toca o sino
quadro-negro bufento,
pela rua empoeirada
soturna
encontro e sigo a rio-bahia
uma música popular mexicana
a trilha aleatória à beira do asfalto
sentimentos embaralhados na playlist
alguém tricota em pé
seus cabelos vão, vêm com os caminhões
música sobre morte,
uma trilha na calçada de pedra portuguesa
passo por andarilhos, catadores, estudantes
semáforos destemporizados não querem que atravessemos
as músicas continuam
pela feira
supermercados
farmácias
lento e cansado,
ando
por açougues
em outra rodovia,
pessoas e coisas
idênticas,
mudam de cara
subo uma rampa de 6 graus
marcavam 22:18
vizinhos mal educados deixam a porta do prédio aberta
humor e sentidos mudam como as músicas
pés doem,
ainda há trabalho
a televisão é horrível
como as aulas.
bruno bento.
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