terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Países da União Europeia assinam polêmico acordo de combate à pirataria

Retorado do Cultura e Mercado em 31/01/2012 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/direitoautoral/paises-da-uniao-europeia-assinam-polemico-acordo-de-combate-a-pirataria/

Da Redação:

Na noite da última quinta-feira (26/1), em Tóquio, 22 países-membros da União Europeia uniram-se aos EUA e outros sete signatários do Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA), que assinaram em outubro um acordo comercial de combate à pirataria, após meses de pressão de entidades mundiais de defesa da liberdade na internet.

Embora trate do combate à pirataria em geral, o tratado, firmado fora do âmbito da ONU, inclui os bens imateriais ao lado das mercadorias, e dedica um capítulo de suas 39 páginas à internet.

Além de Austrália, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Marrocos, Nova Zelândia, Cingapura e os EUA, agora fazem parte do acordo internacional Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Látvia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, República Checa, Romênia, Slovênia, Espanha e Suécia. Ainda faltam cinco membros da UE – Alemanha, Chipre, Eslováquia, Estônia e Holanda –, mas a expectativa é de que sigam o resto do bloco ainda nos próximos dias. O acordo também precisa ser analisado e aprovado pelo Parlamento Europeu.

As regras defendidas pelo ACTA estimulam que os provedores adotem políticas preventivas em relação a conteúdos protegidos por direitos autorais; propõe aos países-membros desenvolverem políticas de aproximação entre provedores e portadores de direitos autorais para que aqueles possam lidar adequadamente com patentes, marcas e copyright; e sugere que adotem proteção legal às medidas tecnológicas (dispositivos de proteção) adotadas pelos detentores de direitos autorais para impedir o acesso não autorizado a seus trabalhos.

O ACTA é apontado por muitos como pior que o SOPA (Stop Online Piracy Act), projeto de lei anti-pirataria online dos EUA que foi tirado de pauta da Câmara dos Deputados na semana passada apóssites promoverem uma “greve” em massa na internet.

Críticos do acordo afirmam que as medidas ferem a soberania das leis nacionais, além dos direitos de liberdade e privacidade dos internautas, e a assinatura pelos europeus já gera protestos em toda a região, especialmente na Polônia, onde centenas de pessoas foram às ruas contra o apoio de seu governo ao ACTA.

Segundo o grupo ativista Electronic Frontier Foundation, entre as alterações que estão sendo discutidas no acordo, estão medidas mais incisivas ampliar o compromisso dos provedores de internet, incluindo novos filtros de conteúdo e o chamado “three strikes”, em que o provedor é forçado a cortar o acesso do internauta após três notificações – mesmo mecanismo usado na França.

*Com informações do site Tele.Síntese

Redação http://www.culturaemercado.com.br

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Conta-Satélite da Cultura

Retirado do site do MINC em 31/01/2012 do endereço:

 http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/30/conta-satelite-da-cultura/

MinC e IBGE realizam, em Brasília, oficina para a construção desse instrumento metodológico

Mensurar os números e dados sobre a cultura brasileira é um dos objetivos da Secretaria da Economia Criativa, em estruturação no Ministério da Cultura. Para isso, a partir desta segunda-feira, 30, está sendo realizada, na sede do MinC, em Brasília, a 2ª oficina, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para a construção da Conta-Satélite da Cultura. Os trabalhos se estendem até a terça-feira, 31.

A secretária Cláudia Leitão abriu os trabalhos lembrando que, desde sua chegada ao MinC, em fevereiro de 2011, a equipe identificou a necessidade de retomar o diálogo com o IBGE. “Apesar do processo ser lento, a construção da Conta Satélite da Cultura é de extrema importância para a criação de políticas públicas para o setor, bem como para a economia criativa do país”, afirmou.

Rebeca Palis, da Diretoria de Pesquisas do IBGE, explicou que todas as  contas-satélites que a instituição faz são formadas por grupos multidisciplinares, com economistas, profissionais da cultura, dentre outros. “Essa oficina é importante para as pessoas, sobretudo do setor cultural, entenderem o que são as contas nacionais para podermos construir juntos a Conta Satélite da Cultura”. Ela disse que o processo é de médio a longo prazo para conclusão, porém é possível ir conhecendo os produtos intermediários, como por exemplo, quanto pesa as atividades típicas de cultura na economia: “Olhar o setor nos mínimos detalhes demora alguns anos”, disse Rebeca.

Um passo importante

Para o professor Paulo Miguez, que também colabora na construção da conta satélite, este trabalho reflete a continuidade: “Esse acordo de cooperação técnica com o IBGE é um desdobramento natural desse acordo, não é um processo rápido, mas seguramente vai levar o Brasil a dar um passo muito importante para mensurar seus bens culturais”.

A primeira oficina aconteceu em novembro de 2011. Esta segunda etapa aqui em Brasília será finalizada amanhã, 31, mas na próxima semana haverá outro encontro, desta vez no Rio de Janeiro. A expectativa é que o acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Cultura e o IBGE para construção da Conta Satélite da Cultura seja assinado ainda no primeiro semestre de 2012.

Definição

As contas-satélites são uma extensão do Sistema de Contas Nacionais (SCN). Elas foram criadas para expandir a capacidade de análise das Contas Nacionais sobre determinadas áreas, como a cultura, por exemplo. As contas-satélites sistematizam informações sobre as atividades econômicas relacionadas aos bens e serviços de cultura, como emprego, investimentos e consumo de bens e serviços.

Esse tipo de análise é fundamental tanto para o conhecimento da estrutura produtiva e da dinâmica do setor – incluindo seu financiamento, interrelações com o resto da economia e destinação dos bens e serviços produzidos – quanto para a formulação e implementação de políticas com vistas ao aumento da eficiência na aplicação dos recursos públicos e à melhor distribuição dos bens e serviços culturais a artistas, produtores e à população.

(Texto e fotos: Sheila Rezende – Ascom/SID/MinC)

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Nan Goldin – Heartbeat no MAM Rio

Retirado do site do MAM Rio em 31/01/2012 do endereço:

http://www.mamrio.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=297&Itemid=36

9  fev - 8 de abr 2012

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro abrigará a partir de 8 de fevereiro a maior exposição da artista norte-americana NAN GOLDIN [Washington D.C., 1953] já realizada no Brasil, com uma série de fotografias impressas e slideshows, dos anos 70 aos 2000. A curadoria é da crítica carioca Ligia Canongia e do historiador de arte suíço-brasileiro Adon Peres.

Seu slideshow “The Ballad of Sexual Dependency”, incluído nesta mostra, é considerado uma das maiores influências da produção ocidental atual. Desde o final dos anos 70, suas imagens, ao estilo de instantâneos [snapshots], de colorido intenso, foram anunciadas como um marco da fotografia de arte.

Nan Goldin se celebrizou fotografando com luz natural, sua “família” de amigos e amantes, em Boston e, depois, Nova York. Os registros que Goldin fez de travestis, cenas de sexo, drogas  e vítimas de Aids, uma crônica da Nova York dos anos 70 | 80, estão nas coleções das mais importantes instituições de arte do mundo.

Exposição

Slideshows

"The ballad of sexual dependency”, obra que tornou a artista célebre no mundo, é composta 720 fotografias, realizadas entre 1978 e 1986 e compiladas entre 1981 e 1996. Assinada por Nan, a trilha sonora deste slideshow vai de Maria Callas a Lou Reed e o Velvet Underground. "The ballad …” é um mosaico de situações, eventos e pessoas de seu convívio, com atmosfera de um diário íntimo, iluminação ultra-saturada e cromatismo intenso;

"Heartbeat", datado de 2000-2001, é sobre relacionamentos amorosos, com a composição de Sir John Tavener, “Prayer of the heart”, interpretada por Björk e Brodsky Quartet, na trilha sonora. São 245 slides sobre a interação entre homem e mulher e seus filhos;

"The other side", fotografado de 1972 a 1992, reúne 230 slides, compilados em 1994, de imagens de travestis e é um work in progress, que está sempre sendo ampliado e modificado. Esta série começou quando Goldin foi morar com um grupo de drag queens, quis registrar seu cotidiano para preservar como eles eram e glorificar o encanto que criavam fora das restrições de gênero.

Fotografias impressas

As 17 fotos da série "Landscapes", de médio formato, vêm da Matthew Marks Gallery de Nova York. É um conjunto raro da produção de Nan Goldin. Embora iniciada nos anos 70, Goldin guardou-a por longo tempo e pouco a exibe. A artista argumenta que o mundo exterior lhe era pouco familiar, porque passou muito tempo em grandes cidades, e perdeu a relação com os elementos naturais.

