Gerheim | Brasil/RJ, 2011, 18', cor/P&B)

Um exemplar do baixo surrealismo. Um cruzamento de Georges Bataille com Zé do Caixão. Cinema marginal digital. O defeito de fabricação da indústria dos sonhos. O vídeo pensa o cinema. Tecnoartesania ou morte.

Jibóia (Rafael Lessa | Brasil, 2011,18', cor)

Consumida pelo desejo, Aurora, uma cabeleireira da Rua Augusta, aceita fingir ser a mãe de sua amante adolescente, Gracekelly, sem saber que os planos da menina vão colocar à prova seu verdadeiro amor.

O Duplo (Juliana Rojas | Brasil/SP, 2012, 25', cor)

Doppelgänger é um nome originado de lendas germânicas. Doppel significa duplo, réplica, e Gänger um ser andante, que vaga. São Paulo, uma escola, uma nova professora. Ela leciona matemática para crianças. O universo das exatas em O duplo é meramente figurativo, irônico até. As crianças, mais passíveis de acreditar em mitos e fantasias que qualquer um de nós, sentem no ar o estranho que paira: o aluno desenha em sua prova, ao lado da professora, um ser que se assemelha a ela, escuro, tenebroso. Ele profecia: "- é você". Juliana Rojas trafega pelo universo do terror com maestria. Através de uma abordagem seca, em que explora o silêncio e a ausência da trilha sonora tradicional, a jovem diretora segue suscitando temor e admiração aos que acompanham seu trabalho. (U. R.)

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