Publicado originalmente no site do Ministério da Cultura e retirado em 08/02/2011 do endereço:
http://www.cultura.gov.br/site/2011/02/07/cinemateca/
Foi realizada, no último sábado (5), em São Paulo, a reunião extraordinária do Conselho da Cinemateca Brasileira, que contou com a participação da ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Foi a primeira vez que uma ministra de Estado prestigiou essa agenda da Cinemateca Brasileira, vinculada do Ministério da Cultura (MinC).
Participaram da reunião, entre outros, Vitor Ortiz, secretário Executivo do MinC, Ana Paula Santana, secretária do Audiovisual (SAv/MinC), Gustavo Dahl, presidente do Conselho da Cinemateca e diretor do Centro Técnico Audiovisual (CTAv/MinC), Manoel Rangel, presidente da ANCINE/MinC, Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca Brasileira, representantes da Secretaria Estadual de Cultura (Fernanda Bandeira de Mello) e da Associação de Funcionários da Cinemateca, o cineasta Cacá Diegues e a escritora Lygia Fagundes Telles – viúva do fundador da Cinemateca, Paulo Emilio Salles Gomes –, que destacou a participação da ministra lembrando que “quando eu era mocinha e estudante no Largo de São Francisco, o professor Miguel Reale já dizia que a mais importante revolução contemporânea é a revolução da mulher”.
Gustavo Dahl e outros membros do Conselho também disseram-se honrados com a participação da ministra Ana de Hollanda, que se disse emocionada em participar da reunião de um Conselho onde seu pai, o historiador Sérgio Buarque de Holanda, tantas vezes atuou, chegando a presidir uma de suas reuniões extraordinárias.
“A história desta instituição não foi tecida por um grupo específico, homogêneo ou fechado de pessoas, mas por intelectuais, poetas, cientistas, romancistas, cineastas, críticos de arte, estudiosos de arquitetura, historiadores etc., com toda a riqueza e variedade de seus pontos de vista. De Paulo Emilio Salles Gomes a Mário Pedrosa, de Humberto Mauro a Antonio Cândido, de Décio de Almeida Prado a Mário Schemberg e Vinícius de Moraes, entre tantos outros mestres de pensamento, da ação e criação.”, lembrou a ministra, saudada pelo diretor da Cinemateca, Carlos Magalhães, pela anunciada disposição de acompanhar o trabalho da instituição.
Memória e futuro
Gustavo Dahl destacou que o Conselho da Cinemateca Brasileira, do qual é presidente, tem por função orientar e debater as opções estratégicas da instituição Cinemateca Brasileira. Dentre estas estratégias, a de preservação e produção de conteúdo. “Tenho de lembrar que sobraram apenas 7% do cinema mudo brasileiro, e que isso é exatamente igual ao que sobrou da nossa Mata Atlântica, que teve apenas idênticos 7% preservados. Temos aqui preservado um conteúdo que fabrica conteúdos”.
O presidente da ANCINE, Manoel Rangel, disse sentir que, neste momento, o audiovisual brasileiro está como uma aeronave no momento de decolar. O audiovisual brasileiro está na pista, taxiando, porque o Brasil está taxiando”.
A secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana, destacou a importância de se equilibrar o resgate da história cultural aos avanços obrigatórios ao setor: “A SAv tem consciência da importância da Cinemateca na história cultural do país, e continuará trabalhando pela sua preservação. Além disso, estamos trabalhando, também, por um outro viés: o de que os acervos são ativos importantes da Economia Criativa”.
Visita
Após a reunião, que durou das 10h15 as 13h30, a ministra fez uma extensa visita às dependências da Cinemateca. Ciceroneada pelo diretor da Cinemateca, Carlos Magalhães, e especialistas da instituição, a ministra conheceu o extenso parque onde se concentram os mais modernos e completos equipamentos para restauro e preservação de obras audiovisuais da América Latina.
(Texto: Ascom/MinC)
(Edição de imagem: Marina Ofugi e Ygor Bernardes)
(Fotos: Augusto Canuto e Inês Hotte, Ascom/MinC)
Aqui, mais fotos da reunião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente