Originalmente publicado no site da Fundação Clóvis Salgado e retirado do endereço:
http://www.fcs.mg.gov.br/agenda/1968,ineditos-em-bh.aspx
Foto: divulgação
O Cine Humberto Mauro apresenta, entre 21 de fevereiro e 20 de março, a mostra Inéditos em BH, dedicada a filmes realizados nos últimos anos e que ainda não foram exibidos na cidade.
Se o número e qualidade de lançamentos no circuito comercial de cinema no Brasil são ainda bastante insatisfatórios em relação ao quadro geral de lançamentos no mundo, o circuito de Belo Horizonte se encontra em situação ainda pior. Com o fechamento de salas e a pouca ousadia da programação dos cinemas existentes na cidade, diversos filmes exibidos nas principais capitais do país (e em algumas cidades do interior), nos últimos anos, permanecem inéditos em BH. A mostra irá busca chamar a atenção para este fato exibindo uma pequena amostra destes filmes.
Entre os títulos está Filme Socialismo, de Jean-Luc Godard, que, dentre outras coisas, interroga o estado atual do capitalismo por meio de suas imagens e mitos. Da crise econômica e política dos países do Mediterrâneo às imagens amadoras contemporâneas, nada permanece incólume. Como em geral acontece com a obra do diretor, o mundo parece fazer questão de tornar o filme ainda mais atual.
Do veterano Marco Bellochio, Vincere volta ao passado para discutir a ascensão do Fascismo na Itália. No filme, a postura mitológica do carismático e midiático líder do país é contraposta à revolta de sua ex-amante, reprimida a qualquer custo pelo regime.
Em O Que Resta do Tempo o diretor palestino Elia Suleiman fecha uma trilogia autobiográfica sobre o cotidiano de um povo sem território. Por meio do burlesco, Suleiman filma a dissolução da comunidade como resultado da intransigência da grande política. Já Os Inquilinos, do sempre polêmico Sérgio Bianchi, trata do ressentimento da classe média e da ameaça imaginária das periferias brasileiras.
Em Minha Terra, África (White Material) a diretora francesa Claire Denis aborda a questão colonial e racial no continente africano. A política de trocas e valores envolvidos no tema é trabalhada no filme em razão do conflito de olhares que o constituem.
A Erva do Rato, de Júlio Bressane, retoma dois contos de Machado de Assis assim como diversas referências mitológicas e pictóricas para tratar da angústia do homem frente a sexualidade feminina.
Por fim, Ervas Daninhas, do mestre Alain Resnais. Já exibido em Belo Horizonte em uma versão digital, com condições técnicas alteradas – que suscitaram até um abaixo assinado virtual – o filme poderá, enfim, ser visto no formato em que foi originalmente concebido.
>> Clique e confira a grade de exibição com os horários das sessões
MOSTRA INÉDITOS EM BH: R$ 5,00 (INTEIRA) E R$ 2,50 (MEIA).
Serviço
Evento: Inéditos BH
Data: 21 de fevereiro a 20 de março
Local: Cine Humberto Mauro
Valor: R$ 5,00 (inteira), R$ 2,50 (meia-entrada)
Classificação etária: 14 e 16 anos
Informações: (31) 3236-7400
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*Atenção
Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, conforme a lei.
Acatando a recomendação do Ministério Público, por meio, das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Promotoria e Justiça de Defesa do Consumidor e PROCOM–MG, em conjunto, o valor da meia–entrada estudantil é válido para estudantes regularmente matriculados na rede oficial de ensino, público ou particular de 1º, 2º e 3º graus, compreendendo os alunos de pós–graduação, mestrado, doutorado e aqueles matriculados em cursos pré–vestibulares previamente credenciados junto à UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE/MG (União Estadual dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou UCMG (União Colegial de Minas Gerais).
Será exigida a identificação no ato da compra e na entrada do evento por meio da apresentação de identificação estudantil (carteira de estudante) e comprovante de matrícula na rede oficial de ensino, público ou particular, no ano corrente.
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