segunda-feira, 30 de julho de 2012

Novo cenário pede reinvenção de produtores e patrocinadores

Retirado do Cultura e Mercado em 30/07/12 do endereço:

http://www.culturaemercado.com.br/gestao/novo-cenario-pede-reinvencao-de-produtores-e-patrocinadores/

Quem acompanha o Cultura e Mercado tem reparado que o setor cultural vem passando por fortes transformações há pelo menos uma década. A ascensão de uma nova classe econômica, as novas tecnologias, a renovação do mecanismo de incentivo, a economia criativa. Tudo isso, em um contexto de crise econômica, que empurra não só o país, mas o mundo, para uma mudança estrutural, mais profunda.

Para se virar num cenário tão incerto quanto oportuno, os produtores culturais mais sagazes buscam formação para aprender a dançar conforme a música. Do outro lado do salão, estão os patrocinadores, que olham atentos aos passos para também entrar na dança.

Para o jornalista e sociólogo, Mário Mazilli, diretor da CPFL Cultura, os ativos mais valorizados no relacionamento entre os gestores culturais e as empresas nesse contexto são a inovação e a criatividade. “E quando digo isso, não me refiro apenas a processos tecnológicos ou às relações de produção, mas entendo ser fundamental re-inventar as formas de relacionamento entre empresas, produtores e gestores culturais, esferas que serão cada vez mais interdependentes”, explicou em entrevista a Leonardo Brant, publicada no site do Cemec.

No cenário nacional, segundo Mazilli, o caminho passa pela assimilação da diversidade de públicos do país e a criação de conteúdo qualificado, focado nessa pluralidade. “Devemos buscar multiplicar a oferta de bens culturais, sem cair na armadilha de rebaixar a qualidade de nossos serviços. Em outras palavras, entrar na luta pela conquista dos corações e das mentes de nosso público com produtos culturais e artísticos de qualidade.”

Para ele, o grande problema na relação gestor-patrocinador reside no desconhecimento de ambas as partes sobre o modus operandi do outro. “Os gestores culturais tendem a não reconhecer as necessidades e limitações, inclusive legais, das empresas, e estas esperam uma capacidade de gestão empresarial irreal em produtores e agências culturais”, alerta e conclui, dizendo que é necessário reinventar as formas de relacionamento.

Mazilli é um dos especialistas convidados do curso Patrocínio Cultural, que o Cemec realiza entre os dias 7 e 30 de agosto. As aulas têm o intuito de promover discussões e apresentar ferramentas de gestão sobre a presença das corporações no setor cultural.

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A íntegra da entrevista com Mário Mazilli está disponível aqui.

Redação http://www.culturaemercado.com.br

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