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Poeira hj é Disco!

Com uma lista caprichada de nosso amigo Valmer Batista, um programa todo de Disco!

Programa do baixista da Banda Motor V8, Lacy Souza, produzido pelo grande Valmer Batista, um sacerdote do Rock!

E confiram o site da banda Motor V8, clique aqui, e aqui estão ou outros Poeiras para ouvir e baixar!

Confira e curta a página do Poeira Rock no facebook, clique aqui.

Confira a playlist deste programa:

1 – Chic – “Good Times” - 1:08

2 – Tina Charles – “Dance Little Lady Dance” - 3:06

3 – Donna Summer – “Hot Stuff” - 3:49

4 – K. C. & Sunshine Band – “That’s The Way I Like It” – 4:51

5 – Carl Douglas – “Kung Fu Fighting” - 3:16

6 – Santa Esmeralda – “Don’t Let Me Be Misunderstood” - 3:30

7 – The Hues Corporation – “Rock The Boat” - 3:08

8 – Rick James – “Give It To Me Baby” - 4:10

9 – James Brown – “Living in America” - 4:42

10 – James Brown – “How Do You Stop” - 4:53

11 – George McCrae – “Rock Your Baby” - 3:19

12 – Frankie Vallie – Commodores – “Grease” - 3:26

13 – Ottawan – “D. I. S. C. O.” - 5:01

14 – Yvone Elliman – “If I Can’t Have You” - 3:00

Segunda-feira: 21h:00min

Quarta-feira (reprise): 19h:00min

Produção: Valmer Batista e Lacy Souza

Locução: Lacy Souza e Rômulo Langkammer.

Edição e técnica: DJ. José Carlos

Contato: lacymaster@hotmail.com

Ouçam a chamada:

Chamada Poeira by mucury cultural

 
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quem “pindurou”, “pindurou”

O último sábado teve uma tarde e início de noite bastante interessantes.

Como tudo é desculpa para carnaval, ainda mais antes dele, este tal sábado foi o Encontro do Bloco Pré-Carnavalesco Pindura a Língua no Varal do grêmio recreativo homônimo, tudo isso aconteceu em nossa Teófilo Otoni, cidade que se gaba de já ter tido carnaval, o que não é mentira.

Por aqui tivemos escolas de samba, blocos carnavalescos, cordões de frevo e por aí vai. A disputa era acirrada entre os carnavais de rico e de pobre, as anedotas e confusões, além de algumas raras vezes, os ricos convidando uns pobres para se apresentarem em suas automobilísticas folias. As mulheres da vida nada fácil também neste tempo folião defendiam seu pão e desfilavam em seus blocos.

Mas o que aconteceu?

Este é ainda um mistério para os historiadores amadores e profissionais. O certo é que nos últimos 30 anos tudo mudou. Os blocos, os cordões, os bailes e as escolas se foram às brumas da memória. E há a lamúria sebastianista com o tom dos boleros tocados na repaginadamente bisonha fonte luminosa.

O certo é que todos foram para o sul da Bahia hipnotizados pelas doces melodias repletas de vogais para os trios elétricos do pedaço baiano que em parte já foi mineiro, pra não dizer que nunca tivemos mar (outra longa história), e ininterruptamente cheio de mineiros deste nosso nordeste todo o ano.

Sempre por aqui existiram os entusiastas do carnaval e os pudicas típicos, como aquela comentarista que agora trabalha para Sílvio Santos que seu depoimento indignado circulou no Facebook no ano passado com seu discurso anti-carnaval (clique aqui e veja o vídeo) .

Para alegria de uns e talvez futura de outros, há ainda muita saliva e pouco suor.

Voltemos à Língua no Varal.

Como disse lá em cima, no último sábado, 28 de janeiro, na Estação Doce Maria rolou o tal encontro do bloco pré-carnavalesco. Foi uma baita festa que começou por volta das duas horas da tarde e foi até perto das dez da noite.

No começo, como sempre nesta nossa cidade em que a turma espera pra ver o tombo, a Charanga do Sargento Brandão subira no palco semi-rente ao chão e começa a lançar seus acordes típicos das torcidas nos estádios. Para quem não sabe, esta banda há anos, e muitos anos nisso, é responsável por um espetáculo no mínimo sui gereris nas ruas de Teófilo Otoni. Seja nas portas de lojas, geralmente de móveis populares, ou qualquer um disposto a fazer uma boa campanha publicitária, a charanga vai para cima de caminhões, toca em sacadas, faz serenata, toca na rua mesmo e sempre sob o implacável Astro de nossa terra, o Rei Sol.

Num primeiro momento o surdo da Charanga fora tocado por Roberto Tomich, mesmo que seu instrumento no momento seja sua inseparável sanfona. Chegando o titular do surdo e nosso amigo Roberto logo se junta com seu instrumento típico.

Então estava formada a parte musical, a Charanga do Sargento Brandão mais o Acordeão de Roberto Tomich, inusitado e muito bom! O povo ainda estava sentado e olhando. Enquanto isso transmitíamos tudo pelo blog Mucury Cultural, os espectadores, que chegavam a mais de uma dezena, pelo chat perguntavam onde estava o povo a dançar. A resposta veio um pouco mais tarde quando um Giovane Cota, empresário, político, consultor e agora puxador de marchinhas, conseguiu levantar o povo, que timidamente foi tomando o “salão”, claro que aí o álcool ajudou na desinibição e finalmente a “porca torceu o rabo”, e a folia engendrou-se na casa até um bocado da noite.

Depois do frenesi de memórias afetivas, verídicas ou não, por um lado, e por parte dos que não tinham idade para acompanhar os carnavais antigos daqui, mas parece que aquela entidade mítica chamada de coletivo deu um remember nos mancebos, nosso amigo Roberto Tomich e David Saraiva com sanfona e violão tocaram um bocado para saciarem os foliões ainda sedentos de mais folia.

O resultado foi muito bom. A festa foi muito boa. E talvez o futuro também. A cada ano há mais gente por aqui que não vai mais para a Bahia, seja pela falência do modelo, pelo cansaço, pela falta de tempo, pelo enjoo mesmo ou ainda e principalmente pela falta de grana. Como não podemos ficar sem nosso carnaval de cada ano, este pode ser um bom cenário para repensarmos esta expressão cultural tão tipicamente brasileira, nosso bom e velho carnaval.

Talvez neste futuro sebastião a história seja um pouco diferente, quem sabe com um pouquinho mais de loucura carnavalesca consiga-se fazer um pré e um carnaval, mesmo que tímido, mas possamos reinventar nossa tradição, não é mesmo?

Então finalizamos aqui agradecendo e parabenizando a Estação Doce Maria e a insistência cármica de Sérgio Abdulah e Rose Medeiros.

Ah, como os fotógrafos estavam na folia as fotos não chegaram até o final deste texto, assim que chegarem, atualizaremos este texto.

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Cultura e Sustentabilidade

Retirado do site do MINC em 30/01/2012 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/29/cultura-e-sustentabilidade-4/ 

Boa presença de público no seminário realizado neste domingo, em Porto Alegre

A importância da Cultura na busca pelo desenvolvimento sustentável foi o tema do seminário “Cultura e Sustentabilidade, Rumo à Rio+20”, promovido neste domingo, 29/01, pelo Ministério da Cultura, em Porto Alegre. O encontro, realizado na Casa de Cultura Mario Quintana, fez parte das atividades paralelas ao Fórum Social Temático – FST 2012 – e serviu como preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que acontecerá em junho próximo, no Rio de Janeiro.

Com uma expressiva presença de público, formado em sua maioria por gestores, produtores e outros representantes da comunidade cultural, o seminário teve início com a mesa “A cultura como pilar estratégico da sustentabilidade”, conduzida pelo secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, que destacou o objetivo do Ministério da Cultura de aprofundar a questão da Agenda 21 da Cultura. Vitor recordou que o documento nasceu no ambiente do Fórum das Autoridades Locais, realizado em Porto Alegre no início década de 2000, e que foi traduzido para 19 línguas, além de agregado às políticas públicas de cultura desenvolvidas na capital do estado.

“Isto significa que o processo segue vivo, atingido pelas mudanças da sociedade e com um perfil mais contemporâneo. Refletir sobre cultura e sustentabilidade é compreender e entender o caminho para as políticas inclusivas de cultura. O mais importante é discutir o papel estratégico das políticas públicas de cultura para o futuro, colocando-as em alta relevância no debate”, afirmou. O secretário-executivo acredita que até a junho já se tenha acumulado discussões que possam ampliar e reforçar a Carta da Cultura Rio+20.

O secretário adjunto da Cultura do Rio Grande do Sul, Jéferson Assumção, disse que a Cultura é múltipla e está em contínuo processo e que vê a cultura operando em três dimensões: a estética, a cidadã e a econômica. Enfatizou que a cultura é o elemento de qualificação do desenvolvimento econômico e social, ressaltando a importância dos novos movimentos sociais que surgem no país, onde a cultura está no centro e está sendo pensada em uma articulação maior como grande movimento de inclusão.

O assessor especial da presidência do IPHAN, Luiz Philippe Torelly, falou da abrangência do tema e da percepção de que o conceito de cultura se alargou e está em nosso cotidiano. “Temos que observar como se articulam as políticas públicas para os próximos anos”. Torelly disse que a palavra sustentável sofreu um desgaste “Tudo é sustentável”, e colocou uma pergunta: “será que o desenvolvimento sustentável é possível sem pensarmos em novos padrões de consumo?”, finalizou.  

O parlamentar espanhol Jordi Marti, (vereador e delegado de Cultura da Câmara Municipal de Barcelona) acredita que é necessário pensar nos quatro pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, social, ambiental e cultural. “O conceito de desenvolvimento sustentável não é suficiente para aguentar os efeitos negativos que o capitalismo impõe. Apesar dos esforços e acordos, sabemos que o ‘mundo continua degradando o planeta’” afirmou.  “O pilar cultural é o mais conflituoso, pois não temos indicadores para medir o desenvolvimento cultural. A cultura é o vetor do campo de batalha no nível ideológico”. Marti citou diversos elementos-chave do desenvolvimento da cultura, como o design, a moda, marketing cultural, a gestão cultural, movimentos sociais vinculados às periferias urbanas, movimentos populares de cunho político e os movimento que propõem uma nova relação de produção e distribuição no meio digital. “Essa grande diversidade cultural levará a se recuperar a discussão da cultura e promover políticas públicas de cultura,

Na segunda parte da manhã, foi realizado o debate “O PontenSocial da Cultura”, com participação de Alfredo Wagner – mestre e doutor em Antropologia Social, Pesquisador da Universidade Federal do Amazonas, Eliana Bogéa – coordenadora de projetos estratégicos da Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura de Ananindeua/Pará e da socióloga, mestre e doutora em Antropologia Social, Sarela Paz (Bolívia).

Alfredo Wagner fez uma reflexão de como se deu a autoconsciência da cultura que marca o início do século da cultura. “O projeto de uma cartografia cultural, organizando espaços e territórios, novas formas organizativas que se expressam corporalmente devem fazer parte de uma cartografia da diversidade cultural. Ver as diferenças entre tradição e tradicional, proteção e protecionismo e o conceito de contemporâneo e de civilização”.

Eliana Bogéa disse que não se pode pensar em território sem levar em conta as pessoas e que não dá para pensar a Amazônia de fora da Amazônia. Eliana lembrou os repertórios da cultura ribeirinha, suas diferenças e especificidades e entende que a cultura está ligada aos recursos naturais. Solicitou uma presença mais forte do Ministério da Cultura na região e disse que queria ver o Amazonas incluído na Rio + 20 também pelo viés da cultura.

A socióloga boliviana Sarela Paz (doutora em antropologia social) afirmou que o desenvolvimento sustentável deve levar em conta um elemento fundamental que é o tema da extrema pobreza e que a problemática da cultura deve ser pensada com a dimensão dos povos que têm condições e expressões políticas distintas.  Segundo ela, “esse é o novo desafio dos Estados-Nação”, concluiu.


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Seminário em Porto Alegre debate papel da cultura no desenvolvimento sustentável

(Texto: Martha Pozueco – Ascom/RRS/MinC)
(Fotos: Luiz Tadeu – Ascom/MinC )

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"LADRÃO!", exposição individual de João Werner

Enviado por nosso amigo João Werner, grande artista visual e colaborador da Mucury Cultural.

 

Eu não vou chamar pilantra de excelência, nem vagabundo de meretíssimo.

Eu não vou chamar pedófilo de eminência, nem analfabeto de magnífico.

Você quer me obrigar com a tua lei, mas eu NÃO vou separar o meu lixo, porque o imposto que eu te pago é mais do que suficiente para eliminar todo o lixo da face do país.

"Toda riqueza provém de violência"

"Distribuição de renda"

Você quer me constranger com a tua propaganda, mas eu NÃO vou economizar a água porque, com o imposto que eu te pago, toda a água consumida deveria ser límpida e cristalina, e a natureza preservada em seus mananciais.

Você me olha torto do alto de tuas escrituras, mas eu NÃO vou contribuir com a tua campanha de caridade porque, com o imposto que eu te pago, não deveria haver criança de rua, nem miséria econômica e cultural, nem o abandono de idosos e doentes.

E, por fim, você pode fazer muchocho e torcer o teu narizinho, mas eu NÃO vou entregar minha arma a você pois, se assim todos o fizessem, o único armado nesta "terra de marlboro" seria você.

Ao contrário do que você alardeia por aí, fazer tudo isso que você quer NÃO É exemplo de cidadania ou de civilidade, e nem vai salvar o mundo (o seu, é claro).

Fazer tudo isso que você quer é apenas dar mais sopinha pra pilantras.

Em Tortuga, o Estado não é a solução, porque o Estado é o LADRÃO!

Press-Release

"Homem na escuridão "

"Black Flag"

Ashram

Depois de mostrar motéis baratos e retratos de almas em profusão, o artista plástico João Werner apresenta uma nova exposição em sua galeria em Londrina, intitulada "Ladrão!".

Mantendo o humor ácido de suas exposições anteriores, Werner reune 24 pinturas digitais que retratam, em linguagem expressionista, os mais variados matizes da violência social. Desde brigas interpessoais e acalorados protestos de rua, até as dramáticas "Homem na escuridão", as quais retratam pessoas (presos políticos, talvez) subjugados sob a violência sem face do Estado.

Considerando o que temos visto nos recentes movimentos do "Ocupa Wall Street" ou na dramática, assim denominada, "Primavera árabe", estas pinturas de Werner retratam um universo cultural atual, de movimentos contestatórios sociais.

- "Bem, minhas pinturas 'Dano à propriedade' são de 2008 e eu até achei estar fazendo pinturas anacrônicas", diz o artista. "Já estava ouvindo alguns amigos insinuarem uma certa adolescência tardia nos temas destes meus trabalhos, quando testemunhei o início dos movimentos contestatórios na Tunísia, em 2010. Foi uma ótima surpresa para mim ver que o desejo por mudanças sociais ainda não havia sido extirpado da espécie humana".

Este acento anarquista revela-se, também, em pinturas como "Distribuição de renda", "Black flag" ou em "Toda riqueza provém de violência". Em uma linguagem visual colorida e intensa, Werner não teme revisitar os velhos bordões da esquerda radical nessa confortável e carola época pós-moderna em que vivemos.

Se o espectador desta recente exposição de João Werner vai iniciar a próxima revolução, ninguém sabe. Mas, certamente, quem visitar esta "Ladrão!" terá a oportunidade de ver mais um belo exemplo da inventiva produção digital do artista.

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Convocatória: Pindura a Língua no Varal

Prezado amigo folião,

Neste sábado, a partir das 13 hs, estaremos realizando uma farândola carnavalesca com folguedos e tertúlias musicais de outros carnavais.

É o encontro anual do Grêmio Recreativo Pindura a Língua no Varal.

Urge lembrar-vos que na festiva oportunidade agraciaremos os convivas com uma competentíssima audição da charanga do sargento brandão, conhecida internacionalmente pelas ações de marketing do brasileirão dos móveis e das casas lealtex.

Ainda teremos o mago da acordeão, roberto tomich e convidados.

E, para maior deleite dos presentes, preparamos um cardápio especial de comida de buteco, ao mesmo tempo que esforçaremos ao máximo para proporcionar uma ambientação festiva e alegre.

Prazerosamente comunicamos que os linguarudos que assinarama ata do encontro de 2001 será brindado com um mimo etílico especial.

Na oportunidade antecipamos nosso sinceros agradecimentos pelos presentes, ao tempo que registramos nossa total compreensão pelos motivos dos faltosos.

