segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fórum global acontece na Rio+20

Retirado do site do MinC em 18/06/12 do endereço:

http://www.cultura.gov.br/site/2012/06/17/forum-global-acontece-na-rio20/

Cultura e sustentabilidade são temas de discussão em fórum organizado no Galpão da Cidadania

Rio de Janeiro – O auditório do Galpão da Cidadania hoje (17) foi palco do Fórum Global para a Cultura e Desenvolvimento Sustentável. O objetivo do encontro foi discutir o papel da Cultura no desenvolvimento integrado e sustentável do planeta e sua contribuição para que o mundo chegue ao que os especialistas chamam de Era Ecológica.

No encontro, algumas das maiores autoridades mundiais em desenvolvimento sustentável e sua relação com a cultura expuseram suas ideias acerca do tema, como o presidente da Fundação EcológicaThe Ecological Sequestration Trust, Peter Head, com experiências bem sucedidas na Asia, África e Europa; e o diretor do Culture Futures, Olaf Gerlach-Hansen, responsável pela articulação de uma rede de agentes culturais que trabalham pela sustentabilidade no mundo.

Os painéis da manhã foram reservados às exposições e filmes, além de debate com a plateia. Também participaram o cineasta John Liu, que tem trabalhos filmados na China e na África e dirige a série de televisão Whatn if we Change (Se Nós Mudássemos); o especialista japonês em gestão ambiental e consultor em responsabilidade social, Adachi Naoki; e o ex-primeiro ministro da Austrália do Sul, Mike Rann.

Sobre os avanços tecnológicos e os novos conceitos que estão surgindo, Head acredita que há um entendimento equivocado a respeito de como devem ser as cidades inteligentes, expressão utilizada para designar comunidades em que o desenvolvimento é baseado nas tecnologias da informação e comunicação.

“Não acho que seja possível fazer cidades inteligentes com tecnologias. Na verdade, cidades inteligentes não surgem da tecnologia, elas surgem das decisões das pessoas. Precisa-se de pessoas e não de tecnologia para fazer comunidades inteligentes”, afirmou.

Ele explica que o fator humano é decisivo para o desenvolvimento e que a cultura, neste contexto, está diretamente associada a um modelo de sociedade sustentável. “A cultura é o DNA das cidades, por isso, nas cidades trabalhamos com seus filósofos, escritores, artistas. É única forma desse processo ir adiante.”

“Temos que garantir que o mundo inteiro esteja engajado, que a população toda esteja focada na criação de um ambiente sustentável para a humanidade e o planeta”, disse Jonh Liu ao falar de seus filmes, que mostram áreas degradadas e depois recuperadas a partir de percepções da cultura local.

Na parte da tarde, o fórum continuou com a apresentação da artista Lana Ransen, cuja atuação voltada à preservação ambiental e cultura nativa, na Groelândia, tem chamado a atenção da imprensa europeia. Ela apresentou filmes em que dialoga com jovens e crianças sobre as ameaças que o degelo das calotas polares traz ao seu país.

“Somente nós, humanos, podemos fazer alguma coisa para que o gelo e os animais árticos possam continuar existindo. Nós dependemos deles”, disse.

A diretora de Arte, Livro e Leitura da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Leda Fonseca, falou sobre o projeto Segundo Turno Cultural, que desenvolve atividades culturais com os alunos a partir de uma orientação ecológica.

O Fórum encerrou com a exposição do artista performático alemão, Freddy Gruner. Sintonizado à concepção de diversidade cultural integrada à sustentabilidade, o encontro foi transmito ao vivo, via internet, e acompanhado por uma rede de internautas de diferentes culturas e países.

(Texto: Ascom/MinC)

(Fotos: Luciana Avellar)

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