sábado, 22 de dezembro de 2007

Editorial Outubro 2007

Primeiramente, gostaríamos de agradecer à aceitação alcançada por nossa Revista Mucury já no primeiro número, onde abordamos alguns dos por quês de nossa cultura, nossa realidade, além de refletirmos sobre as questões acerca de nosso artesanato, da BAHIAMINAS e da pretensa democracia racial, na qual alguns dizem vivermos.
Devemos ressaltar a importante acolhida por parte dos acadêmicos e representantes de instituições de ensino fundamental, médio e superior, além de todos aqueles que se preocupam com o resgate da história e identidade de nosso Mucuri, num esforço concentrado de fundação de um amplo espaço para o debate franco e aberto, com vistas às discussões reflexivas acerca das mais variadas idéias concernentes a nossa realidade, muitas das quais nos deparamos todos os dias nos variados meios de comunicação.
Agradecemos nossos apoiadores, cuja ajuda financeira é fundamental para a realização deste nosso laborioso projeto, pois contamos com esta ajuda para ampliarmos os horizontes de nossa Revista e Associação Histórico Cultural Mucury.
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De mesma forma, gratos estamos aos colaboradores que nos enviaram seus textos no número anterior e neste que ora se apresenta.
Reconhecemos e consideramos todos os comentários, críticas, observações, vindos de nossos leitores e de você, que a partir do recebimento deste novo exemplar passa a integrar essa comunidade de leitura. In Sha Allah – Deus queira –consigamos manter este ritmo e trazer um refrigério, um refrescor à cultura do Vale do Mucuri, palco de tanta luta, vida, suor e sangue para a construção desta nossa cidade e região.
Mas o que fazer depois da escrita de todas estas linhas ou, ainda, após a efetiva leitura? Permanecermos em nossos mesmos lugares seria assinarmos qualquer sentença que não àquela cujo objetivo e conseguir que atinjamos certeiramente nosso espírito! Nada de vaidades infantis ou dissertações a respeito das (des)vantagens de nos debruçarmos sobre entidades caquéticas ou putrefatas pelo mero exercício da repetição sem reflexão. Devemos nos armar do sentimento de pertencimento a uma história e cultura comuns, para saborearmos nossa identidade. Identidade esta que parece guardada em alguma tuia à espera de uma semeadura alienígena dum planeta distante ou recém chegado das brumas de Dom Sebastião, antigo rei português desaparecido em batalha e que por muito tempo esperaram sua volta gloriosa para a restauração do Grande Império Português – então, já falido!
Como tantos sonhadores acreditam talvez seja preciso, quem sabe, que nos sacrifiquemos por nossas convicções, por nossos sonhos e ideais, mas, de certo, não precisamos tão longe ir. De imediato é preciso que desloquemos a motivação dos olhares. Necessitamos empreender ações pautadas pela realidade histórica em detrimento de uma concepção onírica e feérica do mundo ao redor. Para isso, basta que tomemos as rédeas de nossa existência, não de forma irresponsável ou utópica. Realmente devemos cada vez mais nos conscientizar de nosso papel social, seja como estudantes, trabalhadores, professores, gestores. Somos os responsáveis por nossa cultura, nossos patrimônios e nossa sociedade.
Junte-se a nós na campanha pelo resgate de nossa estima e identidade। Este é o papel da Revista Mucury.
BENTO, Bruno Dias (*). Editorial. In Revista Mucury. set/2007,ano 1, nº 1. Teófilo Otoni, MG.
(*) Cientista Social, Diretor Geral da Associação Histórico Cultural Mucury. Professor de História da Cooperativa Educacional de Teófilo Otoni.

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