Vosso fiel servo e admirador,

Sérgio Abdulah

Arlequim amador e adjunto de folias da EDM

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Modelo de Negócios Criativos

Retirado do Cultura e Mercado em 27/01/2011 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/tvcem/modelo-de-negocios-criativos/

Em mais uma palestra do programa Empreendedores Criativos, o advogado José Mauricio Fittipaldi aborda as possibilidades e modelos de negócios diante de um cenário favorável para o desenvolvimento de negócios criativos.

Mônica Herculano http://www.uiadiario.com.br

Mônica Herculano é jornalista e produtora cultural. Diretora de redação de Cultura e Mercado e editora do www.uiadiario.com.br. Twitter: @nicklanis Para mais artigos deste autor clique aqui

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Funarte abre exposição em homenagem ao centenário de Nelson Rodrigues

Retirado do site da Funarte em 27/01/2011 do endereço:

http://www.funarte.gov.br/teatro/funarte-abre-exposicao-em-homenagem-ao-centenario-de-nelson-rodrigues/

 Fotos, textos e objetos pessoais revelam um pouco da vida e obra do dramaturgo

Nelson Rodrigues – Foto: Cedoc/Funarte

Em cartaz a partir de 31 de janeiro, no Teatro Glauce Rocha, no Rio, a exposição Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico abre, neste ano, as comemorações e homenagens ao centenário de um dos maiores dramaturgos brasileiros. Nelson Rodrigues, se fosse vivo, completaria 100 anos em agosto.

A convite da Fundação Nacional de Artes – Funarte, os curadores Crica Rodrigues e Nelson Rodrigues Filho fazem um recorte na extensa e variada obra do polêmico escritor e contam um pouco da história de cada uma de suas 17 peças teatrais.

Para o presidente da Instituição, Antonio Grassi, a exposição é também uma oportunidade para que as novas gerações conheçam um pouco do universo rodriguiano. “Considero importante homenagear esse que é um dos maiores nomes da dramaturgia nacional. Sua obra, provocante e original, muito contribuiu para a nossa cultura. Nelson Rodrigues foi o pioneiro da dramaturgia moderna brasileira e seus textos expõem o inconsciente da classe média. No centenário de seu nascimento, a Funarte tem o prazer de trazer ao público um pouco de sua vida e obra”, afirma.

Cedidos do riquíssimo acervo do CEDOC – Centro de Documentação da Funarte, textos do próprio autor, de diretores de teatro, matérias de jornal, programas das peças, críticas, além de memoráveis e históricas fotos, desde a estreia com A Mulher Sem Pecado até A Serpente, sua última peça, fazem a fotografia da época em painéis deslizantes que levam a um passeio pelo que ele chamou de “O Teatro Desagradável: as peças Psicológicas, as Míticas, chegando às Tragédias Cariocas – muito felizmente divididas desta maneira por Sábato Magaldi.

Experientes habitantes do mundo rodrigueano, como artistas que são, o cenógrafo Ronald Teixeira, vencedor da Triga de Ouro, maior prêmio de cenografia do mundo, na Quadrienal de Praga, e a sempre premiada luz de Aurélio de Simoni trazem à exposição o calor da alma humana, muito bem descortinada na obra teatral de Nelson Rodrigues. O áudio de uma entrevista concedida pelo autor à Fernanda Montenegro será disponibilizado em fones. Algumas roupas que o dramaturgo costumava usar e sua inseparável máquina de escrever também ficarão expostas ao público. No ambiente, além de frases emlooping, os visitantes poderão ouvir algumas das músicas preferidas de Nelson.

Junto a todos os movimentos comemorativos espalhados pelo Brasil, a exposição Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico torna-se mais uma fonte de informação e pesquisa, proporcionando às novas gerações o resgate do autor que mais conhecia a alma do brasileiro.

Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico

Teatro Glauce Rocha – Sala Aloísio de Magalhães

Av. Rio Branco,179 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)

Telefone: (21) 2220 0259

Abertura: 31 de janeiro, terça-feira, às 19h

De quarta a domingo, das 10h às 20h

Entrada gratuita

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Maria de Medeiros, Isabel Coixet e a ONU no painel de juízes do Festival de Cinema We Art Water

MADRI, 26 de janeiro de 2012 - /PRNewswire/ -- Festival de Cinema We Art Water.  A primeira competição internacional de curtas-metragens busca a sensibilização do público em todo o mundo para o problema da água e segurança alimentar, como parte do Dia Mundial da Água 2012.

A Fundação We Are Water apresentou a primeira edição do Festival de Cinema We Art Water no Roca Madri Gallery, que visa reconhecer e premiar o talento daqueles que sabem como transmitir a mensagem do problema da água e da segurança alimentar através do seu trabalho audiovisual.

O painel para o primeiro ano está composto por vários nomes do mundo do cinema, da literatura e em cooperação com Maria de Medeiros, Isabel Coixet e Carlos Jiménez Renjifo, representante da ONU, entre outros.

O concurso está aberto a todos os adultos, e consiste na criação de peças audiovisuais com duração entre 1 e 3 minutos para uma das três categorias: micro documentário de ficção ou não ficção, animação, e móvel. As inscrições serão aceitas até o dia 30 de abril de 2012 pelo site: www.weartwaterfestival.org

O Festival de Cinema We Art Water conta também com o apoio de várias organizações. Durante a apresentação, Afsane Bassir Pour, diretor do Centro Regional de Informação das Nações Unidas (UNRIC), declarou: "Através de iniciativas como o Festival de Cinema We Art Water, queremos mostrar aos líderes mundiais, durante a conferência Rio 20, o tipo de futuro que as pessoas querem. Precisamos de "artivistas", ativistas-artistas que nos ajudem a difundir a mensagem da importância da água no mundo, não por meio de palavras poderosas, mas simplesmente com imagens".

images : http://www.wearewater.org/en/maria-de-medeiros_2033

Mais informações no:
www.wearewater.org
Assessoria de Imprensa da Fundação We Are Water
Rosalía del Rio / Gabriela Pis
rdelrio@ulled.com
gpis@ulled.com
34-915-629-083 // 34-629-452-452

FONTE: We Are Water Foundation

FONTE We Are Water Foundation

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Cultura Viva

Retirado do site do MINC em 26/01/2011 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/25/cultura-viva-15/

MinC debate em Porto Alegre o redesenho do programa com redes estaduais e municipais

O projeto de redesenho do Programa Cultura Viva foi discutido nos dias 22 e 23 de janeiro, em Porto Alegre, durante o encontro promovido pela Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC) – futura Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural – com os gestores das redes estaduais e municipais dos Pontos de Cultura e com a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC). Também participaram do evento vários outros representantes do MinC, incluindo as secretarias de Articulação Institucional, Políticas Culturais, Economia Criativa (em estruturação no ministério) e a Secretaria Executiva.

A iniciativa na capital gaúcha buscou estabelecer um diálogo entre as partes, explorando temas relacionados à gestão, sustentabilidade e capacitação. Boa parte do primerio dia do encontro foi dedicada aos trabalhos em grupos, que elencaram questionamentos e demandas para apresentar à secretária da SCC/MinC na segunda-feira (23).

De acordo com a secretária de Cidadania Cultural, Márcia Rollemberg, a palavra redesenho poderia ser substituída por planejamento, considerando-se a necessidade de se fomentar uma rede de cidadania cultural e de buscar alternativas para a ampliação das ações do Programa e, ainda, estimular a sustentabilidade do processo. “Trata-se de um trabalho que requer empenho de todos os envolvidos, sendo necessária a apropriação, por parte dos personagens, da filosofia que norteia o programa e das interligações com as demais ações empreendidas pelo MinC”, ressaltou a secretária.

A titular da SCC/MinC chamou a atenção para a atual configuração dos pontos de cultura em todo o país, utilizando-se da relação entre indicadores como a renda per capita e o investimento por cidadão. Ela destacou que a busca de alternativas para o fortalecimento do Cultura Viva passa, necessariamente, pela integração de três questões estratégicas, que fundamentam as ações do MinC: comunicação, cultura e educação.

Opiniões

De acordo com Bernardo Machado, da Secretaria de Articulação Institucional do MinC, quatro palavras poderiam resumir os direitos culturais de todo cidadão e coletivo, que devem ser mantidos pelo Estado: liberdade (de criar), igualdade (no acesso), identidade (respeitando-se a diversidade) e intercâmbio (nacional e internacional). “É nesse sentido que os conselhos de cultura devem ser a cabeça do Sistema Nacional de Cultura, tanto no âmbito estadual quanto no âmbito nacional”, completou.

Para João Pontes, gestor da rede estadual do Rio Grande do Sul, as falas evidenciaram a necessidade de um pacto federativo, que atue no sentido de unificar comportamentos e processos por parte dos estados e municípios. Segundo ele, os entes federados precisam estabelecer atribuições, responsabilidades, metodologias e indicadores submetidos ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). “Qualquer estado ou município que opte pela adesão ao SNC tem que estar comprometido com o Programa Cultura Viva, de forma a demonstrar disposição de se estabelecer um discurso conjunto no planejamento das ações”, frisou.

Já Leri Faria, da CNPdC , defendeu que “já está na hora de estabelecermos uma agenda efetiva de trabalho com quem está na ponta do processo, com quem está no meio e com quem está na função decisória do governo”. Ele destacou o tripé do programa – empoderamento, gestão compartilhada e protagonismo – como elemento estruturante de transformações concretas na vida das pessoas.

Importância do Cultura Viva

De acordo com José Maria Reis (Zehma), do CNPdC, dois pontos ficaram muito claros nesses dois dias de diálogo: a importância do Programa Cultura Viva e da manutenção de suas ações.  “Esse diálogo é um processo de multiplicação que vai expandindo uma rede que se constrói presencial e virtualmente”, afirmou. Ele ressaltou o compromisso e a disposição de todas as partes envolvidas em participar dessa construção, por meio do diálogo.

Leri Faria disse que, “quando um convite para um diálogo acontece desta forma, provoca uma

reflexão profunda também em nosso coletivo: olhamos ao redor e percebemos as limitações da nossa atuação nessa transformação do real”.  Frisou, em seguida, que “estamos disponíveis a participar dessa construção”.

Leia mais:

Secretária Márcia Rollemberg se reuniu com gestores das redes de Pontos de Cultura neste domingo

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curta no mucury cultural: Furicó e Fiofó

Toda semana um novo curta do Porta Curtas!

Assista, não perca!

Gênero: Animação

Diretor: Fernando Miller

Ano: 2011

Duração: 8 min

Cor: indisponível

Bitola: 35mm

País: Brasil

Local de Produção: RJ

Sinopse: Molecagens.

Ficha Técnica

Produção: Érica Valle

Roteiro: Fernando Miller

Edição: Fernando Miller

Animação: Fernando Miller

Som: Marcos Campello

Efeitos Especiais: Érica Valle

Música: Marcos Campello

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A Peleja da Cultura: Folha X MINC

Mucuryanos,

É o seguinte, ontem no brasilianas, comunidade de jornalismo colaborativo fundada pelo jornalista Luis Nassif publicou um texto que nos interessa diretamente. O assunto do texto transcrito por Adriano . Ribeiro, claro é cultura, mais especificamente Política Cultural, uma avaliação feita pelo jornal Folha de São Paulo das ações do Ministério da Cultura na gestão de Ana de Hollanda. E o MINC publicou em seu site uma resposta ao jorna, evidentemente rebatendo as críticas.

Vamos fazer o seguinte, leremos os dois artigos e depois palpitamos nos comentários, o que acham? Então eis aí:  

Projetos prioritários da Cultura estão estagnados

Retirado do brasilianas em 26/01/2012 do endereço:

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/projetos-prioritarios-da-cultura-estao-estagnados

Autor: Adriano S. Ribeiro

Vale Cultura está parado na Câmara e Pontos de Cultura têm problemas

As Praças do PAC tiveram R$ 164,8 milhões empenhados, mas nenhuma obra foi iniciada ainda

NÁDIA GUERLENDA*

DE BRASÍLIA

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER*

DE SÃO PAULO

* Autoras do texto original que foi retirado do Folha de São Paulo.

Em seu discurso de posse, há um ano, a ministra Ana de Hollanda tinha pressa.

"Por favor, vamos aprovar [...] o nosso Vale Cultura, para que a gente possa implementar o mais rapidamente possível a inclusão da cultura na cesta do trabalhador."

Mas o projeto de lei está estagnado na Câmara dos Deputados. Aprovado pelo Senado em 2009, voltou à Câmara para nova análise. Ainda não foi à votação, mesmo após inúmeros requerimentos.

O Vale Cultura servirá como espécie de "vale-alimentação", de R$ 50, para aqueles com até cinco salários mínimos gastarem com cinema, livros e shows, por exemplo.

O secretário de Fomento à Cultura, Henilton Parente, atribui a demora a um impasse sobre "o impacto que a inclusão dos aposentados [no benefício] vai causar [nas contas] do governo". Ele aposta que esse ponto cairá na Câmara ou por veto presidencial.

DEVAGAR

Não é o únic projeto estratégico do MinC que acabou o ano sem evoluir. Na posse, Ana de Hollanda destacou os Pontos de Cultura e as Praças do PAC, destinadas a atividades esportivas e culturais.

Os Pontos de Cultura sofreram em 2011. Houve atrasos de mais de seis meses no reembolso aos gestores. Dois editais foram cancelados. A secretária responsável pelo projeto, sob fogo de críticos, pediu demissão em setembro.

"Em 2010 as coisas estavam ruins, mas o retrocesso aumentou com a entrada da Marta Porto. Tivemos apenas um encontro. E ela não respondeu a nossas demandas", afirma Geo Britto, da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.

Secretário-executivo da pasta, Vitor Ortiz afirma que "nenhum cancelamento [de edital ou convênio] foi determinado por questão política", e sim "por falha processual".

As Praças do PAC, que críticos chamam de "Praças do Crack" -pois poderiam acabar abandonadas-, tiveram R$ 164,8 milhões empenhados num orçamento autorizado de R$ 227 milhões. Nada foi pago em 2011, segundo informações do Siga Brasil.

Nenhuma obra foi iniciada. De acordo com Ortiz, as unidades estão em fase de contratação. "A meta são 388 praças concluídas até dezembro."

A marcha também é lenta para a reforma da Lei de Direitos Autorais. Em 2011, Ana reabriu a consulta pública já encerrada na gestão anterior.

Esperava-se que a nova lei previsse um órgão de controle do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Mas o texto entregue à Casa Civil traz um órgão enfraquecido, o que desagradou a governo e classe artística.

Em 2011, um grupo de artistas (Ivan Lins e Fernanda Abreu entre eles) pediu ao Ministério da Justiça que a reforma dos direitos autorais vire responsabilidade da pasta.

O músico Sérgio Ricardo diz que a falta de maior fiscalização do Ecad o leva à conclusão de que "o padrasto deste filho abandonado não seria Cultura, mas Justiça".

Para a compositora Cristina Saraiva, não é birra com a gestão atual. "Justiça tem peso maior e está menos sujeita a interesses diversos."

Haverá reuniões "para esclarecimento de proposições inovadoras constantes do anteprojeto" antes de enviá-lo ao Congresso, segundo o MinC.

O ProCultura, mecanismo de incentivo fiscal substituto à Lei Rouanet, também avança a passo de tartaruga. O projeto está parado na mesma comissão da Câmara há um ano.

De 1991, a lei é criticada até por dirigentes do MinC. "Da forma que está hoje, [a lei] não cabe mais", afirma o secretário Henilton Parente.

Colaborou MATHEUS MAGENTA

Texto original retirado deste endereço: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/21579-projetos-prioritarios-da-cultura-estao-estagnados.shtml

Nota de esclarecimento

Ministério da Cultura responde à réplica da Folha de S.Paulo

Resposta ao jornal Folha de São Paulo, que replicou carta do Ministério da Cultura no Painel do Leitor de 25/01/2012:

1- As prorrogações nos prazos para contratações das Praças do PAC se dão por solicitação dos próprios municípios que alegaram dificuldades no cumprimento de demandas técnicas do projeto de engenharia, licenciamento ambiental, aprovação dos projetos no Corpo de Bombeiros e de comprovação de titularidade dos terrenos.

2 – De 401 projetos selecionados, indeferiu-se 13. De 388 projetos, 60 estão contratados. Outros 35 estão com as análises de engenharia concluídas, mas não assinaram Termo de Compromisso.

3 – Prova de que o cronograma segue o previsto (algo que a autora da matéria não reconhece) é que o município de Sorriso (MS) fará lançamento das obras em 16/02/2012. Os municípios têm até 31/01/2012 para sanar pendências e até 28/02/2012 para a Caixa Econômica Federal contratar os projetos.

4 – Em relação à reforma da Lei do Direito Autoral, não houve a reabertura da consulta pública que é um procedimento da Casa Civil e foi realizada no ano de 2010. A nova gestão apenas abriu prazo para contribuições ao teor do anteprojeto de lei que retornou da Casa Civil da Presidência da República, com nova oportunidade para manifestação de caráter especialmente técnico e jurídico sobre o tema.

5 – Quanto à supervisão que o Estado pretende exercer, através do Ministério da Cultura, e não fiscalização como registrado na matéria, não se aplica apenas ao ECAD, mas a todas as associações de titulares de direitos autorais de qualquer expressão criativa.

6 – Por fim, ainda em relação à supervisão estatal, ao contrário do que afirma a jornalista em sua resposta, não houve nenhuma manifestação contrária do governo e conta com um forte  apoio das classes artística e produtora, com poucas exceções.

Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pindura a Língua no Varal, sábado, 28/01

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“RODA”, de Raquel Junqueira e Carla Maia na Mostra de Tiradentes

Enviado por Ana Beatriz Nogueira

http://mostratiradentes.com.br/filme-detalhe.php?menu=prog&sub=fil&cat=Longa&mostrinha=0&CodFilme=13812

Pela 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes, teremos um filme da Cineasta Raquel Junqueira natural de Teófilo Otoni, como nos relatou ontem a fotógrafa Ana Beatriz Nogueira.

Então atendendo ao pedido de divulgar o trabalho de nossa conterrânea e vislumbrarmos o que nos espera em 2012 quanto à 7ª arte neste Mucuri:

RODA
DOCUMENTÁRIO, COR, DIGITAL, 72MIN, 2011, MG
DIREÇÃO: CARLA MAIA E RAQUEL JUNQUEIRA

EXIBIÇÃO:
26/01 | quinta
21h
CINE PRAÇA

Entre sambas e memórias, compositores, intérpretes e instrumentistas da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte fazem roda.

ELENCO: Mestre Conga, Sílvio Luciano, Cezar de Aguiar, Doneliza, Jadir Ambrósio, Waltinho Sete Cordas, Mauro Saraiva, Plínio Saraiva, João Saraiva, Juarez de Araújo, Kalu, Lagoinha, Lúcia Santos, Mandruvá, Ronaldo Coisa Nossa, Rosalvo Brasil, Zé do Monte.
EMPRESA PRODUTORA: Associação Filmes de Quintal

Imagem: Divulgação

Confiram o trailer:

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2011: o ano em que o Brasil descobriu o coletivo

Retirado do Cultura e Mercado em 25/01/2012 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/crowdfunding/2011-o-ano-em-que-o-brasil-descobriu-o-coletivo/

Por Mônica Herculano

Em 2011 os brasileiros acompanharam um verdadeiro boom das plataformas de financiamento coletivo. Mas não só isso. O “movimento crowd” vem ganhando cada vez mais força no país.Crowdsourcing, crowdfunding (que acaba de ganhar um canal especial aqui no Cultura e Mercado),crowdlearning – entre outros que provavelmente já existem por aí e a gente nem sabe ainda – viraram febre.

E esse interesse veio não apenas de quem tem um projeto bacana e não sabe como colocar em prática, ou não tem um financiador, mas também por aqueles que entendem muito de internet e viram aí uma oportunidade de aproveitar ainda mais (porém nem sempre melhor) o uso da rede mundial de computadores.

“O maior acerto, sem dúvida, foi o foco iniciado pelo Catarse: projetos culturais. O Brasil é um país muito carente de apoio para projetos culturais, e utilizar o crowdfunding como alternativa de financiamento para eles foi excepcional. O maior equívoco foi o estouro de plataformas, embaladas pelo sucesso do Catarse. Muito fundadores simplesmente colocaram suas plataformas no ar sem nenhum planejamento ou visão de mercado. E muitas simplesmente desapareceram”, afirma Rafael Zetti, fundador da ideias.me, considerada pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios como uma das 45 startups que estão mudando a cara da internet brasileira.

Zatti foi o primeiro estrangeiro a entrar no grupo Crowdsortium, que regula o crowdsourcing nos EUA. Para ele, há uma supervalorização do crowd no Brasil e muita coisa vem nascendo apenas na empolgação. “Apesar de muita gente considerar isso bom para o movimento, eu penso o contrário: estamos recém consolidando o modelo crowd no Brasil e ainda não há uma consciência coletiva desenvolvida, a ponto de não nos preocuparmos com o que é lançado”, alerta.

Segundo ele, várias plataformas não conseguiram financiar projetos não pelo projeto ser ruim, mas por falta de conhecimento. “A maioria culpa o movimento (crowdfunding) que não soube entender seu projeto, colocando em descrédito algo que deveria servir como instrumento financeiro para ele.”

Outro alerta é que algumas plataformas não se preocupam com o pós-projeto, quando os donos do projeto devem executá-lo e entregar as recompensas. “O que acontece é que muitas recompensas acabam atrasando demais ou não sendo entregues. Pessoas que não receberam suas recompensas acabam não apoiando outros projetos. Todo mundo perde”, diz Zatti.

Em seu blog, o Crowd o quê?, Zatti listou as plataformas que nasceram (e as que morreram) em 2011.Clique aqui para ver.

Também há uma lista de projetos bem-sucedidos, como é o caso da Banda Mais Bonita da Cidade – que teve seu primeiro CD financiado pelos fãs – e o de Belo Monte – documentário que arrecadou mais de R$ 140 mil, de 3.429 colaboradores.

“Há muito potencial no movimento crowd não apenas para 2012, como também para os anos seguintes. Costumo dizer que recém estamos arranhando a multidão. Há várias ideias de plataformas que conheço que ainda não foram viabilizadas aqui e ainda temos uma enormidade de usuários de internet que ainda não conhecem o crowdsourcing ou crowdfunding. Talvez este seja, inclusive, o maior desafio para 2012: tornar o movimento crowd tão popular quanto é o e-commerce hoje. Tem muita gente boa trabalhando pra isso e, acredito eu, que seja apenas questão de tempo”, afirma Zatti.

Artigo - Para evitar erros por empolgação com o termo, é bom analisar se o seu projeto ou a sua ideia realmente precisam estar em uma plataforma crowd para serem viabilizados. Leia aqui artigo de Rafael Zatti sobre essa questão.

Mônica Herculano http://www.uiadiario.com.br

Mônica Herculano é jornalista e produtora cultural. Diretora de redação de Cultura e Mercado e editora do www.uiadiario.com.br. Twitter: @nicklanis Para mais artigos deste autor clique aqui

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Teló, BBB e a "patrulha do bom gosto"

Retirado do Overblog em 24/01/2012 do endereço:

http://www.overmundo.com.br/overblog/telo-bbb-e-a-patrulha-do-bom-gosto#-overblog-15178

Por Marcelo Cabral · Maceió, AL

G. Kapustjanskiy / CC-BY-SA 3.0. Fonte: Wikimedia Commons

“Tenho enorme receio quanto a essa patrulha do ‘bom gosto’ envolvendo música”. Com estas palavras, em seu twitter, o talentoso músico e produtor paulistano Daniel Ganjaman, do núcleo de produção musical INSTITUTO, disse exatamente o que eu estava pensando naquele momento. Nem sei sobre o que exatamente Ganjaman estava falando, mas mandei retweet na hora, dado a alvoroço sobre a “polêmica” manchete de capa da revista Época, que vendia Michel Teló como queridinho da classe média brasileira, o que parece ter ofendido a parcela que se considera mais “pensante” deste mesmo segmento.

Cara, você não gosta da música do Michel Teló? Grande coisa, também não gosto, então, desliga o rádio, muda a estação ou coloca aquele mp3 do Chico Buarque pra tocar no teu som! Não gosta de BBB? Então, Caramba! Muda de canal, e não enche!

Ao bem da verdade, como muita gente que não acompanha este gênero de música, eu também soube de Michel Teló quando vi o garoto estampado na capa da Época, enquanto procurava minha edição mensal da revista Vertigo. Só fui escutar, de verdade, a tal música, muito depois de escutar as indignadas reclamações sobre a canção do rapaz. Coisas incríveis como “isto devia ser proibido”, ou “onde este país vai parar?” e um sem número de posturas deste tipo. A meu ver: Elitistas e preconceituosas, por mais eu que defenda o direito das pessoas manifestarem suas opiniões democraticamente e tal. Afinal, estou fazendo isto agora.

Quanto à música em si, pensei que encontraria uma verdadeira ode ofensiva contra a moral, os bons costumes, e a civilização ocidental como um todo... já estava quase gostando do sujeito. Imagine minha decepção ao encontrar uma dessas canções facinhas e inofensivas, projetadas pra dar certo e colar como chiclete na cabeça e nos quadris do belo povo brasileiro. Super pop. Sucesso total. Qual a surpresa nisso?

Fico pensando que muita gente desta suposta “elite intelectual” poderia colocar suas brilhantes cacholas para pensar coisas mais importantes, em construir soluções para problemas mais relevantes, se é que Teló é problema, eu não acho. Só o setor cultural mesmo, por exemplo, tem várias questões práticas para serem pensadas hoje no país e regionalmente. Muitas das pessoas da “patrulha do bom gosto” reclamam de pagar 20 ou 30 reais para assistir espetáculos de artistas e autores locais, que eles consideram “de qualidade”, em suas cidades, mas estão preocupadas com o que o pessoal escuta no rádio ou assiste na TV.

O mal televisivo do século

Sobre o Big Brother Brasil, mal começou a edição deste ano, já começa a chover emails na minha caixa de entrada. De “intelectuais” indignados com a pobreza de conteúdo, da baixaria, da banalização disso e daquilo, blá, blá, blá.

Pessoal. O BBB esta em sua DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO (12ª) no Brasil. De novo a pergunta: Qual é a surpresa?

É um formato que vingou totalmente na televisão mundial do reality show. A idéia de colocar alguns humanos como ratos de laboratório em um daqueles pequenos labirintos de vidro funcionou. Os outros formatos televisivos passavam por certo desgaste, etc e tal. Alguém surgiu com este formato. Deu certo. Pimba! Enquanto o povo gostar, o pessoal da TV ganha sua grana, os anunciantes vendem seus produtos, quem gosta de assistir tem sua diversão, e todo mundo fica feliz. Fim da história. A mesma coisa com o Michel Teló, o menino tem uma super produção, esquemão profissional, deve estar empregando um monte de gente, de roadie a técnico de som, ao ambulante que vende um rango de rua na saída do show dele. Enfim, deixem o menino ganhar seu dinheiro em paz!

Resumindo então. Meu recado pra “patrulha do bom gosto” é viva e deixe viver meu caro. Escute e assista o que quiser, o controle remoto é sua maior arma, mas não seja o ditador do gosto dos outros. Ou como dizia o poeta, “cada um no seu quadrado”. Se quiser chorar as pitangas do mau gosto nacional, faça isso entre os seus, durante o chá das 17:00h, mas não fica entupindo as redes sociais e indefesas caixas de emails da gente humilde e trabalhadora como eu, de “menas leitxura”, que, certamente, não precisa de sua ação vigilante para nos defender dos males da cultura de massa contemporânea.

O caso Veríssimo

Este, pra mim, foi o cúmulo do patrulhamento. Vejam só. Os patrulheiros chegaram ao ponto de criar textos e perfis fake de personalidades para dar credibilidade a sua propaganda anti-mau-gosto e anti-BBB. O Luís Fernando Veríssimo, conta, via Blog do Noblat, sobre o tal texto atribuído a ele, que não é de sua autoria, mas assinado como sendo dele e que circula na rede, criticando o BBB. No blog, ele diz que as pessoas não se conformam quando ele esclarece que não escreveu aquilo. Muito engraçado. Vale à pena conferir aqui.

Quando digitei o nome do escritor Veríssimo e do popular programa televisivo na busca do Google, o resultado mostrou o texto falso atribuído a Veríssimo, que desce a marreta no BBB, postado e re-postado com orgulho paladino em diversos sites, na sua maioria, religiosos. Parece que finalmente, “intelectuais” e religiosos encontraram uma luta em comum para partilhar. Que Deus tenha piedade de nós.

(publicado originalmente, em versão mais desbocada e sem cortes, no Blog Da Vida e do Mundo).

(Crédito da imagem: G. Kapustjanskiy / CC-BY-SA 3.0. Fonte: Wikimedia Commons - "Soviet soldiers in Great Patriotic War").

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Grupo In-Cena de Teatro premiado em Rio Espera

É com muita alegria que noticiamos a premiação de um espetáculo de um de nossos grandes parceiros, o Grupo In-Cena de Teatro.

Desta vez com o espetáculo de rua “Esse lugar chamado Brasil” teve 7 indicações e trouxe 4 prêmios da II Mostra de Teatro de Rio Espera:

Melhor atriz: Andrine Maisch

Melhor atriz coadjuvante: Mayara Cruz

Melhor espetáculo

Melhor figurino

O In-Cena já acumula dezenas de premiações em festivais de todo o Estado e prepara-se para o Fringe 2012 ( Festival de Curitiba).

Merda para todos! E parabéns, claro.

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clipe farewell love song - graveola

Graveola e o Lixo Poífônico, conhece?

Se sim, curta este clipe pra lá de do cacete!

Se não, conheça então!

realização

luísa rabello, priscila amoni e bernard machado

finalização

maurício rezende

colaboração

victor dias

agradecimentos

pedro aspahan

máximo soalheiro

estúdios quanta

filmes de quintal

fábrica de pregos são lucas

farewell love song (luiz gabriel lopes e césar lacerda)

graveola e o lixo polifônico (eu preciso de um liquidificador, 2011)

belo horizonte

sonzera filmes | 2012

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Poeira especial Rock Nacional

Depois de rodar um pouco mais, tem Poeira de novo.

Programa do baixista da Banda Motor V8, Lacy Souza, produzido pelo grande Valmer Batista, um sacerdote do Rock!

E confiram o site da banda Motor V8, clique aqui, e aqui estão ou outros Poeiras para ouvir e baixar!

Confira e curta a página do Poeira Rock no facebook, clique aqui.

Confira a playlist deste programa:

Bloco 1

1 – Roberto Carlos – “Todos Estão Surdos”

2 - Os Mutantes – “Cantor de Mambo”

3 – O Terço – “Hey, Amigo”

4 – Chico Buarque e A Cor do som – “Hino de Duran

Bloco 2

5 – Rita Lee – “Corista de Rock”

6 – Rita Lee – “Coisas da Vida”

7 – Casa das Máquinas – “Casa de Rock”

Bloco 3

8 – Made in Brazil – “Vamos Todos à Festa”

9 - O Peso – “Cabeça Feita”

10 – Raul Seixas – “Rockixe”

11 – Tim Maia – “Não Vou Ficar”

Segunda-feira: 21h:00min

Quarta-feira (reprise): 19h:00min

Produção: Valmer Batista e Lacy Souza

Locução: Lacy Souza e Rômulo Langkammer.

Edição e técnica: DJ. José Carlos

Contato: lacymaster@hotmail.com

Ouçam a chamada:

Chamada Poeira by mucury cultural

 
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YouTube lança concurso internacional de curtas

Retirado do Cultura e Mercado em 23/01/2012 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/editais/youtube-lanca-concurso-internacional-de-curtas/

O YouTube anunciou nesta quinta-feira (19/1) que irá promover uma competição global de curtas-metragens, o Your Film Festival. O vencedor receberá US$ 500 mil para iniciar um trabalho na Scott Free Productions, produtora do diretor britânico Ridley Scott.

Podem participar da competição curtas-metragens, documentários ou séries (nesse caso, um programa piloto) desenvolvidas para a web, com até 15 minutos de duração.

Os 50 melhores vídeos serão escolhidos por jurados da produtora de Ridley Scott. Eles passarão, então, pelo crivo do público, que irá eleger seus preferidos.

Os autores dos dez melhores vídeos (dois de cada continente) ganharão uma viagem para participar do Festival Internacional de Cinema de Veneza, onde os curtas serão exibidos. Só então um júri especial anunciará o vencedor do grande prêmio.

O Your Film Festival está alinhado com outras iniciativas do YouTube para fomentar o surgimento de novos talentos, como o documentário Life in a day, lançado em 2011 a partir de vídeos enviados por usuários do Youtube de todo o mundo.

As incrições poderão ser feitas entre os dias 2 de fevereiro e 31 de março. Mais informações estão disponíveis no site www.youtube.com/yourfilmfestival.

*Com informações do site da revista Época

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Sapatos, cachorros e liberdade de expressão

Retirado do Questões Cinematográficas em 23/01/2012 do endereço:

http://origin.revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-cinematograficas/geral/sapatos-cachorros-e-liberdade-de-expressao

Por Paola Prestes

Colaboradora periódica, Paola Prestes faz a seguir o que ela mesma chama de “comparação à primeira vista talvez improvável” entre dois personagens, Joyce McKinney, de Tabloide,  documentário dirigido por Errol Morris, e Jafar Panahi, de Isto não é um filme. [EE]

Werner Herzog já comeu um sapato por Errol Morris. No final da década de setenta, desafiou o então jovem e esmorecido Morris a fazer seu primeiro documentário de longa-metragem, Gates of Heaven. Quando o filme foi concluído, Herzog cumpriu sua palavra: temperou seus sapatos com alho, cebola e alecrim, e os cozinhou emfogo brando por cinco horas. Porém, só degustou um pé, com estoicismo bávaro, vinho tinto e muita publicidade. A refeição pode ser vista no documentário de Les Blank, Werner Herzog eats his shoe (1980). [Veja  fotos reproduzidas de frames do filme à esquerda e abaixo]

Gates of Heaven mostra dois cemitérios de animais de estimação na Califórnia e as pessoas que gravitam em torno deles. É o retrato de uma sociedade em pleno exercício e fruição da fartura capitalista norte-americana, por um recorte insólito: a relação ser humano-animal, isto bem antes do Brasil passar de devedor a credor do FMI e, consequentemente, bicho de estimação virar pet nos living rooms da classe média brasileira. Assim como a escassez, o excesso provoca desvios psicológicos e deformações morais que Morris procura explorar em seu filme.

Começar a carreira com uma fada madrinha de botinas de camurça comestíveis e sotaque alemão não é pouca coisa quando essa fada atende pelo nome de Werner Herzog. Nos anos seguintes, Morris procurou fazer jus à graça recebida realizando A tênue linha da morte(1988), Rápido, barato e fora de controle (1997), Sr. Morte: Ascensão e queda de Fred A. Leuchter Jr. (1999) e Sob a névoa da guerra (2003). Se neste último filme trabalha com um personagem histórico, o ex-Secretário de Defesa norte-americano Robert McNamara, nos demais seus personagens estão na chave em que se ele especializou: a pessoa comum incomum.

Apesar disso, Morris pelo jeito nunca cantarolou o verso “De perto ninguém é normal” no chuveiro e se tornou uma vaca muito mais sagrada do que profana no cinema documentário americano. Se, pelo princípio ético que pauta todo documentarista que se preza, Morris sabe que é feio fazer planos fechados em lágrimas furtivas, não economiza zoom no momento de registrar o que há de menos belo e louvável por trás do globo ocular: obcecado por obsessões, enfoca tudo aquilo que claudica na mente humana. O que me faz pensar que uma lágrima é bem pouca coisa quando comparada ao oceano de neuroses, obsessões e idiossincrasias que seus personagens têm a oportunidade de exibir publicamente. Pois não se pode desprezar o fato que a câmera de Morris – não raro em sintonia com as câmeras de programas de televisão frouxamente vinculados a noções de realidade – atiça e exacerba a faceta exibicionista dos personagens por meio do que eles têm de mais absurdo ou chocante. Ou acreditam que irá chocar. [Na foto acima, Errol Morris e Werner Herzog no Festival de Nova Iorque de 2010].

O post Tabloide – doença mental na América de Eduardo Escorel, publicado no final de outubro, comenta o último filme de Morris e seu personagem principal: a ex-Miss Wyoming e aliciadora de mórmons, Joyce McKinney. Pelo trailer do documentário (disponível na internet), dá para ver que Morris não perdeu a mão. Como diria minha filha, ainda sabe causar. O uso de efeitos gráficos e a edição que revela intimidade com o mundo da publicidade (Morris dirigiu dúzias de comerciais para Toyota, Nike, Exxon, Quaker, Citibank, Nasdaq, Bestbuy, etc.) faz Michael Moore parecer um documentarista do Leste europeu. No post, há um vídeo de Ms. McKinney na estreia do filme em Nova York, exercendo o que parece ser sua principal atividade atualmente: falar de si mesma.

A loira senhora exibe um tipo de comportamento maluquinho que a produção audiovisual americana vem disseminando pelo mundo ocidental como sendo o modelo da verdadeira humanidade. Ela é muito gente, boa, sexy a despeito dela mesma, tem direito de expressão garantido pela Constituição e história de vida interessantíssima. É também incompreendida, injustiçada, temente a Deus e, claro, bem intencionada. Se pessoas assim não deveriam causar mais reação do que moscas em hipopótamos sonolentos, a facilidade midiática que elas têm hoje de se expressar, mesmo quando não queremos ouví-las ou vê-las, merece toda nossa irritação. [Na foto ao lado, Errol Morris]

Entre as recentes estreias cinematográficas, há uma comparação, à primeira vista talvez improvável, mas eloquente, entre Joyce McKinney e Jafar Panahi, personagem de seu próprio filme, Isto não é um filme (2010), realizado com a colaboração de Mojtaba Mirtahmasb [ exibido na 35ª Mostra Internacional de Cinema de 2011, o filme estreou em São Paulo em dezembro e estaria para ser lançado no Rio]. A tóxica enxurrada de problemas da carochinha de pessoas como McKinney que congestiona a produção de documentários e programas de televisão, retarda por alguns minutos a compreensão que, no caso de Panahi, estamos diante de um problema palpável e com implicações sérias: seis anos de prisão, proibição de viajar para fora do Irã, proibição de falar com a imprensa e proibição de trabalhar por vinte anos: ou seja, uma violação de direitos civis gravíssima. Quando fez o filme, Panahi ainda aguardava o parecer final da Justiça iraniana a respeito de sua condenação. Em dezembro de 2011, a sentença foi confirmada.

No filme, Panahi abre várias vezes a janela do apartamento onde cumpre prisão domiciliar. A sala é então tomada por sons fortes como o estalar de fogos de final de ano, sirenes e trânsito. A gigantesca grua de um prédio vizinho em construção gira sobre si mesma, ameaçadora, como se procurasse um alvo a ser destruído. Parece querer invadir o pequeno terraço onde Panahi rega suas plantas. Essa imagem insólita e os sons provenientes do mundo do qual Panahi foi banido dão a impressão que, talvez, o único refúgio de sanidade naquela cidade seja o apartamento do cineasta. A verdadeira prisão está do lado de fora, numa sociedade onde não há liberdade.

É extraordinária a sequência final. Depois de se debater como um leão para conseguir fazer o que lhe foi proibido, Panahi vence o desafio que se impôs e rasga a camisa de força da intolerância. Encontra um personagem e conta sua história, tudo isso filmado de uma perspectiva original, o interior do elevador do prédio em que mora. Panahi segue seu personagem quando este sai do elevador, mas é obrigado a parar na porta do prédio. A câmera observa, por trás da barreira invisível de uma ordem judicial: lá fora, ardem fogueiras de fim de ano que mais parecem autos-de-fé a tomar conta da cidade. O que diferencia Isto não é um filme de Tabloide é o fato do filme de Panahi não ser fruto de uma obsessão ciclópica. É a vigorosa afirmação do direito à liberdade de expressão de um homem.

A liberdade de expressão que falta a Panahi [foto ao lado] sobra no caso de Joyce McKinney. Pena ela não ter nada a dizer, fora contar suas gastas estripulias sexuais. Pena Errol Morris acreditar que personagens freaks sejam mais interessantes que pessoas sinceramente comuns. Morris que me perdoe, mas acredito que o cinema documentário tem de ser melhor do que isso. Não pode, depois de tanta resistência, tanta guerrilha e poesia ser reduzido a contribuir para um sistema de produção audiovisual que se alimenta da desgraça, do horror e do que há de mais estúpido na intimidade alheia.

Ao final de Werner Herzog eats his shoe, Herzog diz que vai guardar o segundo pé de sapato para comê-lo quando uma das majors distribuir o filme de Morris. Isso não foi necessário. Assim como aconteceu com a Cinderela, com um pé de sapatinho apenas Morris foi distribuído, ganhou o Oscar (em 2003, por Sob a névoa da guerra) e visibilidade eterna no Olimpo dos produtores de cinema e televisão americanos. Deduzo, portanto, que Werner Herzog ainda tem um sapato cozido guardado na sua despensa. Neste caso, acho que chegou a hora de Herzog comer esse segundo sapato. Desta vez, não por um jovem cineasta cansado antes mesmo da batalha começar, mas por um cineasta que luta para que não lhe destruam a carreira já feita – e a vida –, num país onde fazer cinema representa a genuína loucura transgressora: Herr Herzog, é hora de comer seu sapato por Jafar Panahi. [Paola Prestes]

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